Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O Way Out West pode ser considerado um dos festivais mais bacanas da Europa. É um festival relativamente novo, que nem completou ainda o seu 10º aniversário. Nasceu em 2007 em Gotemburgo, e hoje é um festival de porte médio com um público aproximado de 30.000 pessoas em cada um de seus 3 dias de evento. Ele abriga também cinema, leituras e arte para inspirar e recarregar as energias antes de se jogar nas maratonas de shows.
O festival acontece entre os dias 11 e 13 de Agosto, num lindo parque construído em 1874 no meio da cidade de Gotemburgo, o que facilita bastante o ir e vir. É fácil ir de bicicleta, a pé, de tram ou ônibus. Paralelamente, acontece o Stay Out West, que apresenta uma extensa programação com cinema, arte, palestras, leituras e shows em lugares inusitados, como uma igreja e um museu. Assim também é a edição noturna, que se espalha pelos clubes e bares da cidade com DJs e shows. Prepara as pernocas!
O festival também prima pela estrutura ao redor dos 3 palcos na edição deste ano. Em 2013 quando fomos, eram 4, sendo dois principais, uma tenda para atrações menores e um “club” para os festeiros de plantão, onde a música eletrônica reinou absoluta com uma curadoria impecável. Aliás, curadoria é a grande chave do Way Out West, que traz alguns grandes nomes, mas aposta em artistas que provavelmente vão estourar e dar o que falar.
São diversos food trucks espalhados pela área do festival e um restaurante montado em meio a uma pequena floresta, onde é possível ter um menu a la carte e até mesmo comprar garrafa de vinho. Todo o cardápio do festival é vegetariano, feito na maioria com ingredientes orgânicos, os utensílios (pratos, talheres, copos) são biodegradáveis, fazendo o Way Out West ser um dos festivais mais eco-friendly do mundo. Existem áreas para comer em que é possível armar um belo piquenique em meio às arvores, e mesas com bancos apropriados espalhados pelo parque.
Álcool só é permitido em áreas cercadas, mas elas ficam estrategicamente posicionadas próximas aos palcos, ou seja, ninguém fica sem ver show porque quis tomar uma cerveja. Outra coisa bacana é a diversidade de bares incluindo um dedicado às cervejas artesanais.
Outro bom motivo para cogitar ir neste festival é ele acontecer no verão, quando a luz do sol se mantém alta até tarde da noite. A combinação de sol, área verde, boa música, boa comida e boas bebidas é perfeita para uma experiência imersiva a todos os nossos sentidos. O Way Out West é um bom festival para relaxar, andar sem pressa entre um palco e outro, deitar na grama e, quem sabe, dar uma bela cochilada. Assim sobra energia para curtir a versão noturna nos clubes, que é sempre boa.
Os ingressos não são muito baratos mesmo para os locais, o que faz o festival ter uma faixa etária média mais alta que o normal em festivais de música. O valor do lote atual para os 3 dias é cerca de R$ 900 (ou 2.040SEK), ou seja, preço de festivais de música em São Paulo. Aliás, se há uma outra coisa interessante no Way Out West é o público. Dá para sentar e ficar horas só assistindo as pessoas.
Os headliners desta edição são: Grace Jones, Morrissey, PJ Harvey, Massive Attack & Young Fathers, The Avalanches, Jamie XX, The Last Shadow Puppets.
Gotemburgo também é uma cidade charmosa, sendo a segunda maior da Suécia. É perfeita para aproveitar o clima de verão para brunches tardios, passeios pelos parques centrais, lojas de design, museus e galerias de arte antes de se lançar no festival. A cidade é mais aconchegante do que a capital Estocolmo e, se animar esticar um pouco, dá para curtir as praias em Marstrand, que eu costumo brincar que é a Côte d’Azur escandinava.
O Way Out West tem, provavelmente, um dos formatos de festival de música que eu mais curto. E, claro, estarei por lá. Vem comigo?
*O Way Out West é um dos festivais escolhidos para projeto A Volta ao Mundo em Festivais de Música, patrocinado pela KLM Brasil, que faz parte do SkyTeam, oferecendo voos para 1.052 destinos em 177 países. #fly2fest
**Foto Destaque: Rebecka Bjurmell
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.