Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
No fim de semana passado rolou, tanto no sábado como no domingo, a quinta edição da Casa Tpm, evento da revista Tpm que promove a discussão e a reflexão sobre o universo feminino, passando por temas como aceitação do próprio corpo, condição da mulher na sociedade brasileira atual, política e sexo. Apesar do feminismo ter estado sempre por aí, parece que nos últimos anos ganhou uma força absurda, e o sucesso de um evento como esse, que teve os ingressos esgotados com rapidez recorde, só reforça sua relevância no cenário atual.
A Casa rolou em um tradicional casarão no Pacaembu, onde funciona hoje o Nacional Club. Antes disso, porém, o lugar abrigava um clube de cavalheiros: homens se reuniam ali para discutir política, entre outras coisas, e não era permitida a entrada de mulheres – o que torna a escolha do lugar bem emblemática. A casa é lindíssima e a estrutura montada em cima surpreendente: uma sala para as palestras, salas para as ações que estavam rolando com marcas como Santander, Natura, Sym, Gol e Dolce e Gusto, uma pequena feira da Rede Manual, e todo um jardim com piscina para comes e bebes.
De longe o mais interessante por ali são as conversas/debates/palestras. No primeiro dia, depois de uma rápida introdução sobre o evento, a primeira mesa começou com a filósofa Viviane Mosé, a atriz Taís Araújo e Djamila Ribeiro, nossa atual secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo
O dia seguinte começou com a apresentação de “A Casa dos Budas Ditosos”, com Fernanda Torres. Além disso teve ainda conversa sobre mercado de trabalho, condição da mulher negra em 2016, e questões de gênero. De novo, essas conversas contava com gente como Sueli Carneiro, Tati Bernardi e Sofia Favero. Quem fechou a noite foi Liniker.
E, pelo fato das conversas serem tão interessantes, vem a minha grande crítica ao evento: não tinha espaço para todo mundo assistir tudo. A fila para entrar – que depois da segunda palestra só rolava quando alguém deixava a sala, era desanimadora, e nem dava para assistir na tela que colocaram do lado de fora, já que as cadeiras ali estavam sempre todas ocupadas. Poxa, com tanta mulher maravilhosa por lá, é muito frustrante ficar do lado de fora!
Mesmo assim, que venham mais Casas Tpms nos próximos anos, por favor. Eu, que consegui ver muitas das conversas, sai de lá emocionada e inspirada (e garanto que a maioria das pessoas tiveram a mesma sensação). É o tipo de evento importante, que abre espaço para o crescimento pessoal e social de todos que participam. E que inspire muitos eventos similares na cidade.
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.