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Bebendo cerveja na Bélgica

Quem escreveu

Sarah Galvao

Data

26 de December, 2014

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Quem é fã de cerveja tem que ter um destino na lista de próximas viagens: Bélgica. A boa notícia é que você não vai precisar de carro para explorar os bares do país, já que a Bélgica é bem pequenininha e totalmente conectada pelos trens. Uma viagem de Bruxelas para a Antuérpia demora só uma hora e meia! Mas como tamanho não é documento, o país é casa de aproximadamente 180 cervejarias e você vai provar as Trapistas, as Ales e as diferentes e tradicionais Lambic.

Bruxelas

A capital da Bélgica e da União Européia é o paraíso para quem gosta de Waffles, Chocolate, Batata frita e claro, cerveja.

Grand Place de Bruxelas. Foto: Visit Brussels
Grand Place de Bruxelas. Foto: Visit Brussels

 

Em qualquer bar da cidade você vai encontrar todas as cervejas que no Brasil custam os olhos da cara, com a diferença que aqui elas são as locais e comuns. Um dos templos cervejeiros da cidade é o Delirium Café. O bar oficial da Delirium Tremens está no Guinness Book por um motivo: oferece mais de 2000 marcas diferentes. O Delirium Café fica em um beco chamado Impasse de la Fidélite, que ferve à noite. Curiosidade: vá até o final do beco e veja a Jeanneken Pis, versão feminina do famoso Manneken Pis. Ao lado do maior bar de cervejas da cidade e escondida no fim do beco, claro que ela está fazendo a mesma coisa que você faria depois de tomar todas.

Foto: Delirium Cafe
Foto: Delirium Cafe

Com muito menos cervejas disponíveis mas em um lugar maravilhoso, o A La Mort Subite é para beber com os olhos. O salão estilo Art Noveau tem grandes espelhos, pôsteres de publicidade antigos e sempre uma luz amarelada para dar aquele clima bacana. Lindo demais.

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Uma cerveja nada comum no Brasil mas super tradicional na Bélgica é a Lambic. Em Bruxelas fica a mais famosa das cervejarias desse estilo, a Cantillon. A diferença da Lambic para as outras é que a fermentação é feita de maneira espontânea com leveduras do vale onde fica Bruxelas. O gosto é parecido com o de uma cidra e amarga. Para os fortes. Aqui além de beber uma Lambic, você vai ver como ela é feita e conhecer um pouco da sua história no museu Cantillon.

A Cantillon sendo produzida. Foto: Cantillon
A Cantillon sendo produzida. Foto: Cantillon

Bruges

Uma das cidades mais lindas da Europa, Bruges é encantadora. Chamada de “Veneza do Norte” por causa dos canais que passam pela cidade, é o lugar perfeito para o romance ou para sentar em um bar e beber uma cerveja.

Bruges. Foto: Shutterstock
Bruges. Foto: Shutterstock

Meu bar preferido na cidade é o minúsculo ‘t Brugs Beertje. A carta oferece 250 marcas diferentes com algumas das melhores do mundo como a N’ice Chouffe, Viven Imperial IPA e St. Bernardus Abt 12. Sente no balcão, observe o que o pessoal está pedindo e peça uma dica para os garçons.

Foto: Visit Flanders
Foto: Visit Flanders

Também com pegada Art Noveau como o La Mort Subite, o De Kelk tem um cardápio cheio de cervejas estreladas como a Straffe Hendrik Brugs Quadrupel ou a Struise Pannepot Reserva. Outro bar popular na cidade é o Bierbrasserie Cambrinus. Com 400 marcas disponíveis, claro que aqui você vai encontrar trapistas como a Westvleteren 12 e Orval.

Foto: Free Time Productions - Flickr
O Bar De Kelk. Foto: Free Time Productions – Flickr
Uma comida para acompanhar na Brasserie Cambrinus. Foto:
Uma comida para acompanhar na Brasserie Cambrinus. Foto: Free Time Productions – Flickr

Apesar de ser um paraíso de cervejas, só existe uma cerveja 100% produzida em Bruges, a Brugse Zot. Vale a pena fazer uma visita guiada, ver a cidade de cima do prédio deles e terminar o tour bebendo uma Brugse Zot recém-preparada.

Visita à Fábrica da Brugse Zot. Foto: Brugse Zot
Visita à Fábrica da Brugse Zot. Foto: Brugse Zot

Antuérpia

Conhecida pelo povo da moda como celeiro de vários estilistas influentes, Antuérpia é a cidade mais sofisticada da Bélgica. Porém beber cerveja é também coisa corriqueira por aqui e acessível para todos.

Antuérpia. Foto: Shutterstock
Antuérpia. Foto: Shutterstock

No Kulminator você pode escolher várias entre 800 diferentes marcas bem especiais, como a Struise Cuvée Delphine e a Tripel Karmeliet. Além das Belgas, também servem a Dinamarquesa e cool Mikkeller, como a Mikkeller 40 Smaragd e a Mikkeller George! Barrel Aged. Outros bons bares para beber na cidade são o Eetcafé Gollem e o ’t Antwaerps Bierhuyske.

Muitas opções no Eetcafé Gollem. Foto: Eetcafé Gollem
Muitas opções no Eetcafé Gollem. Foto: Eetcafé Gollem

Depois de beber tanto de ficar mal acostumado com cervejas incríveis, é hora de levar algumas na mala e beber em casa. A Belgium in a Box é uma loja online com uma ótima seleção e suas garrafas já vão vir em uma caixa à prova de balas, segundo o site. Chances grandes delas chegarem intactas no Brasil. Compre online antes da viagem e peça para entregar no seu hotel.

Cervejas Trapistas

Um dos orgulhos nacionais é que a maioria das cervejas Trapistas são Belgas. Essas belezinhas feitas pelos monges são míticas, deliciosas e muito, muito alcóolicas. A Trapista mais antiga do mundo é a Rochefort, criada em 1595. Como são feitas em abadias, essas cervejarias não ficam nas grandes cidades, mas em lugares completamente calmos. Se beber, não dirija. Mas não se preocupe que você pode ficar hospedado nas pequenas cidades em volta ou em alguma cervejaria, como a Chimay. Para saber mais informações de como organizar uma visita às abadias trapistas, entre no site das cervejarias ou dê uma olhada nessa matéria que o Guardian fez sobre elas. 

Lista de cervejarias Trapistas na Bélgica

Brouwerij der Sint-Benedictusabdij de Achelse Kluis (Achel)

Mosteiro da Achel. Foto: Achel
Mosteiro da Achel. Foto: Achel

Brouwerij der Trappisten van Westmalle

Brouwerij Westvleteren/St Sixtus

Orval

Chimay

Abadia de Notre-Dame de Scourmont, onde a Chimay é feita. Foto: Wikipedia
Abadia de Notre-Dame de Scourmont, onde a Chimay é feita. Foto: Wikipedia

Brasserie de Rochefort

Quem escreveu

Sarah Galvao

Data

26 de December, 2014

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Sarah Galvao

A Sarah morou em 5 cidades diferentes nos últimos 9 anos, seja a trabalho ou no sabático que tirou em Barcelona. Na hora de planejar uma viagem, gasta 70% do tempo pensando onde vai comer, porém tenta queimar as calorias conhecendo as cidades de bike . Já teve que renovar passaporte por falta de espaço para novos carimbos mas ainda tem a África e Oceania como pendências.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.