Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Em maio de 2015, Yoshiyuki Morioka abriu em Tóquio uma livraria diferente de todas as outras.
Na Morioka Shoten, nunca tem mais do que um título por vez em estoque. O livro da semana fica exposto numa mesa simples, no meio da livraria. O espaço minimalista da loja abriga objetos e quadros, como numa exposição, tendo o livro “em cartaz” como peça principal.
Antes de abrir a livraria Morioka Shoten, Morioka cuidou durante 10 anos de uma loja maior e relatou sua experiência ao jornal britânico The Guardian:
“Lá, eu tinha por volta de 200 livros em estoque e organizava vários lançamentos a cada ano. Durante esses eventos, muitas pessoas visitaram a loja por conta de um singelo livro. Vendo isso com frequência, comecei a acreditar que talvez seria possível ter uma livraria com apenas um livro.”
Hoje em dia, a venda de livros físicos está passando pela mesma transição que a música enfrentou quando sua distribuição se digitalizou. Os livros impressos perdem espaço para os ebooks e leitores com e-ink. Com a sua loja, Morioka valoriza não só o livro impresso, mas a curadoria e a relação entre leitor e livraria.
Fazendo um paralelo com a digitalização da música, que valorizou o disco de vinil como suporte, talvez veremos na próxima década livros de bolso seguindo o destino dos CDs e eventualmente uma volta das capas duras bonitas e super bem trabalhadas, elevando o livro à condição de objeto de arte.
Endereço
Morioka Shoten
Susuzki Building 1F
1-28-15 Ginza,
Chuo-ku
Tokyo
Foto destaque: Nacasa & Partners, Miyuki Kaneko
Viaja sempre com uma mochila com camera, laptop e kindle e uma mala pequena de roupas. Nela leva mais uma mala vazia que vai enchendo ao longo da viagem. Não é fã de pontos turísticos, não gosta de muvuca e foge de filas, mesmo que seja para ver algo considerado imperdível. Por isso nunca subiu na Torre Eiffel, mesmo tendo ido várias vezes à Paris. Acredita que uma boa viagem é sentir a cidade como morador. Tanto que foi pra São Paulo em 2008 e ainda está por lá.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.