Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Sempre que chega um feriadão, a gente já sabe o que vai acontecer. Congestionamentos mil, em todas as estradas, já que milhões de pessoas querem fugir da cidade, tentando descansar e respirar ar puro. Quem nunca se viu nesse nada relaxante cenário, avançando a passinhos de tartaruga em direção às tão férias, que atire a primeira pedra. Pensando em melhorar a tua viagem, montei uma lista de lugares à beira da estrada que valem a parada, muito além daquele xixizinho rápido e aquela coca-cola para acordar. Considere gastar um tempinho neles, se delicie com a comida, e quem sabe o trânsito não melhora quando você pagar conta?
No caminho para o Rio de Janeiro, o que não falta é posto com restaurante. Mas se você não quiser se render à famigerada coxinha, ou a um frango no espeto ressecado, o Paturi pode ser um oásis para os famintos. O restaurante francês abriu as portas em 1955, por obra do chef Georges Simon Ligot, que se instalou no Vale do Paraíba para nunca mais voltar. Todos os pratos são feitos em fogão à lenha, e o menu tem desde a simples e tradicional sopa de cebola, até a especialidade da casa, carne de pato com laranjas.
Horário de funcionamento: de ter. a sex. das 11h às 16h e das 18h às 21h, sáb. das 11h às 23h, dom. das 11h às 17h.
Quem vai para o norte do estado, a meio caminho de Ribeirão Preto, não pode deixar de parar no Rancho Empyreo. Apesar do nome, que faz alusão ao local de encontro dos deuses gregos, o restaurante foi fundado pela família Goetschi, de origem suíça, há mais de 50 anos. O cardápio bávaro, bem extenso, varia um pouco de acordo com a estação, e vai desde suculentos filés até o tradicional fondue. Mas a parada vale a pena mesmo na parte da lanchonete, bem menos ostensiva e muito mais barata, pelos croquetes de carne (foto do destaque). São grandes, servidos individualmente, e inesquecíveis. Dá para comer também um bom salsichão no pão francês com chucrute e mostarda escura.
Horário de funcionamento: seg. a qui. das 8h às 21h, sex. e sáb. das 8h às 22h, dom. das 8h30 às 16h.
Quem segue para o interior a oeste, pode aproveitar o caminho para se deleitar com uma legítima comida portuguesa. Como manda o figurino, o casarão típico tem um ambiente simpático, decorado com azulejos brancos e azuis. Todo mês, eles servem por lá cerca de 6 toneladas de bacalhau, então já deu para ver qual é o carro chefe, certo? Ele é servido dos mais variados jeitos, como o famoso Gomes de Sá, à Madeira, à Narciso, entre outros. Para harmonizar, a adega conta com vinhos de mais de 100 produtores da terrinha (mas se for o motorista, você vai ficar na água, ok?). E para arrematar, além das muitas sobremesas de ovos, ainda tem um armazém gigante para levar o que quiser para casa.
Horário de funcionamento: de segunda a sábado das 6h às 23h, domingo das 6h às 20h.
Vai para o Sul? Então tem muita estrada pela frente. Mas antes de chegar na terra do churrasco, ainda perto de São Paulo, fica a Costelaria Rancho do Vinho. Como o nome mesmo diz, a especialidade da casa é não só o churrasco, mas o assado de costela. O sistema é de rodízio, e as carnes assam por mais de 6 horas, então chegam à mesa no ponto, macias e suculentas. Além disso, eles também se destacam pela adega, especializada em produtos brasileiros. Só fico pensando em como é difícil conciliar essa tríade de carne, vinho e estrada. Cuidado, hein?
Horário de funcionamento: de domingo a quinta das 11h às 16h, sexta e sábado das 11h às 23h.
A história do Dalmo começou em 1963, com um pequeno estabelecimento ao lado do Canal de Bertioga. Quando a coisa engrenou, eles mudaram para essa casa grande, no meio da estrada entre a cidade e a entrada da Piassagüera, no sentido de quem volta de São Sebastião. Depois disso, ainda vieram a filial na frente da praia na Enseada no Guarujá, e a de São Paulo, no Itaim-Bibi em 2015. Mas para aproveitar o verdadeiro sabor dos frutos do mar do Dalmo, nada melhor que ir direto à fonte, na matriz. Entre uma variedade enorme de peixes, lulas e mariscos, a boa são os risotos. Para acompanhar, a salada de palmito desfiado já virou um clássico. Todos os pratos são muito bem preparados, e são tão grandes que servem 2 a 3 pessoas. Às vezes até 4.
Horário de funcionamento: seg. a qui. das 10h às 16h, sex. e sáb. das 10h às 22h, dom. das 10h às 20h.
Na descida para o Litoral Norte, resista à tentação de parar no Frango Assado da Carvalho Pinto, e siga um pouco mais até o km 22 da Tamoios, prometo que você não vai se arrepender. Só cuidado para não perder a entrada da estradinha lateral que leva até o Recanto Santa Bárbara. Essa fazendinha abriga um hotel, área para eventos, lago com pedalinho, e outras atividades que não te interessam. Mas eles tem também um restaurante bem agradável, com mesas ao ar livre, à beira do lago, onde você pode experimentar tortas, quiches e beirutes caseiros grandes e saborosos. As sobremesas também são imperdíveis, com destaque para a deliciosa torta de noz pecã com amora, colhida no pé ali mesmo. Na saída, é impossível resistir às compras no mercadinho que fica ao lado do estacionamento, onde eles vendem pães artesanais, geleias e compotas, biscoitos, queijos, manteiga e requeijão, tudo feito na fazenda mesmo.
Horário de funcionamento: seg. a qui. das 8h às 18h, sex. das 8h à 1h, sáb. das 7h30 às 20h, dom. das 7h30 à 0h.
Se alguém conhecer lugares imperdíveis para comer na Fernão Dias, Imigrantes, Anchieta, Raposo Tavares ou Dom Pedro, manda para nós!
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.