Berlim 24 horas

O dia-a-dia de quem mora em Berlim com dicas culturais, gastronômicas e de passeios para todos os gostos e bolsos.

Decoding

Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.

Festivais de música

Os melhores festivais de música do Brasil e do mundo num só lugar.

Fit Happens

Aventura, esporte, alimentação e saúde para quem quer explorar o mundo.

Quinoa or Tofu

Restaurantes, compras, receitas, lugares, curiosidades e cursos. Tudo vegano ou vegetariano.

Rio24hrs

Feito com ❤ no Rio, para o Rio, só com o que há de melhor rolando na cidade.

SP24hrs

Gastronomia, cultura, arte, música, diversão, compras e inspiração na Selva de Pedra. Porque para amar São Paulo, não é preciso firulas. Só é preciso vivê-la.

SXSW

Cobertura pré e pós do SXSW 2022 com as melhores dicas: quais são as palestras, ativações, shows e festas imperdíveis no festival.

5 motivos para ir para Cunha

Quem escreveu

Dani Valentin

Data

16 de January, 2017

Share

Uma vez perguntei no grupo do Chicken or Pasta para onde deveria ir para um passeio de fim de semana, saindo de São Paulo. 90% das respostas foram: Você deve ir para Cunha. Conhecendo a cidade um tempo depois, entendi o porquê e não vejo a hora de voltar. A cidade tem tudo que a gente gosta: lugares lindos, boas comidas, ótimas opções de compras, e dá para fazer tudo com pouco tempo e dinheiro. Se você não conhece ainda, veja porque Cunha deve ser sua próxima viagem:

Cunha é pertinho de São Paulo. E de Paraty!

Se você, assim como a gente, mora em São Paulo, dá para visitar Cunha em um fim de semana. A cidade fica a aproximadamente 3 horas da capital paulista, saindo pela Ayrton Senna e Carvalho Pinto, até Taubaté, Presidente Dutra até Guaratinguetá e Paulo Virgínio até a cidade. Outra vantagem de Cunha é que agora, com a abertura em julho do ano passado da estrada Cunha-Paraty (SP-171), a descida para a cidade praiana dura menos de 1 hora. Mas atenção: o trecho da serra é uma estrada-parque e por isso essa área só está aberta das 7h às 17h.

Os campos de lavanda

Impossível falar de Cunha e não falar dos seus campos de lavanda. São dois para visitar:

Lavandário - Cunha
Lavandário – Cunha

O Lavandário é o maior deles, e também o mais visitado. Fica na Estrada Cunha-Paraty (SP-171), no quilômetro 54,7. A entrada no lugar custa R$10 por pessoa e, se você fizer compra na lojinha, essa entrada se converte em desconto. A vista do lugar é espetacular, tanto das lavandas quanto das montanhas ao fundo. A lojinha vende tudo que você pode imaginar relacionado a planta: mudas, óleos, velas, sabonetes e outros produtos para higiene, chás, ramos secos para decoração, e muito mais. Ali mesmo tem um café com algumas guloseimas como o sorvete de lavanda, chás e cupcakes. E, por último, existe um espaço para massagens – para fazer, você deve comprar o voucher para os dias disponíveis no site. O Lavandário abre normalmente somente de sexta a domingo e feriados, das 10h às 17h, porém existem algumas exceções (férias de verão e até o carnaval).

Contemplário - Cunha
Contemplário – Cunha

Seguindo na mesma estrada, um pouco mais à frente, no quilômetro 61,5 fica o Contemplário. Ele é menor do que o Lavandário porém é menos cheio, já que os ônibus de turistas não chegam ali. No Contemplário não se cultiva apenas lavanda: encontramos também capim limão, alecrim e outras plantas aromáticas. Todos eles têm seu óleo extraído, e com ele são produzidos sabonetes, aromatizadores e velas, disponíveis na lojinha. A lojinha, aliás, vende não só produtos feitos ali mesmo, mas produtos de toda a região, como hidromel e artesanato. E, se você tiver interesse, dá para se hospedar por ali: eles disponibilizam um chalé com terraço, cozinha e ofurô. O Contemplário fecha às terças e quartas, mas abre todos os outros dias das 10h às 18h.

A gastronomia

Ouso dizer que é impossível ir para Cunha e não comer bem. De restaurantes requintados, até o self-service baratinho, tudo é feito com muita qualidade e com aquele jeitinho de comida de vó. Os ingredientes recorrentes na região são a truta, o shitake e o pinhão. Por isso, quando for para lá, não deixe de comer um prato com um ou outro ingrediente (ou até mesmo os 3 no mesmo).

d'O Gnomo Restaurante - Cunha
d’O Gnomo Restaurante – Cunha – Reprodução d’O Gnomo

Para um almoço mais caro, recomendamos o d’O Gnomo Restaurante e Petiscos. O lugar é um dos mais aconchegantes nos quais eu já estive. Chegando lá, você já é recepcionado pela filha do dono, que te explica como funciona tudo. No d’O Gnomo a cozinha é totalmente aberta e dá para ficar observando o chef Caio (o Gnomo do nome) preparando as refeições. Aliás, o Gnomo vai de mesa em mesa com o seu chapéu, digamos, peculiar para saber como tudo está indo. As opções de cachaça são ótimas e é comum encontrar alguma oferta de cerveja artesanal da região.

Para o almoço baratinho, corra no Melhor Hora, ali no centro, perto da igreja matriz e do Mercado Municipal. Custa 30 reais para comer a vontade, inclusive sobremesa. São pratos caseiros mineiros que mudam todos os dias, mas tem muita opção – inclusive vegetariana – e a comida é primorosa. Com certeza, o melhor custo-benefício da cidade.

A cerâmica

Cunha é famosa pela cerâmica, sendo que sua história começou em 1975, quando Mieko Ukeseki Konishi, do Japão, e Alberto Cidraes, de Portugal, chegaram a cidade. Ali, eles se juntaram a 6 outros artistas e construíram no antigo matadouro municipal o primeiro forno de alta temperatura, chamado de forno Noborigama. A primeira queima foi em janeiro de 1976. Hoje é impossível contar quantos ateliês de cerâmica existem na cidade, tanto artísticos como mais utilitários, e por isso é um dos melhores lugares do país para a compra de peças. Muitos ateliês ainda fazem eventos na abertura dos fornos, então é sempre bom se informar.

Forno Noborigama - Oficina da Cerâmica - Cunha
Forno Noborigama – Oficina da Cerâmica – Cunha

A nossa sugestão para compras é a Oficina da Cerâmica, que fica Av. Antônio L. Monteiro, 816 e abre todos os dias, das 9h às 18h. Lá as peças são bem utilitárias: pratos, tigelas, copos, vasos e até pias. Os preços são bem amigos e o atendimento é excelente. Eles não aceitam cartão então leve dinheiro.

A vista da Pedra da Macela

Fui para o céu hoje

A photo posted by marinathome (@marinathome) on


Uma das atrações mais conhecidas de Cunha é a Pedra da Macela, que fica a 1.840m de altitude e na fronteira dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. São aproximadamente 8 quilômetros de estrada, aí é necessário estacionar o carro próximo ao portão e fazer os 2 quilômetros restantes a pé. Apesar da distância ser pouca, ela é muito íngreme, e por isso muito cansativa. Não vendem nada por ali, então não esqueça de levar água e alguns salgadinhos/frutas para o passeio.

Lá de cima é possível ver Paraty, Ilha Grande e até mesmo Angra dos Reis. O dia tem que estar claro para isso. Se houverem algumas nuvens, a visibilidade já não é tão boa.

Curtiu? Se for para Cunha, não deixe de ler nosso guia super completo com várias outras dicas.

 

Quem escreveu

Dani Valentin

Data

16 de January, 2017

Share

Dani Valentin

A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.

Ver todos os posts

    Adicionar comentário

    Assine nossa newsletter

    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.