Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Qualquer viagem de aventura começa com uma bela lista de equipamentos, necessários para você não se meter em enrascadas desnecessárias. Botas de trilha, casaco para a chuva, kit de medicamentos, mochila impermeável e por aí vai. Se você, como eu, não é nenhum Bear Grylls, há sites especializados que oferecem essas informações prontinhas para você só ter que esquentar a cabeça na hora que der alguma coisa errada (e sempre dá!). Mas uma coisa que essas listas nunca ajudam é mostrar que existem equipamentos e Equipamentos, assim, com maiúscula. Achei alguns que são não só incríveis, mas também essenciais – pelo menos a partir do momento em que descobri que eles existem.
Sabe aquelas coisas que você vê e pensa: “Como é que ninguém nunca pensou nisso?” ou “como é que EU nunca pensei nisso?!”. Pois é, a ideia não poderia ser mais óbvia. Você pega um caiaque, e sai remando loucamente para o meio do mar, mas mal consegue ver o que acontece embaixo d’água, já que você não pode nem colocar a cara para fora com medo de cair e nunca mais voltar. Seus problemas acabaram! A empresa Molokini criou um caiaque inteiro feito de acrílico transparente, então você pode ver toda a vida marinha que existe abaixo do seu bumbum. Cabem duas pessoas, somando até cerca de 200 Kg, tem assentos reguláveis, dois remos e dois dispositivos de flutuação. O problema só é o preço: US$ 2.595, no Amazon.
Diga-me se você é capaz de fazer uma trilha de 20 Km, subir uma montanha de 1500 m de altura, ver aquela vista inacreditável, e não postar uma fotinho que seja para se gabar. Duvido! Agora se você quiser fazer bonito mesmo, e deixar seus amigos se mordendo de inveja, você pode mostrar suas conquistas em vídeos profissa, feitos do alto com esse wearable drone. A câmera da Nixie é o primeiro dispositivo que voa sozinho, seguindo o usuário enquanto filma, e voltando para a sua mão no final. Ela parece um relógio de pulso, mas quando você solta as alças e joga no ar, o brinquedinho começa seu vôo. Por enquanto ainda está em pré-venda, e não tem o preço definido.
Essa novidade é tão útil que mesmo quem não vai nem pisar na grama vai poder aproveitar. Sabe quando você quer tirar um cochilinho na sala de aula, no busão, ou na espera do dentista, e você enrola seu casaco para fazer um travesseiro? Esse moletom faz o papel dos dois ao mesmo tempo, você não precisa passar frio para apoiar a cabeça. É só assoprar um pouco nas pequenas válvulas acopladas nos lados, e o seu capuz infla para receber seu sono como um abraço. Por enquanto, o Hypnos Hoodie está em pré-venda, até a marca conseguir os fundos para produzi-lo em série através do Kickstarter.
Se você não abre mão das suas roupas organizadinhas, mesmo para uma viagem ao mais tosco acampamento, a Shelfpack pode ser a solução dos seus dramas. Essa mala desenvolvida por uma empresa de Santa Bárbara, nos Estados Unidos, tem quatro prateleiras, em uma espécie de estante, que se compacta quando você quer fechá-la. É quase um armário com rodinhas. Custa US$ 349, já que ninguém disse que conforto é barato. Arrumar a mala agora ficou moleza, mas carregar essa numa trilha não vai ser muito agradável.
O homem já dominou a terra, já dominou o ar. Mas ainda tem bastante dificuldade para dominar a água, em grande parte porque ele precisa de uma coisinha que falta lá embaixo: o oxigênio. Quem já mergulhou, sabe que a experiência é inesquecível, mas ela só vem às custas de um curso bem chatinho, um equipamento bem desajeitado, e uma boa porção de medo. Pois o estudante coreano Jeabyun Yeon inventou uma máscara que pode cortar pela metade todo esse processo. Aproveitando-se da invenção de outro estudante (um filtro pequeno que segura moléculas de água, mas deixa passar as de oxigênio), ele montou um dispositivo que você morde com a boca, e utiliza uma micro bateria que aciona dois filtros laterais, que absorvem e estocam oxigênio comprimido. Sem cilindro, sem perigo de você ficar lá no fundo sem ar. O Triton Oxygen Respirator ainda é só um protótipo, e já tem muito cientista fazendo mil cálculos para provar que o invento está mais para Professor Pardal que para Leo da Vinci, então por enquanto é só um bom design. Mas nós seguimos aqui na esperança que um dia a gente também possa ter nossos momentos 007 embaixo d’água. Mas ó, mesmo se acontecer, o curso chatinho ainda vai ser obrigatório se você não quiser ter um barotrauma pulmonar, ok?
Tá, pode parecer ridículo, porque o que mais tem por aí é móvel inflável. Mas o Lamzak Hangout é muito diferente, e todo mundo vai querer um. É para usar em acampamento, na trilha, no piquenique, na piscina, na praia, no festival de música, na rua na chuva na fazenda onde você quiser sentar, ou até dar uma deitada para relaxar. Ele nada mais é do que um grande saco de tecido impermeável ao ar e bem fino, que fica todo enrolado em um saquinho menor para poder armazenar. Quando quiser usar, é só desenrolar, abri-lo como se estivesse esticando o lençol da sua cama, fechar e voilà! Vira um salsichão macio para usar como bem entender. Custa só 65 euros, mas por enquanto está sold out no site oficial. Já existe um genérico chamado Gamak, mas como o site está todo em russo, eu não entendi nada. Vai, diz que você não quer!
Esse não tem nada a ver com aventura, mas já que estamos falando de compras de viagem, os anéis da linha Cityscapes tem tudo a ver. Quem quiser levar a cidade favorita na palma da mão, ou no dedo, pode escolher o skyline de lugares como Nova York, Paris, Amsterdam, Chicago, São Francisco, Berlim, Hong Kong, Londres e Edimburgo. A série, criada pela designer siberiana Ola Shektman, é toda feita em impressora 3D e está à venda pelos sites Shapeways e Etsy. Custam entre 69 e 89 dólares e podem ser em prata, bronze, latão, ou folheados a ouro e ródio.
Foto do destaque: Nixie
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.