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Madrid, o berço da arte espanhola

Quem escreveu

Alecsandra Matias

Data

03 de May, 2016

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Durante a primavera e o verão, não faltam atrativos em Madri: começa pelo céu que é um escândalo de tão azul, passa pelos  bares e restaurantes que fervilham entre tapas, sangrias e paellas (aqui vai uma dica: paella individual não é boa. Para os espanhóis, a verdadeira paella precisa ser dividida com, aos menos, três pessoas, ok?). Passado meu raro momento culinário, retorno aos encantos da cidade: os  monumentos, praças, parques e edifícios são majestosos. Dá para entender muito a arquitetura latino-americana colonial, andando pelas ruas madrilenhas. Lógico, que os viciados em arte já estão inquietos: “E os museus? E a arte?”

Os corredores enormes do Museu do Prado (foto: Schnäggli)
Os corredores enormes do Museu do Prado (foto: Schnäggli)

Ora, aos devotados, devo dizer que a cidade está repleta de Diego Velázquez, Francisco de Goya, El Greco, Salvador Dalí, Juan Miró, Pablo Picasso e Juan Gris (e olha que só estou colocando os espanhóis, nem digo os Rodins e mestres do Renascimento!). Os três museus de arte mais importantes da cidade – Museu do Prado, Thyssen-Bornemizsa e Reina Sofia – têm grandes obras do mundo inteiro.

Eles compõem o que os espanhóis chamam de Triângulo de Ouro da Arte de Madri e, com excessão do Reina Sofia, suas coleções são ecléticas (vão do renascimento ao século XX). O Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia é o único que tem obras do século XX aos tempos atuais. Então, vamos supor que você só pudesse ir em um dos três museus espanhóis: não tenho dúvidas, vá para o Reina Sofia! Vá procurar a tela Guernica, de Pablo Picasso, que está lá no vértice sul do Triângulo de Ouro.

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Se o Louvre tem a Monalisa, o Reina Sofia tem a Guernica (o nível de comoção é semelhante). Considerada obra-prima de Pablo Picasso, a Guernica – pintada em 1937 e em preto e branco (o que aumenta sua dramaticidade) – narra os horrores do ataque ao pequeno vilarejo basco, durante a Guerra Civil Espanhola, onde mulheres e crianças perderam suas vidas em um cruel bombardeio.

Você não terá chance de ver esse trabalho em outro lugar ou de outro modo. A obra somente saiu da reserva técnica do MoMA, onde estava depositada esperando o fim da ditadura de Franco, quando veio participar da II Bienal de São Paulo, depois retornou ao MoMA e, de lá para o Reina Sofia para nunca mais sair. Então, se você não viu a tela, entre 1953 e 1954, no Brasil, perdeu a oportunidade. Outra dado importante: obra tem muitas reproduções espalhadas por aí, mas o registro fotográfico dentro da sala de exposição é proibido por motivos de conservação. Entendeu o porquê da minha escolha?

O quadro tem uma sala - movimentada - só para ele (foto: Adam Jones, Ph.D.)
O quadro tem uma sala – movimentada – só para ele (foto: Adam Jones, Ph.D.)

Aos que amam a Guernica, o Reina Sofia tem visitas guiadas com diversos enfoques e não é preciso pagar nada além do ingresso normal. O Museu está aberto de segunda a sábado das 10h às 21h, exceto terças. No domingo, funciona das 10h às 19h. De segunda a sabádo, a partir das 19h, a entrada é gratuita e aos domingos depois das 13h30.

Quem escreveu

Alecsandra Matias

Data

03 de May, 2016

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Alecsandra Matias

Rata de galerias e museus, não perde a oportunidade de ir procurar aquela tela, escultura ou monumento famosos que todos só conhecem pelos livros.

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