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Rola muito mais coisa no subterrâneo de São Paulo do que metrôs e carros. A cidade tem uma porção de túneis, construídos a partir do começo do século e com até 15 metros de profundidade abaixo do nível da rua. A grande maioria é fechada, mas muitos ainda são usados, seja para manutenção de obras, transporte de cadáveres ou como museu.
Os túneis do Theatro Municipal serviam para ventilar a sala de concerto, bem como para a fuga de astros do assédio dos fãs mais calorosos. Um deles ligava o teatro a Praça Ramos de Azevedo, de onde, aliás, dá para ver a entrada. Outro ligava ao antigo Hotel Esplanada, onde atualmente é a Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O curioso sobre esse último, porém, é que só se sabe onde está uma saída do túnel, a que fica no subsolo da Secretaria.
Hoje, os corredores que não estão fechados são usados para trânsito de funcionários ou abrigando dutos de ar-condicionado. Eles ficam pelo menos 2 metros abaixo da superfície. A Sala dos Arcos, que também é subterrânea, vai abrigar futuramente um bar com música.
Este é o único túnel da cidade que é aberto ao público. Grande parte dele já não existe mais porque foi aterrado para a construção de metrô. Hoje, com cerca de 100 metros, abriga um memorial, com fotos e objetos antigos do batalhão. Fica localizado na avenida Tiradentes, no quartel da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, e servia para ligar a outros quartéis e à penitenciária que existia na mesma avenida. Vale lembrar que ele também foi usado para a locomoção de soldados na Revolução de 1924 e como cárcere de presos políticos na ditadura militar.
Algumas estações de metrô tiveram sua construção iniciada, mas por algum motivo foram canceladas. Os túneis de toda forma continuam por ali e servem, normalmente, para ajudar na manutenção do transporte. Das conhecidas, temos dois trilhos que saem da Estação Paraíso – originalmente iriam sentido Moema – e toda uma estrutura embaixo da estação Pedro II, que iria abrigar uma linha de trem que acabou não existindo.
A 3 metros e meio da superfície, encontramos um pequeno túnel de 90 metros que vai do hospital até o Serviço de Verificação de Óbitos da Capital. Como todo mundo pode adivinhar, ele serve para o transporte de corpos – são cerca de 12 por dia, feito por dois auxiliares de enfermagem. O caminho também foi essencial para manter a privacidade da família de famosos, como Raul Seixas e Elis Regina.
São as estruturas mais profundas na cidade, ficando a cerca de 15 metros abaixo do nível da rua. Foram construídos para evitar alagamentos e dar maior vazão a água da chuva no cruzamento da Avenida Pompeia com a Francisco Matarazzo, que sofreu por muitos anos com esse problema. Nem precisamos dizer que o acesso ali é super perigoso, né?
* Foto de capa: Linda Aslund
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.