Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Já adianto: esse não é um post nada imparcial. Estou apaixonada. Morrendo de amores. Sabe aquele lugar que você não vê a hora de levar todos os seus amigos para conhecer? Pois assim é o Kintaro. Nossa história de amor começou em um sábado, quando decidimos almoçar na Liberdade e , para variar, chegamos tarde demais e tudo estava fechado. Foi quando vimos a portinha do bar aberta e resolvemos tomar uma cerveja e fazer uma boquinha para enganar a fome e esperar os restaurantes abrirem para o jantar. Óbvio que ficamos por lá mesmo.
O boteco é bem pequeno, uma portinha na Thomaz Gonzaga, do lado do Lamen Kazu. Dentro, apenas uma mesinha no fundo para sentar, de resto, todo mundo senta no balcão. Já vi fotos onde colocaram uma mesinha na calçada, na frente, mas não peguei isso. E ele é um botecão mesmo. Nada de bar moderninho tentando se passar de sujinho. Do jeito que eu gosto.
O bar é familiar e quem comanda a cozinha é a matriarca Dona Liria, enquanto os dois filhos – e esposas – se revezam no balcão. Falando em comida, as estrelas da casa são as porções que estão em uma estufa no balcão. Dá para pedir só de uma opção ou fazer meio a meio. Tem moela, sardinha, costelinha, kimchi, berinjela com missô – uma das melhores da vida -, salada de batatinha, e por aí vai. Mesmo quem não bebe, vai sair bem satisfeito com a comida do lugar. E quem é vegetariano vai sair felizão também. A porção sai em torno de 12 reais e o que a gente recomenda é ficar beliscando ali tomando uma cerveja gelada. Além disso, a casa oferece oniguiris – de umê e missô. Dizem por aí também que rola uma coxinha com massa de mandioca que é dos deuses.
De cerveja, dá para encontrar as habituais de 600ml, bem como opções artesanais. Tem ainda uma ótima carta de cachaça. E, é claro, não podia faltar sake e soju. Dá até para comprar uma garrafa e deixar por ali. Do balcão é possível ver várias com os nomes dos respectivos donos.
Se em um bar tradicional, o futebol domina as rodinhas de conversa, aqui é lugar de sumô. A família tem toda uma ligação com o esporte, treinam, são treinadores, e tem até campeões por ali. O boteco é todo enfeitado com o tema também e dá para bater um bom papo ali, mesmo sendo zerado no assunto – como eu. Aliás, isso é uma das coisas mais deliciosas: sempre rola um papo com os vizinhos de balcão, não só sobre sumô, mas também sobre mangás, comidas bizarras chinesas ou cachaças.
Ah, a parte chata de tudo é que, como muitos estabelecimentos por ali, não aceita nenhum tipo de cartão, só dinheiro. Mas do lado é possível encontrar quase todos os bancos – na mesma rua tem um Itaú, virando a Thomaz tem um banco do Brasil e na praça um Bradesco, tudo a poucos minutos a pé. E, vai por mim, isso não vai impedir você de querer voltar sempre.
Kintaro
R. Thomaz Gonzaga 57 – Liberdade
Horários: Segunda a quinta, das 8 às 23h. Sexta fecha às 00h e sábado às 21h.
* Foto de capa: Facebook Kintaro
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
Ver todos os postsAdorei o post. Fui lá e amei. Recomendo pedir à Dona Líria que frite coxinha na hora. É a melhor coxinha da cidade. Peça também a costelinha no missô, definitivamente não é um porco que morreu à toa.
Uau, bom saber que depois de 3 anos do post, o Kintaro continua delicioso! :)
muito bommmm !!!!
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.