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O que fazer em Bruxelas: um breve guia da cidade

Quem escreveu

Sarah Galvao

Data

27 de December, 2016

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Bruxelas surpreende muito àqueles que estão esperando o clichê da cidade fofa com chocolates e cervejas trapistas por todos os lados. Ao contrário das outras cidades do país, a capital é agitada, cheia de vida nas ruas, a qualquer hora, qualquer dia da semana. Existe muito o que fazer em Bruxelas.

Na capital da União Européia, a diversidade está em todos os cantos. Lugares tradicionais vão abrindo espaço a iniciativas inovadoras. Bruxelas não é a mais bonita nem a mais elegante das cidades européias. Mas os belgas são tão bacanas, e a cidade é tão acolhedora, que você se apaixona por ela sem entender muito bem o motivo. Esse pequeno guia quer mostrar um pouco dos encantos escondidos de Bruxelas.

ONDE FICAR EM BRUXELAS

DRUUM

Já pensou dormir em uma instalação de arte? Localizado em uma área super descolada do centro de Bruxelas, o DRUUM (Hopstraat 63) é um bed & breakfast único. No passado, o edifício foi uma joalheria e abrigou judeus que se escondiam nos fundos falsos do prédio na época da guerra. Hoje, o lugar é uma residência artística e também um b&b com 6 quartos. O bacana é que cada um deles foi projetado por artistas locais, que transformaram cada espaço em um ambiente/obra de arte única. O antigo cofre da joalheria, localizado no porão, hoje é o espaço do coletivo de arte Artists Club.

Foto: Druum
Foto: Druum
Foto: Druum
Foto: Druum

Além do storytelling, o DRUUM é cheio de charme. O b&b tem ambientes com um pé-direito altíssimo, o que faz dos quartos muito amplos. O  jardim interno que dá para o galpão da residência artística é inspirador. O serviço é bem intimista, pois são os próprios donos que te recebem. A equipe dá dicas de como explorar a área do hotel, a bacana Coin du Diable, pertinho da Place Sainte-Catherine. Ou seja, dá para visitar todo o centro a pé. As diárias custam a partir de 100 euros, com café da manhã incluído.

THE DOMINICAN

Para quem quer ficar ainda mais no coração do Centro de Bruxelas, ao lado da estação central, o The Dominican (Rue Léopold 9) é uma ótima opção. O hotel fica dentro de um edifício que era uma antiga abadia do século XV, totalmente remodelada. O design contemporâneo do Dominican já colocou o hotel na lista de hot spots da revista Condé Nast Traveller.

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Foto: The Dominican
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Foto: The Dominican

Além do lindo lobby e bar, o Dominican tem uma localização incrível. O hotel fica ao lado do A La Morte Subite (Rue Montagne aux Herbes Potagères 7), um dos bares de cerveja belga mais impressionantes da cidade.  Também fica perto das Galeries Royales Saint-Hubert (Galerie du Roi 5), uma galeria clássica imponente. Lá estão algumas das lojas mais icônicas da Bélgica, como a chocolateria Pierre Marcolini. As diárias no The Dominican custam a partir de 130 euros.

LOJAS INUSITADAS

Na lista do que fazer em Bruxelas, compras provavelmente está no final dela. Por isso, o melhor da cidade nesse quesito está nas lojas inusitadas e cheias de curiosidade. Uma delas é a Nuit de Chine (Place Fontainas 4), uma loja especializada em literatura e arte erótica. São livros, revistas, quadrinhos, vídeos e outros objetos ligados a esse universo, desde o vulgar até o mais artsy.

Para quem curte viagens (alguém não gosta?), a Avec Plaizier (Rue des Eperonniers 50) é uma boa pedida. A loja vende cartões postais, pôsteres, livros e outros objetos ligados a viagens. Mapas antigos e livros sobre road trips dos anos 70 são alguns exemplos.

Já para loucos por achados musicais, a Seymour Kassel Records (Rue de Flandre 93) é uma loja de discos raros, com um acervo impressionante. Discos originais da Nigéria, do Fela Kuti, ou discos de música dos Balcãs são algumas das coisas encontradas nas prateleiras.

Foto: Sarah Galvão
Foto: Sarah Galvão

Não provamos nada no Café Chicago (Rue de Flandre 45), mas entramos porque a decoração chama muito a atenção de quem passa. O café mistura móveis vintage com outros da bacanérrima marca Kewlox. O banco de madeira vazada é animal.

Foto: Cafe Chicago
Foto: Cafe Chicago

CERVEJAS E OUTRAS BEBIDAS

O que fazer em Bruxelas? Beber, claro! Aqui no CoP, você encontra um outro post que fala onde beber na Bélgica. Cerveja boa tem em qualquer bar na cidade, então o achado mesmo é encontrar um que tenha um ambiente bacana e cheio de locais. O Bar Monk (Rue Sainte-Catherine 42) é um deles. A decoração vintage art-déco é linda, e a programação musical é intensa, com música ao vivo (tem um piano no meio do salão) e DJs. O spaghetti deles tem fama local, mas a fórmula cerveja+queijo feito pela cervejaria Chimay não falha.

Bar Monk. Foto: Sarah Galvão
Bar Monk. Foto: Sarah Galvão

As cervejas famosas da Bélgica são tradicionais e feitas por monges, mas o movimento de cerveja artesanal também chegou por lá. O Brussels Beer Project (Rue Antoine Dansaert 188) faz sua cerveja no centro da cidade e se orgulha em sua tentativa de mudar a cena cervejeira da cidade. A identidade visual é toda moderninha e eles têm um bar dentro da cervejaria. Perto do BBP existem outros bons lugares animados para beber uma cerveja, como o Barbeton (Rue Antoine Dansaert 114) e o Café Walvis (Rue Antoine Dansaert 209). Já deu para perceber que a Rue Antoine Dansaert é um dos points badalados da cidade, né?

Dobradinha cerveja+queijo no Bar Walvis. Foto: Sarah Galvão
Dobradinha cerveja+queijo no Bar Walvis. Foto: Sarah Galvão

Outra cervejaria moderninha que quer mudar a tradição da cerveja belga é a Beerstorming (Chaussée d’Alsembergsesteenweg 75). No artístico bairro de St. Gilles, a micro cervejaria oferece degustação e também uma aula onde você vai fazer a sua própria cerveja. O problema é que ela só fica pronta para o consumo 3 semanas depois.

Já ao lado do famoso Café Belga (quase sempre aberto e com uma área externa enorme e ensolarada) fica o pequenino e charmoso Bar du Marché (Rue Alphonse De Witte 12). O lugar serve deliciosos drinks e sempre tem festinhas com DJs e música ao vivo. Lotado de gente badalando à noite, fecha às 4 da manhã no sábado.

COMER BEM, UMA MISSÃO

A capital belga é incrível para se divertir, com bares animados e pessoas nas ruas buscando o que fazer em Bruxelas à noite . Porém, a gastronomia não é o ponto forte da cidade. Sabe aquela refeição inesquecível? Esqueça. Mas não se desespere, é possível comer decentemente em Bruxelas, claro.

O Le Pré Sale (Rue de Flandre 20) é um bistrô que serve típica comida belga, como moules frites (mexilhão com batata frita, 15 a 20 euros) ou o carbonade flamande (carne cozida na cerveja, servida com purê de batatas, 18 euros) acima da média local. A reserva é obrigatória.

Foto: Le Pre Sale
Foto: Le Pre Sale

Já o Restaurante Amadeo (Rue Sainte-Catherine 28) tem conceito maravilhoso: ribs à volonté. É isso mesmo, costelas de porco ilimitadas. Por 25,50 euros, você come quantas costelinhas puder, acompanhado de batata assada. Perfeito para as ressacas de cerveja belga.

Já no famoso Marche du Midi, uma enorme feira livre que rola todo domingo perto da Gare du Midi, a barraquinha de crepes marroquinos é a comida de rua gringa mais famosa de Bruxelas. Você escolhe as opções de recheio (alcachofras, queijos, pimentas, azeitonas e outras coisinhas mais) e tudo vem enrolado em uma massa tipo crepe. O acompanhamento é o chá de menta ao estilo marroquino, bem docinho. Tudo isso por 4,50 euros, com mesas para sentar. Como a feira é enorme, as dicas para encontrar essa barraquinha são duas. Ela é a única com diversos baldes com diversos tipos de azeitona. Fica ao lado da passagem coberta da feira, que passa por debaixo da estação, ligando o lado esquerdo da feira ao direito.

ARTE EM BRUXELAS

Além do famoso e imperdível Museu Magritte (Rue de la Régence 3), Bruxelas tem outros cantos para quem gosta de arte. O MOOF (Rue du Marché aux Herbes 116) é o museu dos quadrinhos da cidade que é a referência global do gênero. Outro espaço de arte que vale a pena é o Bozar (Rue Ravenstein 23), o Palácio de Belas Artes. O museu é um espaço multidisciplinar e reúne artes plásticas, música, cinema, arquitetura e dança.

Para quem curte street art, o lugar de Bruxelas para vê-la é a Place de la Chapelle, na área que começa no Skaterpark e continua pelas arcadas debaixo da estação da Gare de Bruxelles La Chapelle.

A entrada do MOOF. Foto: Sarah Galvão
A entrada do MOOF. Foto: Sarah Galvão
Bozar. Foto: Sarah Galvão
Bozar. Foto: Sarah Galvão
Skaterpark perto da Place La Chapelle. Foto: Sarah Galvão
Skaterpark perto da Place La Chapelle. Foto: Sarah Galvão

E O WAFFLE?

O Waffle é outra instituição da nada saudável cozinha belga. Para provar o melhor da cidade (sem exageros), vá a Maison Dandoy. Os belgas falam que é invenção para turistas esse lance de waffle com nutella, frutas e cremes. Se quiser provar o ‘waffle raiz’ (seja ao estilo de Bruxelas ou de Liège), peça aquele que vem só com um pó de açúcar por cima. Maravilhoso, quentinho e feito na hora. A Dandoy é uma casa especializada em biscoitos, com vários endereços pela cidade. A que serve waffles fresquinhos fica na 4-18 Rue Charles Buls.

Tem mais dicas sobre o que fazer em Bruxelas? É só dividir aqui, porque a capital belga é daquelas cidades totalmente despretensiosas que dá vontade de voltar sempre.

Crédito da foto de destaque: Flickr Frank Friedrichs

Quem escreveu

Sarah Galvao

Data

27 de December, 2016

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Sarah Galvao

A Sarah morou em 5 cidades diferentes nos últimos 9 anos, seja a trabalho ou no sabático que tirou em Barcelona. Na hora de planejar uma viagem, gasta 70% do tempo pensando onde vai comer, porém tenta queimar as calorias conhecendo as cidades de bike . Já teve que renovar passaporte por falta de espaço para novos carimbos mas ainda tem a África e Oceania como pendências.

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