Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Cenário de diversos filmes, novelas, seriados e romances franceses. Marselha, localizada na Provença, costa do Mediterrâneo, é o lugar perfeito para viver intensamente arte, história e cultura neste verão europeu.
Do vilarejo grego, passando pela cidade medieval que sofreu com a peste negra, até a condição de maior porto comercial da França, o lugar guarda memórias incríveis. Lendárias ou reais, essas histórias estão registradas nos monumentos naturais e arquitetônicos presentes naquela que é considerada a primeira cidade francesa.
Das histórias mais antigas, a tradição católica diz que Maria Madalena espalhou o cristianismo a partir do então povoado romano. Ela morou em uma gruta que atualmente é local de peregrinação, Sainte-Baume, guardado por um mosteiro de frades dominicanos. A Basílica de Nossa Senhora da Guarda, construída entre 1855 e 1870, completa a lista dos principais monumentos católicos da região.
Aos mais revolucionários, imagine andar pelas mesmas ruas que, em 1792, 500 voluntários marcharam para Paris, cantando uma canção conhecida como La Marseillaise, hoje hino nacional da França. Porém, o lugar mais sensacional é a fortaleza transformada em prisão, chamada Château d’If (Alcatraz é para os fracos, posso garantir!).
A viagem até a ilha é espetacular! Parece mesmo que as páginas dos grandes clássicos da literatura francesa ganharam vida e se abriram na sua frente: primeiro porque para chegar até a prisão é preciso atravessar o mar e o Maciço das Calanques, despenhadeiros de calcário que se debruçam sobre as águas de um azul turquesa sem igual. Depois, a construção da prisão impressiona. Ela é toda feita com pedras retiradas das igrejas e conventos em ruínas da região, além do material retirado de uma pedreira local, em 1527.
Já a visita às celas nos conta de seus prisioneiros mais famosos, entre eles: o Conde de Mirabeu, que escreveu na prisão o ensaio sobre o despotismo, e o General Jean-Baptiste Kléber, aprisionado por ordens de Napoleão. Porém, são os prisioneiros fictícios os mais interessantes, entre eles: o Homem da Máscara de Ferro, o Marquês de Sade (que existiu de fato, mas ficou preso em outro local em Marselha) e os personagens Edmond Dantès e Abade Faria, de O Conde de Monte-Cristo, de Alexandre Dumas. De lá do topo da prisão, surge a deslumbrante vista da cidade de Marselha. Fica fácil entender a inspiração para os romances, d’accord?!
E não é tudo! Ao retornar ao continente, o Panier, bairro próximo ao Vieux Port, onde Marselha foi fundada, tem ruas pequenas e estreitas com bares e cafés adoráveis. É o melhor lugar da cidade para se hospedar, vai por mim! Alemães, franceses e italianos já se divertem por lá há alguns verões. A festa da Revolução Francesa, comemorada em 14 de julho, é um agito só! Show de fogos e música eletrônica atravessam a noite no Porto. Vale muito!
Eita! Não falei do MUCEM, Museu da Civilização da Europa e do Mediterrâneo, e tão pouco da exposição que está em cartaz neste momento, Picasso: Un Génie Sans Piédestal (algo como, Picasso: Um Gênio sem Suporte). O museu e a exposição são espetáculos à parte em Marselha. Juro que comento em outro post!
Rata de galerias e museus, não perde a oportunidade de ir procurar aquela tela, escultura ou monumento famosos que todos só conhecem pelos livros.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.