Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O Open’er Festival nasceu em Varsóvia em 2002, mas no segundo ano se mudou para Gdynia, na costa norte litorânea da Polônia. O país está em algumas listas de “top destino 2016”, incluindo a nossa. Então por que não conciliar a visita a um país que não conhecemos, mas que vale a ida, com um festival de música? Foi esse motivo aliado ao bom line-up que nos convenceu a arrumar as malas para ir para este festival.
O Open’er é um festival grande com duração de 4 dias, já arrematou vários prêmios na Europa de “melhor festival” e tem um preço bem mais acessível que a maioria dos grandes festivais europeus. Por 4 dias paga-se cerca de 130 euros sem camping e 145 euros com camping (mais barato que os 3 dias de Lollapalooza Brasil para ter uma comparação).
O festival acontece no antigo (e grande) aeroporto militar Kosakowo e pelas resenhas que li é um bate-perna entre um palco e outro, suficiente para queimar todas as calorias consumidas com o excesso de cerveja e comida. Aliás, esse é outro ponto: beber e comer no festival é muuuitooo barato.
Além dos 3 palcos, há também a pista Silent Disco, em que você pega um fone de ouvidos que funciona via wireless e escolhe nos 2 canais um dos DJs que prefere ouvir. Tem também uma biblioteca com encontros com escritores, que levou grandes nomes da literatura polonesa na edição 2015.
Quem quiser dar aquela relaxada, o festival conta também com sessões de 1 hora yoga diariamente às 11 e 12h30 da manhã. Há também uma preocupação ecológica, tanto que o Open’er já foi agraciado com o prêmio internacional Green’n’Clean Award.
O festival fica na área litorânea da Polônia, país economicamente viável para brasileiros. De acordo com o site “Quanto Custa Viajar”, a média de gasto por dia numa viagem econômica nas principais cidades polonesas é de R$ 135 incluindo hospedagem, alimentação e passeios (ou R$ 300/dia para quem busca todo o conforto do mundo). Para ter uma comparação, a mesma viagem (econômica) custa R$ 355/dia em Barcelona. Percebeu a grande economia? Dá para se esbaldar um cadinho.
O line-up conta com nomes de peso como PJ Harvey, Florence + The Machine, LCD Soundsystem, Sigur Rós, Caribou, Chvrches, Grimes, Foals, M83, Tame Impala, Red Hot Chilli Peppers entre outros, além de também ter a oportunidade de ouvir bandas polonesas. O line-up é bem eclético com pop, rock, indie, eletrônico, hip-hop, electro.
Em Gdynia, no litoral norte da Polônia, cidade relativamente moderna sem muitos edifícios históricos. O mais antigo por lá é a Igreja de São Miguel e uma mansão neo-gótica do século XVII. O restante é tudo bem recente.
A Polônia nunca esteve tão em alta como agora. As maiores cidades, Varsóvia e Cracóvia, que tiveram seus centros praticamente reconstruídos, fervem com a cena noturna, bares e restaurantes cheios, além de muita história. E a cidade de Wroclaw foi eleita a Capital Europeia da Cultura de 2016. Ou seja, festival e depois uma rodopiada pelo país. Outro destino que vale entrar na lista é Masurian Lake District, na região de Giżycko, a 300km de Gdynia, onde acontece o festival.
O Open’er acontece entre os dias 29 de Junho e 2 de Julho. Nos vemos lá?
É possível voar do Brasil para Varsóvia. A partir de lá, rola ir de trem até Gdynia numa viagem de 4 horas, que vai cortando várias cidadezinhas polonesas (não sei vocês, mas amo viajar de trem).
*Foto capa: Andrzej Tucholski
**O Open’er é um dos festivais que visitaremos no projeto Volta ao Mundo em Festivais de Música, patrocinado pela KLM Brasil, que faz parte do SkyTeam, oferecendo voos para 1.052 destinos em 177 países. #fly2fest.
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.