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Boas notícias pelo mundo: aquecimento global

Quem escreveu

Renato Salles

Data

22 de January, 2016

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Estamos aqui, em pleno “invernico” no meio de janeiro, sob o efeito do mais forte El Niño que já existiu, e que vem agindo desde o final do ano mais quente já registrado na história mundial. Sim, o tempo está cada vez mais louco, e a natureza está se vingando de nós. O aquecimento global demorou para “pegar”, mas agora não larga mais. Tanto que estamos recém-saídos da maior conferência climática já realizada, a CoP21, que reuniu 195 países, em torno de decisões importantes para manter a elevação da temperatura global em no máximo 2ºC nos próximos 80 anos. E isso vale inclusive para os maiores poluidores do planeta, a China e os Estados Unidos. Parece pouco, mas não é mesmo. No meio desse cenário caótico, nem tudo é tempestade. Algumas notícias estão animando os cientistas e podem servir de exemplo para todos começarmos a tomar uma atitude antes que seja tarde demais.

foto: www.flickr.com/photos/stepitup2007
foto: www.flickr.com/photos/stepitup2007

Antártida

O continente que mais sofre com o efeito estufa é justamente o que mais está lutando contra esse problema. Cientistas descobriram que os icebergs, que vêm derretendo rapidamente por conta das altas temperaturas, liberam uma grande quantidade de nutrientes no oceano. Esses nutrientes estão ajudando a fertilizar o fitoplâncton dos mares, seres microscópicos que são os maiores responsáveis pela absorção do CO2 lançado na atmosfera. Os estudos foram feitos a partir de fotos de satélite durante dez anos (de 2003 a 2013), e a coloração mais esverdeada da água ao redor do continente foi o maior indicativo da atividade do plâncton. A natureza é muito louca mesmo!

foto: www.flickr.com/photos/jmogs
foto: www.flickr.com/photos/jmogs

China

O grande monstro do aquecimento global sempre foi a China. O país foi sozinho responsável por cerca de 50% do aumento nas emissões de CO2 do mundo nos últimos 10 anos. Agora, não só o primeiro-ministro chinês assinou o acordo de uma conferência do clima – fato inédito! – como um novo relatório constatou que as emissões de gás carbônico na atmosfera caíram pela primeira vez na história, e que, provavelmente, isso tem tudo a ver com os chineses. O ano em que Pequim lançou o primeiro sinal vermelho para o smog também foi marcado pela redução na utilização de energia proveniente do carbono por lá. Fora isso, o relatório ainda mostra que 58% do crescimento da produção energética chinesa veio de fontes não-fósseis, e a China detém o posto de maior produtor mundial de energia eólica e de segundo maior de energia solar. E para fechar com chave de ouro, o governo chinês ainda está fazendo uma ação de difamação das empresas poluidoras pelas redes sociais.

foto: Tony Webster from Portland, Oregon, United States (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0)], via Wikimedia Commons
foto: Tony Webster from Portland, Oregon, United States (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0)], via Wikimedia Commons

Dinamarca

Sempre que se fala em aquecimento global e, por consequência, em energia, a Dinamarca aparece na conversa. Ô país para fazer tudo direito, viu? Não satisfeitos em ter a capital com maior porcentagem de usuários de bicicleta do mundo, em 2015 eles quebraram seu próprio recorde de produção de energia eólica. E isso aconteceu mesmo com duas fazendas de vento inativas durante todo o ano. O consumo desse tipo de energia limpa chegou a um índice espetacular de 42%, 3 a mais do que no ano passado. Especialistas atribuem esse aumento às condições climáticas favoráveis. Em um dia de julho, a produção de energia foi tão grande que o país atingiu toda a demanda e ainda exportou 40% de sua produção para os vizinhos. Nada mal!

foto: www.flickr.com/photos/alisdare
foto: www.flickr.com/photos/alisdare

Torre Eiffel (e outros pontos turísticos)

Em 2015 foram instaladas duas turbinas no meio da estrutura da Torre Eiffel, como parte de um projeto de melhor eficiência energética. Os equipamentos foram instalados a cerca de 130m do chão e foram pintados na cor bronze, como a do resto da estrutura, para ficarem camuflados. As turbinas são capazes de gerar 10 mil kWh por ano, energia suficiente para reduzir drasticamente o consumo do primeiro andar da torre. Outros monumentos já fizeram adaptações similares, como a London Bridge e o Cristo Redentor, que usam luzes de LED, o Vaticano e a Casa Branca, que usam painéis de energia solar, a ópera de Sydney, que usa a água do mar para resfriar o ambiente, e o Parlamento alemão, que teve o projeto de reconstrução inteiro pensado de forma sustentável.

Bônus: Aqui eu achei esse post bem interessante, que mostra quanto precisamos de área com painéis solares para captar energia suficiente para atender o mundo inteiro. Antes de clicar, pense em qual é o tamanho que você acha que precisamos. É chocante!

Foto do destaque: Flickr – Dave Sag

Quem escreveu

Renato Salles

Data

22 de January, 2016

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Renato Salles

Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.