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Que o socialismo fracassou é visível. E que o capitalismo já não atende a muitos dos problemas da humanidade, também é sabido. Mas para onde vamos agora? Que novo modelo econômico existe para que a humanidade consiga alcançar equilíbrio e harmonia? Bom, eu que não entendo nada de economia não posso nem começar a responder. Mas uma iniciativa proposta em plebiscito na Suíça chacoalhou o mundo até o último domingo.
O pequeno país alpino goza de uma das melhores posições no ranking mundial de estabilidade econômica, com renda per capita de quase US$60mil por ano, e desemprego abaixo de 4%. Numa situação tão tranquila e favorável, um grupo liderado pelo proprietário de um café de Basilea, Daniel Haeni, pensou que lá seria o lugar ideal para testar uma ideia: que tal se toda a população (sim, todos os 8 milhões de cidadãos!) recebesse um salário fixo todo mês, independente de classe, idade ou profissão (ou falta dela)?
Funcionaria assim: todos os adultos receberiam 2.500 francos suíços (R$9mil), e as crianças até os 18 anos 625 francos (R$2.270), todos os meses, para tocarem suas vidas. Com isso, o governo poderia reduzir muito seus programas sociais e subsídios, já que cada um poderia se virar sozinho. A chamada ‘renda mínima universal’ seria, segundo os idealizadores da proposta, uma forma de desassociar trabalho de renda, já que essa é uma tendência do avanço das tecnologias, que tomam as vagas antes ocupadas por humanos – ou seja, robozinhos trabalham e nós curtimos. Na campanha dos grupos a favor da ideia, os robôs dançaram em praça pública e um banner maior que um campo de futebol foi aberto no centro de Genebra.
Mas nem tudo é tão simples quanto parece. Para fechar essa conta, além dos cortes nos programas sociais, parte do pagamento viria dos trabalhadores assalariados, e outra ainda viria do aumento de impostos. Em contrapartida, eles dizem que o modelo traria estabilidade, paz, liberdade e incentivo a desenvolvimento de atividades próprias.
O novo modelo econômico foi posto a votação no último domingo, para que a própria população decidisse o futuro do país. Mas pode tirar o cavalinho da chuva de dinheiro e guardar o passaporte por enquanto. O governo fez uma forte campanha contra, ressaltando os prejuízos à estrutura pública, o aumento dos impostos e o risco para a economia de consumo. Mas a votação revelou que mais de 76% da população é contra a ideia. Por hora, a Suíça continua rica e feliz pelos meios mais tradicionais. Mas o debate criado em torno da proposta já mobilizou pessoas de outros lugares do mundo. Inclusive, a Finlândia está bem avançada em uma discussão similar.
Foto de destaque: Stefan Bohrer
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
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