Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Sim, mais uma vez é de Pinheiros que vem a inspiração. Escondidinho em meio a prédios e casinhas da Cônego Eugênio Leite, o Boca de Ouro às vezes pode passar desapercebido ao olhar de quem passa.
Para quem adentra o recinto, se deparar com aquele espaço estreito pode parecer desconfortável. Dependendo da lotação, até pode rolar uma cotovelada ou outra entre os que sentam ao balcão, mas o Boca provou por a+b que tamanho, definitivamente não é documento.
O Boca de Ouro é dono de um receita super certeira quando se fala de um bom bar. Um lugar sem mimimis, com um ambiente enxuto, com um menu de bebidas e comidas certeiro e objetivo. Sem firulas e gourmetizações. Para completar o combo, um bom jazz, soul ou rock, vindos de um radinho vintage, cria atmosfera super gostosa ao redor do balcão, onde ficam a maioria dos assentos do bar. Espera, mas não tem mesa? Sim, mas só de sinuca.
Falando de comida, o Boca não decepciona. Mesmo! Por unanimidade, é dono do melhor bolovo da cidade. E não é pretensão, hein! A famosa iguaria de boteco é tão bem executada que beira a perfeição. Fazendo até os mais incrédulos caírem de amores por aquela generosa bola de carne vermelhinha e sua gema quase mole. Se você não acredita muito, joga a palava “bolovo” no Google pra ver. Ah! Esse não é pra dividir, se empanturre sozinho que vale a pena!
Os torresmos da casa são sequinhos e bem carnudos, e a porção de picles de pepino empanados pode até parecer estranha, mas surpreende no sabor. Os dois são ótimas opções para dividir com a turma.
E como estamos falando de bar, a dica é: vá com fé e sem medo em qualquer um dos drinques da casa. Esses também não decepcionam. O autoral Macunaíma, (meu predileto!) é uma mistura de cachaça, limão e Fernet, que não dói no bolso e dá um show de sabor. O mesmo acontece com todos os outros drinques da casa, como o tradicional Negroni, feito com gim, vermute e Campari, o Cassino, uma deliciosa mistura de gim, licor marasquino, bitter de laranja e limão-siciliano, e o Fitzgerald, que leva gin, angustura e limão siciliano. Uma delícia!
Ah, mas e tem cerveja? Sim, tem! São maios ou menos uns 20 rótulos de cervejas de qualidade, com precinhos da hora.
Uma dica super importante: chegue cedo. O bar costuma lotar rapidinho, afinal é ele é bem pequeno. Ou ainda chegue tarde, quem sabe já não tem um banco vago esperando você.
Boca de Ouro
Rua Cônego Eugênio Leite, 1121 – Pinheiros
De segunda a quarta das 18h à 0h. Quinta a Sábado, das 18h às 2h.
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Foto destaque: Divulgação – Boca de Ouro (Facebook)
O Jo é do tipo que separa pelo menos 30% do tempo das viagens para fazer o turista japonês, com câmera no pescoço e monumentos lotados. Fascinado pelas diferenças culturais, fotografa tudo que vê pela frente, e leva quem estiver junto nas suas experiências. Suas maiores memórias dos lugares são através da culinária, em especial a comidinha despretensiosa de rua. Seu lema de viagem? Leve bons sapatos, para agüentar longas caminhadas e faça uma boa mixtape para ouvir enquanto desbrava novos lugares. Nada é melhor do que associar lindas memórias à boas canções.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.