Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O Aldo, The Band acabou de fazer uma bela turnê europeia, passando por prestigiados festivais de música, onde se apresentaram e levaram a galera ao delírio. Eu vi isso acontecendo no Primavera Sound e foi emocionante. Eles passaram por Lisboa, Madri, Londres e Barcelona.
Para a banda, uma das coisas mais legais de uma turnê é ter a chance de conhecer mais a fundo as cidades pelas quais eles passam. E isso envolve comida, baladas, passeios, hotéis e tudo o que rola fazer com o tempo livre que sobra. Eles mandaram para nós a lista com esses lugares mais legais que foram em cada uma das cidades pelas quais passaram. A lista está imperdível. Salva, guarda e usa assim que pisar em qualquer uma dessas cidade.
Nossa primeira parada foi Lisboa. E na nossa humilde opinião, foi o lugar onde melhor comemos. Primeiro porque você não precisa gastar muito para comer bem. Pelo contrário. Um dos restaurantes que mais gostamos, recomendado por amigos locais, foi a Casa da Índia, entre o Chiado e Bairro Alto. O melhor polvo com batatas do mundo por 8,50 euros e com uma sopinha de camarão de entrada.
Outra novidade da cidade é o Mercado da Time Out, uma praça de alimentação super style com o melhor da cidade dentro. A dica é: vá depois das 15hrs, que é mais vazio e você pode experimentar um pouco de tudo. E se quiser esticar para um drink, o pátio do Museu da Farmácia fica ali perto, um lugar delicioso, com cadeiras espalhadas pelo jardim. Depois disso, se os drinks animarem e bater aquela vontade de esticar ainda mais, recomendamos a micro-balada A Capela, no Bairro Alto. Drinks, drinks, drinks e sempre um DJ de minimal botando pra quebrar. Se tiver pique, ainda rola uma saideira no Pavilhão Chinês, um bar kitsch de um colecionista maluco, onde rola jogar sinuca escutando Modest Mouse em meio a uniformes e bonequinhos da II Guerra Mundial.
Outra dica valiosa do nosso booker e entusiasta da culinária ogra, Fabrício Nobre: Sol & Pesca, um lugar que vende apenas sardinhas enlatadas, uma melhor que a outra. Você entra, escolhe as latinhas mais maneiras, eles abrem, temperam e você come com uma bela cerveja gelada. Nada melhor para depois do show no Musicbox, ali ao lado.
Casa da Índia: Rua do Loreto, 49, Lisboa. Horários: diariamente, das 12 à 1h. Tel: +351 21 342 3661
Mercado da Time Out: Av. 24 de Julho 49, Lisboa. Horários: Domingo a quarta, das 10 à 0h; Quinta a sábado, das 10 às 2h.
Restaurante Farmácia: Rua Marechal Saldanha 1, Lisboa. Horários: Terça a domingo, das 13 à 1h. Não abre às segundas.
A Capela: Rua da Atalaia, 45, Lisboa. Horários: Segunda a quinta e domingo, das 20 às 2h; Sexta e sábado, até às 3h.
Pavilhão Chinês: Rua Dom Pedro V, 89, Lisboa. Horários: diariamente, das 18 às 2h.
Sol & Pesca: Rua Nova do Carvalho, 44, Lisboa. Horários: Segunda a quarta, das 12 às 2h; Quinta a sábado, das 12 às 4h.
Music box: Rua Nova do Carvalho, 24, Lisboa. Horários: Segunda sábado, das 23 às 6h.
Em Madri tivemos apenas um dia livre, após uma entrevista e um acústico em um dos maiores programas de rádio e tv da Espanha, “Los 40 Principales de Vodafone“. E o que fizemos foi bater perna pelo bairro Malasaña com nossos amigos da Charco, a assessoria de imprensa do Aldo nas Europas. Além de tapas y cervezas, demos um pulo na Calle Espiritu Santo, onde tem os brechós mais legais da cidade. Medalha para o Flamingos, onde você compra roupa por quilo. Além de Madri, eles também possuem mais três lojas em Barcelona, uma delas gigantesca. Uma surpresa foi o Matadero 8, um lugar com bares, teatros e shows. Acabamos parando por lá sem querer, quando o Mura perdeu a carteira e tivemos que ir até a delegacia. Melhor surpresa da cidade.
Flamingos: Calle del Espiritu Santo, 1, Madri. Horários: segunda a sábado, das 11 às 21h30
Matadero 8: Plaza de Legazpi, 8, Madri. Horários: segunda a sexta, das 10 às 22h; sábado e domingo, das 11 às 22h
Ficamos quatro dias em Barcelona e tocamos em dois deles. E mesmo na correria deu para aproveitar bastante. Como um dos palcos era dentro do Museu de Arte Contemporânea, no bairro do Raval, acabamos dando um passeio por lá. E vale a visita! A exposição do momento é sobre a influência da cultura punk no mundo. Nada mal para quem está em turnê. Ali ao lado do museu, na Calle del Angels, tem cinco restaurantes ótimos, um ao lado do outro. Escolhemos o vietnamita Bun Bo, dica do Daniel Setti, que mora na cidade há 11 anos e gravou as baterias do nosso primeiro disco. Outra dica dele que valeu à pena: Fàbrica Moritz. É uma pizzaria, restaurante e cervejaria oficial da Moritz, com mesas na calçada. Foi lá que comemos e bebemos todos os dias antes de curtir o festival. E quem quiser dar um pulo nos brechós, é só andar mais duas quadras na Carrer del Tallers, especialmente o WW e o Oh-La-La, onde compramos algumas roupas para o show.
Museu de Arte Contemporânea: Plaça dels Àngels, 1, Raval, Barcelona. Horários: Segunda a sexta, das 11 às 19h30; Sábado, das 10 às 21h; Domingo e feriado, das 10 às 15h. Não abre às terças.
Bun Bo: Calle Sagristans, 3, Barcelona. Horários: Domingo a quarta, das 13 à 0h; Quinta a sábado, das 13 à 1h.
Fàbrica Moritz: Ronda de Sant Antoni, 39, Barcelona. Horários: diariamente, das 7h30 às 3h.
O André [Faria] ainda deu uma esticada de dois dias em Londres com sua namorada, a diretora Cristina Streciwik (Planalto), que também registrou os shows do Aldo, no Primavera Sound. A primeira parada do casal foi no Paper & Cup, um pequeno café e livraria em Shoreditch que tem como propósito reintegrar ex-viciados em drogas no mercado de trabalho. Além de um pulo na Rough Trade, uma das lojas de disco mais legais do mundo, logo ali ao lado, eles descolaram uma bike e saíram pedalando pela cidade. Primeiro deram um rolê pelo Tate Modern, depois pedalaram mais doze quilômetros até East Finchley, um bairro residencial ao norte da cidade. Se um dia estiver por lá e bater uma fome, a dica é o restaurante Chriskitch, com “berry water” e uma seleção de pães artesanais. E se quiser uma pizza no hotel para fazer as malas enquanto faz a seleção de vídeos e fotos da tour, as dicas são: se hospedar no Ace Hotel (Hackney) e pedir uma pizza no Pizza East, praticamente vizinha do hotel onde ficaram hospedados.
Obs: Não deixe de visitar o novo prédio do Tate Modern, que abre as portas oficialmente em 17 de Junho, no Bankside.
Paper & Cup: 18 Calvert Avenue / 83 St Pauls Way, Londres. Horários: Segunda a sábado, das 8 às 17h.
Rough Trade: 91, Brick Lane, Londres. Horários: Segunda a quinta, das 8 às 21h; Sexta até às 20h; Sábado, das 10 às 20h e Domingo, das 11 às 19h.
Tate Modern: Bankside, Londres. Horários: Domingo a quinta, das 10 às 18h; Sexta e sábado, até às 22h.
Chriskitch:7A Tetherdown, N10 1ND, Londres. Horários: Segunda, das 9 às 17h; Terça a sexta, das 9 às 18h e Sábado e domingo, das 10 às 17h.
Ace Hotel: 100 Shoreditch High St, Londres.
Pizza East:56 Shoreditch High St, Londres. Horários: Segunda a quarta, das 12 à 0h; Quinta até 1h; Sábado, das 10 às 2h e Domingo, das 10 à 0h.
A Aldo, The Band nasceu das noitadas dos irmãos Murilo e André Faria com seu tio Aldo. Ele era um verdadeiro bon vivant da noite paulistana e ensinou muito sobre farras e loucuras para os dois sobrinhos antes de trocar tudo pela religião. Com fortes laços com a música e a moda, eles formaram a banda com o intuito de produzir canções inspiradas nas aventuras vividas com o tio. O primeiro disco, Is Love, saiu em 2013. Em seguida, vieram o EP, Sunday Dust (2014) e o mais recente álbum, o elogiado Giant Flea (2015). A banda ainda é integrada pelos músicos Izzy Cobra Snake (baixo) e Érico Theobaldo (bateria).
Foto do destaque: José de Holanda
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.