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Do’s & Dont’s: turismo entre escalas

Quem escreveu

Chicken or Pasta

Data

16 de March, 2016

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Escalas são geralmente aquele fator inicial de exclusão na busca de uma passagem aérea. De olho no destino final, geralmente não queremos perder tempo no caminho. Mas, e se este obstáculo se transformasse em uma oportunidade de desbravar um novo lugar? De conhecer, ao menos por um dia, uma cidade onde nunca havíamos pensado em colocar os pés?

Olhando por este ângulo, um voo para África do Sul com escala em Genebra ou Madri passando por Nova York pode ser a oportunidade de conhecer dois destinos pelo preço de um. Para transformar essa possível roubada em uma aventura inesquecível é necessário uma dose extra de vontade, além de um bom planejamento. Esteja preparado para dormir ao menos duas noites em um assento de avião e ficar mais de um dia sem tomar banho. Essas privações podem ser pequenas perto da oportunidade de guardar uma nova cidade na memória e de experimentar um novo sabor em um lugar que poderia ser apenas uma chata parada rumo ao destino final.

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O Aguinaldo Melo é jornalista e trabalhou durante muitos anos cobrindo eventos esportivos, principalmente de esportes radicais. A Tati Melo é fotógrafa, editora de vídeos e estudante de artes visuais. Fotografa tudo que os olhos enxergam durante uma viagem em busca de um novo ângulo ou da lembrança de uma aventura. Juntos eles criaram o projeto Pé nas Nuvens, um site de histórias de viagem que conta desde a bucólica passagem pelos templos japoneses até os maiores perrengues, como perder um avião, a máquina engolir o cartão de crédito e, claro, as escalas absurdas que eles pegam em voos baratos.  O projeto nasceu durante a cobertura da Copa de 2014, quando, entre uma cidade e outra, um colega jornalista contou uma história de um repórter que viajava para lugares em conflito durante suas férias, só pela história. Desde então eles gravam e fotografam tudo que veem em suas andanças pelo mundo. O objetivo é compartilhar histórias. Nada roteirizado ou ensaiado.

Eles estão virando experts nessa história de aproveitar conexões longas em países estranhos para ganhar mais um carimbinho no passaporte. Numa dessas, eles já visitaram, por exemplo, as pirâmides de Teotihuacán, no México, a caminho de Paris. Com uma boa bagagem acumulada, eles hoje nos contam como fazer para curtir essas escalas loucas e tirar o máximo de proveito dessas poucas horas em uma cidade desconhecida. Muito melhor que fica tomando chá de cadeira no aeroporto, não é mesmo?

DO’S

Escolha os aeroportos – Em muitos lugares, o aeroporto não está necessariamente localizado próximo ao centro, tampouco possui uma ligação decente de transporte coletivo. Isso poderá inviabilizar o seu roteiro de um dia.

Calcule o tempo de deslocamento – Tenha tudo na ponta do lápis, pois você irá embora daquele destino em algumas horas. Para evitar contratempos, o planejamento do roteiro deve ser seguido à risca.

Leia sobre o destino de 1 dia – Pesquisar sobre o lugar da escala irá lhe ajudar a decidir quais lugares pretende visitar nesta curta parada. Quanto mais informações você tiver, mais rica será esta curta experiência.

Tenha mapas à mão – Tenha versões impressas dos mapas do metrô e das direções do roteiro do dia. Óbvio que um smartphone com internet resolve os problemas de navegação, mas a ideia do turismo de 1 dia é gastar o mínimo possível.

Use roupas adequadas – Pense sempre no clima desta cidade em que você está fazendo escala, ele poderá ser bem diferente do seu destino, portanto tenha roupas confortáveis e adequadas para aquele trajeto.

Consulte seu agente de viagens – Muitas viagens malucas começam através de uma pesquisa em um site de compras de passagens. Mas nunca descarte conversar com um agente de viagem. A caminho do Japão, conseguimos aumentar a nossa pausa em Dubai de 5 horas para 5 dias. Isso nos permitiu conhecer um novo lugar sem pagar um centavo a mais.

Calcule tudo com antecedência – Aventure-se, mas retorne para o aeroporto com antecedência. Não se esqueça dos horários de pico e dos contratempos, como errar uma estação do metrô ou pegar um ônibus errado. Sempre haverá o tempo de deslocamento entre um terminal e outro, além de outros detalhes que meia hora extra cairá como uma luva.

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DONT’S

Passear em escalas muito curtas – Uma escala com menos de 4 horas não é uma escala, é apenas uma pausa que lhe permitirá tomar um sorvete no aeroporto local. Não invente de se deslocar até o centro da cidade em uma escala muito apertada. O ideal é ter no mínimo 5 horas para sair do aeroporto e conhecer algo na cidade. Óbvio que isso depende da localização do aeroporto e das atrações existentes ao seu redor.

Carregar bagagens de mão – Se você tiver algum tipo de bagagem extra, deixe-as nos armários do aeroporto. Eles custam relativamente pouco e são muito mais práticos do que arrastar uma mala em seu dia de aventura. Arrastar uma mala por uma cidade é um tremendo desconforto, ainda mais por uma cidade desconhecida.

Viajar sem ver os documentos necessários – O seu destino final pode não exigir, mas a falta de um visto ou uma vacina pode complicar os seus planos de passar um dia naquela cidade. Consulte os requisitos da imigração local. Um exemplo disso é Dubai, que só libera visto para quem irá ficar mais de sete horas na cidade e possui uma reserva em um hotel local.

Planeje aventuras noturnas – Lembre-se que, a uma certa hora da noite, os transportes coletivos da maioria das cidades do mundo param de funcionar. Escalas noturnas, mesmo as mais longas, são garantia de roubada, e no melhor dos cenários, um cochilo no carpete frio em um chão de aeroporto.

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Foto do destaque: Shutterstock – Fabio Lamanna

Quem escreveu

Chicken or Pasta

Data

16 de March, 2016

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Comentários

  • Só uma dica importante pra acrescentar no item “Não Carregar bagagens de mão” – nos estados unidos vc não encontra aeroporto que tenha armário pra deixar malas depois do 11 de Setembro, portanto pesquise lugares alternativos pra deixar sua bagagem guardada.

    - dierkes
    • Uma dica nos estados unidos dependendo da escala para a falta de armários é alugar um carro. Sai mais caro mas dá para economizar o transporte para o centro. Precisa ser uma escala mais longa (leva uns 30 minutos para pegar o carro com reserva) mas se tiver algum cartão de milhagem acelera muito o processo ( na Hertz você só fala com o atendente na cancela da saída do estacionamento)

      - Joe
    • É verdade Dierkes. Me recordo de uma parada em Detroit. Fui visitar o museu da Ford. – Foi bem divertido, mas tive que arrastar uma mochila bem pesada.

      Cada lugar é uma surpresa.

      - Agui Melo

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