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Spin The Globe: Facundo Guerra

Quem escreveu

Renato Salles

Data

19 de February, 2016

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O Facundo já virou uma entidade em São Paulo. Dono de 9 estabelecimentos ligados à cultura e à diversão, fora os que ficaram no passado, pode-se dizer que ele é um dos maiores agitadores da cidade. Em 2012, ele largou tudo por alguns dias e saiu de moto, sozinho, atravessando o país e o continente. Uma viagem um tanto incomum, que despertou minha curiosidade. Um destino tão inóspito, um viajante com referências únicas e opiniões muito fortes sobre motivações para viajar. E é claro que a conversa acabou indo muito além do Suriname.

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Me contaram que você fez essa viagem de moto pela América do Sul.

Na verdade, não. Eu cruzei o Brasil inteiro e fui para o Suriname. Eu subi do Rio de Janeiro e fui pelo Centro-Oeste até o Suriname, via Belém do Pará, Amapá, Oiapoque, Guiana Inglesa e Suriname.

De moto?

De moto.

E é tranquilo atravessar a Amazônia assim?

Não, eu fiz uma parte por fora. Porque chega uma hora em que você não consegue mais seguir por terra. Você tem que fazer por fora, por balsa. Então coloquei a minha moto em cima de um barquinho de pescador e atravessei.

Você pesquisou sobre isso ou foi na louca?

Cara, fui meio na louca. Na época, faz uns cinco anos, tinha um pequeno roteiro, que achei no Google, de um cara que tinha feito a viagem numa moto de trail. E aí eu segui o roteiro dele. Ele falava o nome das cidades por onde tinha passado. Meu objetivo era chegar ao Suriname, só não sabia se era possível. E aí para o Suriname tem uma viagem a partir de Belém do Pará, uma viagem por semana eu acho. Hoje já não sei se é mais assim. Paramaribo via Belém, de avião. E eu estava procurando como chegar lá por terra, mas não encontrava, aí eu achei esse roteiro, que acabei seguindo. Era uma dessas conversas de fórum, sabe? Tipo: Como faço para chegar até Paramaribo por via terrestre. E aí eu achei esses pontos que ele marcava no mapa, fui por aí e deu certo.

Um estado por dia
‘Um estado por dia. Todos os dias.’

E por que você escolheu o Suriname?

Desde que eu era pequeno, eu achava que o Suriname não existia. Achava que era parte de uma grande conspiração. Eu pensava que o Suriname era uma terra do Gabriel García Marquez, uma terra inventada. Eu nunca tinha visto uma imagem, nunca tinha conversado com ninguém que tivesse ido até lá. É que o Suriname quase não existe mesmo. Quer dizer, ele é fronteiriço. Ele faz parte da América Latina, mas ao mesmo tempo ele não está dentro dela. Para mim era uma terra completamente imaginária, não conseguia conceber a existência dele. Era uma terra muito estranha, muito alheia.

Então você quis ir para lá por cisma.

Na época eu estava meio zoado, com problemas pessoais, e eu resolvi ir para verificar a existência do país mesmo. Eu não gosto de viajar muito, não é o tesão da minha vida. Quando eu viajo, me sinto muito fragilizado, fico ansioso para fazer tudo, é muito estímulo para processar. Então não é muito confortável para mim. Eu encontro uma espécie de prêmio de consolação quando eu consigo ler, por exemplo. Então fazer uma espécie de viagem mental lendo é um substituto da viagem física. A viagem física é muito custosa, demanda muito, horas de avião, ficar em um lugar precário – porque não tenho grana para ficar em hotel cinco estrelas, e nem quero pesquisar, passar por fogo porque eu quero saber tudo que está acontecendo. Então eu não consigo me divertir muito.

'Expedição Suriname: bateria da moto arriada no meio de Tocantins. Mas não me deixo abater. Chego ao Suriname nem que seja a pé.'
‘Expedição Suriname: bateria da moto arriada no meio de Tocantins. Mas não me deixo abater. Chego ao Suriname nem que seja a pé.’

Mas é engraçado que você fez exatamente isso, uma viagem custosa e demorada…

Não, ela foi super barata! E é que eu gosto de viajar quando eu tenho um objetivo muito claro. Então eu não viajo para um país de férias. Eu viajo para verificar alguma coisa.

A opção da moto tem alguma coisa a ver com isso?

Não, a opção de ir de moto foi porque eu nunca tinha ido para o Norte, nem para o Nordeste. Quer dizer, tinha passado, mas não estado lá. E aí eu me vi com uma moto, com tempo, tinha 15 dias de férias, e eu fui para poder me sentir frágil. Eu estava com vários perrengues pessoais e eu falei: “Eu vou passar por perrengues de verdade para redimensionar os perrengues pessoais.” Tipo me dar um tapa na cara. “Ah, tá reclamando? Então tá bom. Vamos conseguir uns problemas de verdade, e aí talvez você acorde.” E funcionou.

Você foi sozinho?

Fui sozinho. Sem preparação, sem roupa de chuva, com 4 camisetas. Além dos 4 pontos que eu tinha marcado na minha cabeça que queria passar, eu não tinha mais nenhuma informação. Eu nem sabia se eu iria chegar, numa moto inglesa que não tinha nem peça, então eu estava sujeito a acidentes. Eu me acidentei na real. Um acidente leve, mas que, por pouco, não acabou com a minha viagem. Então foi um desafio para eu cair na real sobre os problemas que eu achava que tinha no momento.

'Nem tudo está perdido: do nada, em meio a escombros em lugar algum, eis que surge poesia. Posto em ruínas entre Tocantins e Pará.'
‘Nem tudo está perdido: do nada, em meio a escombros em lugar algum, eis que surge poesia. Posto em ruínas entre Tocantins e Pará.’

Que ano foi isso? Já tinha pelo menos celular, 3G…?

Sim, 3G. Tinha Google Maps. Eu saí de São Paulo para o Rio de Janeiro, de lá para Goiás, mas aí eu perdi toda a minha documentação. Eu tive que voltar para São Paulo para tirar tudo de novo, e no dia 2 de janeiro eu saí de novo. Cruzei Minas, passei Goiânia, Tocantins, Maranhão, e até Belém. Cortei o Brasil pela metade. De lá, eu já não tinha como seguir por terra, por isso peguei uma balsa que contorna a ilha de Marajó para Macapá, e de lá para Oiapoque, cruzando a Guiana Francesa, até o Suriname. Eu só troquei de barco na Guiana.

E o que você achou do Suriname?

É sem dúvida nenhuma o país mais estranho a que já fui. Nunca tinha visto nada tão estranho na vida. Primeiro que o país tem uma relação muito grande com o tráfico de drogas. Paramaribo é um porto de onde sai cocaína para Miami e para a Europa, por ser um dos pontos mais ao norte da América do Sul. Tudo é muito caro, pornograficamente caro. Ou era apenas naquela época, acho que por conta da inflação e da cocaína, que deixava muito dinheiro na cidade. A língua é indecifrável. Uma mistura de holandês com alguma outra coisa… Os brancos são minoria. Minoria mesmo. Cruzei pouquíssimos brancos.

'E eu que pensava que essas casinhas só existiam na imaginação das crianças. Não é um desenho?'
‘E eu que pensava que essas casinhas só existiam na imaginação das crianças. Não é um desenho?’

Você sentiu algum medo lá?

Cara, não. Eu percebi que existia um turismo ecológico bem pequeno. Era uma rota de turismo ecológico, principalmente de europeus, para conhecer a Amazônia. Mas quando eu estava lá, quase não tinha nenhum europeu, nenhum caucasiano. E eu achei o ambiente meio violento. Eu vi uma mulher apanhando de um cara na rua. Eu senti que era uma sociedade meio violenta. Era um país com o qual eu não tinha um código para me relacionar. E eu ainda cheguei muito cansado, sem dinheiro. Eu já estava no meu limite físico. Então quando eu cheguei lá, fui dormir no porto. Fui dar uma volta pela cidade, em Paramaribo, e não tinha internet. Achei internet só em um café, mas a velocidade era podre. E aí chegou um determinado momento que eu fui para o porto para dormir… tirar uma soneca… era um porto assim… parecia um mangue. Cheguei lá e coloquei as minhas botas embaixo do meu banco, e tirei uma pestana. Coloquei a minha mochila embaixo da cabeça e cochilei. Quando eu acordei, minhas botas não estavam mais lá e tinha um pedacinho de papel escrito ‘Go Home!’.

Você ficou quanto tempo lá?

48 horas. Eu só queria ir até lá. Até porque eu demorei 12 dias. Quando eu cheguei a Belém do Pará eu já estava cansado para cacete. Eu tinha atravessado o Brasil quase inteiro. Então eu coloquei a moto em um barco, de volta para Belém, e de lá Belém eu a despachei em um caminhão cegonha. E voltei de avião. Eu já tinha cumprido meu objetivo. Eu não queria fazer mais nada. Já sabia que o Suriname existia e estava feliz desse jeito.

'Oinc ama o Suriname.'
‘Oinc ama o Suriname.’

Não teve vontade de desistir no meio do caminho?

Não. Eu me sentiria muito loser se desistisse. E eu já tinha tido que voltar. Eu saí do Rio de Janeiro, depois do Réveillon, e depois do primeiro dia, eu já tinha atravessado a fronteira de Minas Gerais, quando perdi todos os meus documentos. Eu tinha os alforges nas laterais da moto, mas eles eram magnéticos. E eu não sei o que aconteceu. Só sei que um deles caiu, justo o que tinha os documentos. Um tinha cigarro, chaves, livro e tudo mais, e nesse tinha só documentos e dinheiro. Esse alforge foi embora, eu não sei como, não sei onde. Eu perdi tudo, documento da moto, cartão de crédito, dinheiro. Aí a única coisa que me restou foi voltar, tirar tudo de novo, menos o cartão que demora para chegar, e voltar. Eu levei uma mochila que não era nem impermeável. Então chovia muito, tinha as monções de janeiro, e eu me fodi muito! Eu me molhava e secava, molhava e secava. Chegava a tomar 3 chuvas por dia. Atravessei 500km por dia.

E onde você dormia? As cidades onde parava eram aleatórias?

Em hotel. Eu ia até onde minha resistência alcançava. Eu pensava: eu aguento mais 20km, ou preciso parar agora? Eram sempre umas cidades pequenas de interior. Mas eu me planejava. Como eu tinha 3G, eu via no mapa quantas cidadezinhas ainda tinha no meu caminho. Quando eu parava para colocar gasolina, eu googava as cidades, via a quantidade de habitantes, se tivesse mais de 10mil estava bom. Acho que foi a viagem mais legal da minha vida. Porque normalmente as pessoas viajam com seus códigos de ética e conduta embaixo do braço, sua bíblia, sua maneira de ver o mundo. Então por que a pessoa viaja? Normalmente, ela viaja ou por uma questão de status social – esse é um grande motivador -, ou por uma tentativa de verificar aquilo que elas já preconcebiam sobre um lugar, um destino, empiricamente. Então elas viajam, por exemplo, para dar uma forma para a Torre Eiffel, que elas já viram mil vezes na ficção, nos filmes e tudo mais. Elas não viajam muito para se transformar. Elas não são empáticas com aquela nova população. Mesmo porque elas estão cada vez mais parecidas. Então as pessoas viajam para trasladar seus corpos para outros ambientes, mas não para se transformar. Se você quer se transformar, você tem que enfrentar uma realidade drasticamente diferente da sua. Provavelmente você vai se transformar numa viagem para o Oriente Médio. E nem digo o Marrocos, que é Disney. Eu digo o Irã.

'Oinc pensa em revolucionar o modo de vida surinamês introduzindo uma tecnologia de ponta: o tijolo.'
‘Oinc pensa em revolucionar o modo de vida surinamês introduzindo uma tecnologia de ponta: o tijolo.’

Mas se você se coloca em uma situação que não é confortável para você, que você não fala a língua, não conhece os códigos sociais, não sabe se locomover, você já está sujeito a ceder a um padrão. Daí você tem duas formas de fazer isso. Ou você vai preparado e amparado por alguém que vai fornecer essa experiência, tipo uma excursão, ou você vai se jogar de cabeça.

E quantas pessoas você conhece que fizeram isso de verdade? São pouquíssimas. Eu mesmo fiz uma ou duas viagens desse tipo. De ir para um lugar completamente desconhecido e não esperar nada de lá. Quantas vezes a gente tem o luxo de não saber nada sobre o lugar aonde estamos indo? Foi isso que o Suriname me proporcionou, uma surpresa em um mundo completamente digitalizado. Todo mundo sabe que tipo de experiência vai encontrar, já tem pelo menos uma ideia preconcebida.

Mas hoje é muito difícil de achar lugares onde não se tem acesso a nenhum tipo de informação.

Claro, você tem. Até do Suriname tem. Mas se você vai para o Oriente Médio, você sabe que vai ver mulheres de burca, deserto, pessoas tomando chá, suco de laranja, tapetes, orações para Maomé de manhã e à tarde, mesquitas. Evoca uma imagem de mundo exótico e primitivo. Independente do país do Oriente Médio que você vai visitar. O Suriname não evoca nenhuma imagem. Nada. Nada vem quando você fala em Suriname. Isso é muito caro hoje em dia.

Mas não é muito difícil achar lugares desse tipo?

Ainda tem, o mundo reserva isso. Só que as pessoas não estão dispostas a esse tipo de experiência. Elas só querem reforçar aquilo que elas já sabem. Elas não querem se transformar. Por isso muita gente prefere o exercício de deslocar o corpo, mas não deslocar a sua forma de ver o mundo, preferindo ficar no mesmo lugar. Eu prefiro viajar por um livro, que me proporciona uma dilatação da minha visão, do que deslocar meu corpo para ver mais do mesmo. Eu não consigo entender porque uma pessoa vai duas vezes para o mesmo lugar sem uma razão muito clara. Por exemplo, eu fui para a Romênia uma vez, quando era bem mais moleque. Eu fui só para ver se existia mesmo o túmulo do Drácula. Se existia o Vlad Tepes.

'Oinc se prepara para pedir a rendição incondicional do presidente do Suriname.'
‘Oinc se prepara para pedir a rendição incondicional do presidente do Suriname.’

E?

E existe! Eu fui até a Transilvânia e vi o túmulo dele. Foi uma das primeiras viagens que eu fiz. Essas são as viagens mais legais. Porque o que importa é o trajeto que o leva até lá. São as surpresas que a viagem lhe proporciona. Eu não quero ter uma experiência muito pautada, mas, ao mesmo tempo, não quero ir completamente frágil.

Mas qual é o limite? Até que ponto você se prepara?

Hoje em dia, eu não me preparo mais. Mas eu tenho um modus operandi. Eu entro no Atlas Obscura, que é um site que fala de experiências atípicas dentro de um espaço. Uma casa mal-assombrada, um hospital psiquiátrico abandonado… É meio turismo mórbido. Só que ele me proporcionou várias vezes experiências estéticas epifânicas. Às vezes pode ser uma lojinha em Paris de um sujeito que tem uma empresa de dedetização, e que montou um diorama com ratos que ele taxidermizou, fazendo uma ceninha de um rato na janela dele. Ou pode ser a menor loja de antiguidades em Paris, que está encrustrada na lateral de uma igreja, que eu fui visitar. Pode ser ainda um hospital oncológico infantil, mas que tem uma instalação chamada ‘The Lullaby Factory’. É um monte de instrumentos de sopro conectados uns ao outros e que com o vento começa a fazer cantigas. Então eu vou atrás dessas experiências que são muito particulares dos lugares que eu visito. Aí eu entro no Yelp, ou similares, coloco os museus por ordem decrescente de visitação e de classificação. Aí eu consigo encontrar os menores museus. São os mais interessantes. Um museu lindo que encontrei na minha última viagem, foi um museu de títeres e animatronix. Eram uns bonecos que você tinha nas feiras de circo no início do século 20, robozinhos que funcionavam quando você colocava uma moeda. Tem museu que tem três salas escavadas, dentro de Paris. Então eu fico de olho nesse tipo de museu. Até em São Paulo tem, o museu da Polícia Militar, o museu do crime, que fica dentro da USP e é maravilhoso. Poucas pessoas conhecem. Em Paris tem também o museu dos bombeiros, que tinha umas cenas de acidente de carro e de bonde nos anos 1910. Quando apareceram os primeiros carros, muita gente morreu atropelada, porque elas não tinham ideia da velocidade. Elas viam o carro à distância, e atravessavam porque a referência de velocidade delas eram as charretes. Então teve uma série de atropelamentos quando os carros começaram a trafegar em Paris.

'Jurando que é o Mad Max.'
‘Jurando que é o Mad Max.’

E ainda existem coisas que você não acha catalogadas. Que você não acha na internet e você tem que cair em um buraco, sem querer achar.

Isso. Eu sempre quando ando a pé, estou aberto para o que aparecer. Esse é meu jeito de viajar. Eu nunca me arrependo. É essa mecânica que me proporciona boas experiências.

E você tem alguma coisa em mente agora? Porque, com o tempo, as coisas começam a ficar menos interessantes.

Uma coisa que eu tenho vontade de fazer é procurar países em que não haja McDonald’s. É muito simples. Se o país tem McDonald’s, você não vai fazer turismo. Países assim não estão ocidentalizados. Ele não é permissivo a fast-food, não foi culturalmente apropriado.

 

Quem escreveu

Renato Salles

Data

19 de February, 2016

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Renato Salles

Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.

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Comentários

  • Quanta pretensão. Ai cm eu sou diferente. Ui cm sou renegado. Aparentemente foram viagens legais e há boas dicas no texto, mas aguentar ele falando em terceira pessoa sobre as “as pessoas” , que elas não arriscam, que elas não se permitem, é demais. É o diferentao. Pior q isso, é o povo q nem conhece o cara, e paga pau pq o cara é rico e bonito. Calma pessoal. Tem mto clichê aí tb.

    - João Hogan
  • Que entrevista foda! Curti muito a visão do Facundo, especialmente quando ele fala que a maioria das pessoas viaja simplesmente para trasladar o corpo, não para se transformar. Muito bom! E valeu pela dica do Atlas Obscura, não conhecia.

    - Pedro Ivo Dantas

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