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12 horas de festa marcaram a inauguração do mais novo museu de Lisboa. Localizado às margens do Rio Tejo, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) pertencente à Fundação EDP, e chegou para abalar as estruturas arquitetônicas e artísticas da cidade (e acho que tem boas chances para alcançar seus objetivos, não sei … desconfio seriamente que sim!).
Amanda Levete, premiada arquiteta inglesa e autora da futura extensão do Museu Victoria & Albert Museum, desenhou o edifício do novo museu a convite do presidente executivo da EDP. Em 2011, quando surgiu o convite, o orçamento para o projeto era de 19 milhões de euros. Imagine o valor da construção finalizada?
Na zona de Belém, ao lado da central elétrica feita em tijolos no início do século XX, e incluindo o campus da Fundação EDP com 38.000 m2, o MATT tem formas sinuosas, fluídas e semelhantes a uma concha. O chão se transforma em teto e o teto em chão. Muitos dos materiais empregados na obra reinterpretam os tradicionais de Lisboa, especialmente os azulejos e o lioz da calçada portuguesa.
Existem 14.936 placas de cerâmica que cobrem a fachada, a entrada do museu e parte do restaurante, que arrasa exibindo a forma de um trapézio, com vista para a Ponte 25 de Abril. Todas as placas espelham a luz da cidade que se transforma ao longo do dia.
O terraço, que recebe visitas 24 horas por dia, é outro espetáculo. De lá de cima não se vê a terra, somente água. A sensação é de estar embarcado em um navio zarpando. A escadaria exterior desce até o Tejo, criando um grande espaço público.
Não bastasse a ostentação nas linhas arquitetônicas, a Fundação EDP também investiu pesado no acervo. Chamou Pedro Gadanho, até então curador no Departamento de Arquitetura do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), para assumir a direção do MAAT.
Com a missão de relacionar arte, arquitetura e tecnologia, o Museu quer estabelecer uma programação contemporânea e internacional. E já começou em plena semana de atividades da Trienal de Arquitetura de Lisboa que, com o tema A Forma da Forma, discuti as relações entre a tradições populares e as questões contemporâneas de 05 de outubro a 11 de dezembro de 2016. Pense o quanto o novo museu foi e está sendo alvo dos debates?
Polêmicas à parte, o MAAT iniciou com quatro exposições: O Mundo de Charles e Ray Eames mostra produção do ateliê dos dois designers e suas experiências para a fabricação de mobiliário no pós-guerra; Segunda Natureza é uma exposição que trata das representações artísticas, principalmente quando percebemos que não existe Natureza intocada; “Artists´ Film Internacional” é uma mostra coletiva com diversos artistas internacionais em diversas medias, tais como filme, vídeo e animação e, por último, uma individual do fotógrafo português Edgar Martins.
Na galeria Oval, temos ainda o site specific da artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster, Pyschon Park – um recinto no qual seres de outro mundo observariam o comportamento humano nas melhores condições possíveis (muito louco, não?).
Por fim, continuou desconfiando seriamente que a diversidade de programação e do espaço podem transformar o MAAT num importante ponto de referência na vida cultural de Lisboa? Quer observar tudo isso de mais perto? Então, anote aí:
MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia)
Av. Brasília, Central Tejo
1300-598 Lisboa
Aberto das 12h às 20h.
Fechado às terças-feiras e nos dias 25 de dezembro, 1 de janeiro e 1 de maio
Rata de galerias e museus, não perde a oportunidade de ir procurar aquela tela, escultura ou monumento famosos que todos só conhecem pelos livros.
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