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Um guia para curtir Berlim sem colocar a mão no bolso. É isso mesmo, de graça!
*Post atualizado em dezembro de 2022
Que o euro está custando os olhos da cara não é novidade para ninguém. Quem pretende viajar à Europa sabe que ficou mais trabalhoso juntar uma quantidade suficiente de dilmas para poder usufruir de tudo o que o Velho Continente tem a oferecer.
Se você planeja visitar Berlim, que ainda é uma das capitais mais baratas da Europa, a cidade reserva várias atrações gratuitas. Muitas das opções são mais baca
nas no verão, quando todo mundo vai para os parques e lagos ao redor da cidade aproveitar o sol que se põe depois das dez da noite. Mas dá para aproveitar a maior parte delas em qualquer estação do ano.
Mesmo sabendo que não há catracas nas estações de metrô e que a fiscalização é totalmente aleatória (em geral, os fiscais, sem qualquer identificação, fazem ronda nos vagões, principalmente durante o dia, em algumas das linhas mais movimentadas, como a 2, a 6 e a 9), você não vai querer correr o risco de ter pagar uma multa por usar o transporte público sem bilhete válido, que pode chegar a 60 euros, certo?
Então, a maneira mais barata, rápida e saudável de se locomover pela cidade é com uma bicicleta. E a dica valiosa foi dada pelo Travels of Adam: através do bikesurf.org, você pode usar uma de graça! É só agendar o período em que você vai estar em Berlim, esperar a confirmação e ir pegar sua bike no local indicado por eles.
Montado na sua bike, pedale sem destino certo, apenas admirando toda a street art espalhada pela cidade. Artistas como os brasileiros osgemeos, o francês JR, o alemão Evol, entre tantos outros, fazem parte da paisagem urbana berlinense. Dois dos clássicos lugares lotados de graffiti ficam nos arredores da Urban Nation, na Bülowstrasse, no bairro de Schöneberg, e na East Side Gallery, localizada na divisa dos bairros de Kreuzberg e Friedrichshain, tida como a maior galeria de arte a céu aberto do mundo, e que usa um trecho de 1,3 Km do antigo Muro de Berlim como painel para o trabalho de mais de 100 artistas.
Ainda no campo das artes, o bairro de Mitte, especialmente na área delimitada pelas ruas Auguststrasse, Linienstrasse, Joachimstrasse e Tucholskystrasse, concentra grande parte das galerias de arte contemporânea da cidade. Embora duas das principais, KW e Me Collectors Room Berlin, cobrem ingresso, muitas outras têm entrada gratuita, como Eigen + Art/Lab, Camera Work ou Dittrich & Schlechtriem.
Não deixe também de conferir as galerias Blain | Southern, Thomas Fischer e Circle Culture, ao longo da Potsdamerstrasse, no bairro de Schöneberg, a Contemporary Fine Arts, localizada num prédio com assinatura do arquiteto David Chipperfield, ao lado da ilha dos museus, e a König Galerie, que ocupa o prédio de uma antiga igreja de arquitetura brutalista no bairro de Kreuzberg.
Para quem é fã de literatura, mas não pôde trazer aquele catatau para não ocupar espaço no mochilão, é possível encontrar títulos gratuitos na árvore dos livros, iniciativa da rede Bookcrossing, localizada próxima à esquina das ruas Kollwitzstrasse e Sredzkistrasse, no bairro de Prenzlauerberg.
Os berlineses costumam deixar objetos e coisas para casa em caixas de papelão na porta dos prédios, principalmente aos domingos. Então, se você precisa levar um souvenir para o Brasil, fique de olho nas portas de entrada dos edifícios. Muita coisa legal dando sopa pode ser encontrada!
Visitar os lugares abandonados de Berlim também não custa nada. Tem para todos os gostos: hospital, parque de diversões, piscina, fábrica de cigarros e até um castelo do século 18! Confira a lista completa aqui.
Se, além de dinheiro, você também quiser economizar tempo na fila de espera para subir ao topo da torre de TV e se sentir literalmente dentro de uma discoball, uma opção é visitar a Humboldt Box, na avenida Unter den Linden. Do alto, dá para admirar tanto a torre de TV de um lado, quanto o portão de Brandenburgo do outro, passando pelos prédios da Humboldt Universität e da Catedral, localizada logo em frente.
Berlim também é um prato cheio para quem aprecia arquitetura contemporânea. A região em torno de Potsdamer Platz abriga alguns dos maiores arranha-céus da cidade, como os prédios-sede da companhia alemã de trens, a Bahntower, da automobilística Daimler-Benz, projetado por Renzo Piano, o Sony Center e um complexo de edifícios residenciais de autoria de Richard Rogers.
Não longe dali, atravessando o canal Landwehr, a pedida é fazer um passeio pelo Gleisdreieck, um antigo pátio de estacionamento de trens convertido em parque, que é um dos preferidos pelos skatistas.
Ainda na região da Potsdamer Platz, toda terça-feira às 13h, na estupenda Philharmonie de Berlin, é possível assistir aos Lunchkonzert, concertos de música clássica com entrada gratuita!
Um dos exemplos mais bem sucedidos de intervenção de arquitetura contemporânea em um prédio neo-barroco também pode ser visitado gratuitamente. A cúpula do Reichstag, o Parlamento alemão, concebida pelo arquiteto Norman Foster, tem entrada aberta ao público, que precisa apenas agendar o horário, com dias de antecedência, através do site. Só não se esqueça de levar o passaporte!
Do outro lado da Pariser Platz, onde fica o Portão de Brandenburgo, não perca o Memorial aos Judeus Mortos da Europa. Não deixe de visitar também o Memorial aos homossexuais perseguidos pelo Nazismo, do outro lado da rua. A bad vibe vai muito provavelmente tomar conta de você, e a melhor pedida é dar um passeio por alguns dos inúmeros parques da cidade.
Dois dos mais emblemáticos são o Tiergarten e o Tempelhofer Park. O Tiergarten fica logo ao lado dos memoriais e conta com um lindo roseiral e um jardim inglês, além de lagos e alamedas repletas de esculturas. Já o Tempelholfer Park ocupa a área do aeroporto desativado de mesmo nome. No verão, fica lotado de corredores, patinadores, kitesurfistas, skatistas, ciclistas… Lá também é permitido fazer churrasco, pois praticamente não há árvores. O verde fica reservado aos jardins comunitários, repletos de bancos, sofás e cadeiras. É um lugar perfeito para simplesmente relaxar com uma cerveja e assistir ao pôr-do-sol.
Se sobraram alguns euros na carteira e você não quiser perder dinheiro na hora de trocá-los por reais na volta ao Brasil, que tal torrar tudo nos mercados de pulgas que acontecem nos finais de semana? O mais famoso deles é o do Mauerpark, aos domingos. Foi alternativo e local de muitas barganhas, mas hoje é bem turístico e caro, comparado a outros mercados menos conhecidos. Sempre aos domingos, vale a pena também conferir as feiras da Arkona Platz, bem próxima à do Mauerpark, a de antiguidades da Strasse des 17.Juni e a de Schöneberg, na praça em frente à subprefeitura do bairro, onde o ex-presidente norte-americano J. F. Kennedy fez o famoso discurso Ich bin ein Berliner e que acabou por levar seu nome.
Dois outros memoriais que podem ser visitados gratuitamente são os consagrados aos soviéticos. O primeiro, localizado no Treptower Park, impressiona pela grandeza e pela simetria dos monumentos em granito. Já o segundo, que fica em Schönholzer Heide, ao norte do bairro de Pankow, abriga também o maior cemitério russo fora do país. Berlim conta ainda com um terceiro memorial soviético, no Tiergarten.
O Museu dos Aliados, no belo bairro de Zehlendorf, tem entrada gratuita, assim como o Museu Berlin-Karlshorst, dedicado ao combate da União Soviética contra o nazismo, o Memorial e Museu Sachsenhausen, no local onde foi construído o primeiro campo de concentração na Alemanha, o Museu de objetos bizarros, a Mies van der Rohe Haus, a Daimler Contemporary Berlin, o Museum in der Kulturbrauerei e o espaço dedicado à arte contemporânea engajada Kunstraum Kreuzberg-Bethanien.
O Deustche Bank KunstHalle tem entrada gratuita às segundas-feiras e todos os museus de Berlim são gratuitos no primeiro domingo do mês, mas precisa se programar e emitir ingresso com antecedência.
No seu aniversário de sete anos, ganhou um globo terrestre e pouco depois já sabia (quase) de cor o nome das capitais dos países do mundo. Ainda não conheceu a Ásia e a Oceania, mas mudou há cinco anos para Paris e mora há dois em Berlim. É péssimo em senso de orientação. Sempre acaba se perdendo nas ruas transversais e achando aquele café ou loja que você vai ver indicado na edição de um guia de viagem só no ano seguinte.
Ver todos os postsOs fiscais do BVG estão à paisana, mas sempre se identificam ao pedir os bilhetes assim que as portas fecham. É obrigatório.
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.