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Calçando Sapatos pelo Mundo: o Museu da Empatia

Quem escreveu

Alecsandra Matias

Data

22 de September, 2016

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De repente, você está andando pela rua e se depara com uma gigantesca caixa de sapatos. Não se assuste! Respire fundo, crie coragem e tenha uma experiência fantástica no Museu da Empatia. Oi? Empatia? Sim, aquele sentimento de entender e sentir outra pessoa – de olhar o mundo pela perspectiva do outro. E museu? Ah! A grande caixa de sapatos, na verdade, é o local onde uma coleção com diversos sapatos está disponível para que você possa calçá-los e vivenciar a história dos seus donos.

A Mile in My Shoes, 2016, no Perthfestival, Austrália.
A Mile in My Shoes, 2016, no Perthfestival, Austrália. Divulgação

O projeto do Museu da Empatia nasceu das ideias do escritor Roman Krznari, especialista no assunto. Usando a expressão inglesa in your shoes (literalmente, “nos seus sapatos), em 2015, na primeira exposição, realizada durante o Thames Festival em Londres, o público era convidado a caminhar uma milha nos sapatos de outra pessoa e ouvir um áudio com a história dela.

A mile in my shoes (Divulgação).
A mile in my shoes (Divulgação).

Eram histórias surpreendentes de trabalhadores braçais, prostitutas, soldados, drag queens, arqueólogos, deficientes físicos, presidiários e uma infinidade de narrativas que envolviam perda, luto, esperança, redenção e amor. Uma verdadeira viagem ao íntimo de cada pessoa.

Em 2016, com 31 novas histórias e pares de sapatos, o Museu da Empatia esteve no Perth Internacional Arts Festival, na Austrália. E o mais legal, as histórias foram coletadas no local. O projeto experimental, mais uma vez, trouxe personalidades distintas que compartilharam detalhes pessoais de vida.

Dos criadores do Museu da Empatia surgiu também a Biblioteca Humana, onde o empréstimo não é de um clássico da literatura ou de qualquer outro livro. Na Biblioteca, é possível emprestar uma pessoa para conversar e ouvir suas histórias, bacana não?

Human Library. Divulgação
Human Library. Divulgação

O Museu da Empatia é itinerante. Os planos são de percorrer todas as partes do mundo. Em novembro, o Museu estará com ações na Meaning 2016, em Brighton, no Reino Unido. Ainda não vi notícias sobre o projeto desembocar aqui no Brasil, mas quem sabe? Tudo pode acontecer, não é mesmo?

E por falar em Brasil, aqui temos uma experiência semelhante: o Museu da Pessoa, em São Paulo. É um museu virtual e colaborativo com histórias de vidas. Nele, o visitante pode tornar-se parte do acervo ao registrar sua própria história, assim como também ser um curador, na medida em que pode publicar suas próprias coleções de histórias, imagens e vídeos. O acervo conta atualmente com mais de 17 mil depoimentos em áudio, vídeo e texto, e cerca de 60 mil fotos e documentos digitalizados.
Caso a espera pelo tropeço na caixa de sapatos for muito angustiante para você, e se o Museu da Pessoa não der conta de sua vontade de empatia, acesse a versão online do museu. Além de vídeos e depoimentos, no site existem críticas de filmes e livros que tratam sobre empatia.

Quem escreveu

Alecsandra Matias

Data

22 de September, 2016

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Alecsandra Matias

Rata de galerias e museus, não perde a oportunidade de ir procurar aquela tela, escultura ou monumento famosos que todos só conhecem pelos livros.

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