Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O midsummer está no meu imaginário desde que comecei minha saga na cultura sueca há 8 anos. Porém, os ventos, ou o verão, não quiseram que eu celebrasse a data uma vez ao menos. Por dois anos seguidos eu fui embora da Suécia exatamente na véspera da grande festa, mas amanhã, dia 24 de Junho, estarei presente num midsummer típico em família, com direito a comilança, bebedeira, dança, muita dança, mais comilança, mais bebedeira, canções e até competições esportivas. Se é assim, eu não sei, mas no meu imaginário é por aí que a coisa acontece e foi assim que aprendi.
Enquanto a maior parte do mundo estará trabalhando nesta sexta-feira, os suecos estarão dançando em volta do “maypole” (um tronco gigante todo enfeitado) e cantando sobre pequenos sapos.
O Midsummer‘s Eve, ou midsommar, é um dos principais feriados suecos. O país para e a maioria das pessoas foge das grandes cidades, especialmente porque muitos tiram suas cinco semanas de férias nesta época. É feriado nacional, famílias se reúnem, amigos armam festas, programações em parques acontecem, afinal o midsummer se comemora em lugar aberto. Os estabelecimentos, incluindo muitos restaurantes, fecham as portas na data, que é sempre numa sexta-feira entre os dias 19 e 25 de Junho, próximo ao solstício de verão, o dia mais longo do ano. E é sobre isso o midsummer: a celebração da chegada oficial do verão, que por aqui é levado muito a sério.
A comemoração típica começa com muita comida, as meninas fazem coroas de flores para enfeitar a cabeça (estarei de Lana Del Rey amanhã), tomam muita cerveja e snaps, cantam quando os copos se esvaziam para enchê-los novamente, dançam fingindo que são sapos (estou treinando aqui) em volta de um pedaço de um tronco e cantam sobre eles, criam jogos, comem de novo, bebem mais e voltam a dançar. Muito herring, schnapps (um destilado), batatas, peixe, legumes, carnes, incluindo típico churrasco sueco, frutas (muito morango) e doces. É típico chover no dia, por isso capa de chuva é essencial no kit de sobrevivência (eu também trouxe um kit de engov pra não correr o risco).
A festa varia muito de acordo com o grupo de pessoas que você está. Ela geralmente é pisação na jaca como se não houvesse amanhã. A festa pode durar o dia inteiro e, claro, os mais animados viram a noite celebrando. Não à toa, em março tem um baby boom no país. Assista ao vídeo para entender melhor do que se trata:
O sábado é o dia nacional da ressaca. Se eu sobreviver, eu conto como foi a experiência.
Foto capa: Bengt Nyman
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.