Berlim 24 horas

O dia-a-dia de quem mora em Berlim com dicas culturais, gastronômicas e de passeios para todos os gostos e bolsos.

Decoding

Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.

Festivais de música

Os melhores festivais de música do Brasil e do mundo num só lugar.

Fit Happens

Aventura, esporte, alimentação e saúde para quem quer explorar o mundo.

Quinoa or Tofu

Restaurantes, compras, receitas, lugares, curiosidades e cursos. Tudo vegano ou vegetariano.

Rio24hrs

Feito com ❤ no Rio, para o Rio, só com o que há de melhor rolando na cidade.

SP24hrs

Gastronomia, cultura, arte, música, diversão, compras e inspiração na Selva de Pedra. Porque para amar São Paulo, não é preciso firulas. Só é preciso vivê-la.

SXSW

Cobertura pré e pós do SXSW 2022 com as melhores dicas: quais são as palestras, ativações, shows e festas imperdíveis no festival.

A trilha de Picasso pela Provença

Quem escreveu

Alecsandra Matias

Data

24 de May, 2016

Share

Pense rápido! Além de serem pintores famosos, o que mais Vincent Van Gogh, Paul Cézanne, Henry Matisse e Pablo Picasso têm em comum? Isto mesmo, eles se inspiraram na luz da Provença, região administrativa francesa chamada de Provença-Alpes-Côte d’Azur, banhada pelo Mar Mediterrâneo. Cada um deles escolheu o seu pedacinho: Van Gogh procurou os dias ensolarados e as noites estreladas de Arles e Saint-Rémy; Cézanne, por incrível que pareça, não vivia a boêmia parisiense, já que ele nasceu e morreu na pequena Aix-en-Provence; e Matisse morou em Nice de 1916 até sua morte em 1954, e muitas de suas obras-primas estão no Museu Matisse que fica nessa cidade.

Porém, o mais apaixonado de todos era Picasso. Ele passou uma temporada com Matisse em Nice e depois, com o fim da II Guerra Mundial, mudou-se para Antibes e depois Vallauris. No Château Grimaldi, está o Museu Picasso de Antibes, com uma vista deslumbrante para o Mediterrâneo. Em Vallauris, estão o Musée National de Picasso e o Musée de la Céramique. Em Vauvernagues, onde o artista morou dois anos, está outro castelo que faz parte de sua história. Então, Picasso tinha ou não uma forte ligação com a Provença? Os vilarejos, as praias, a luz e a natureza da região são impressionantes e, realmente, se transformam a partir da mão e do olhar de Picasso e se refletem nas suas esculturas e telas.

foto: Pablo Enriquez/Museum of Modern Art, New York
foto: Pablo Enriquez/Museum of Modern Art, New York

E para festejar tudo isso, neste verão europeu, as obras de Picasso estão em exposições de diferentes museus. A primeira, em Paris, “Picasso Sculptures“, de 8 de março a 28 de agosto, no Museu Nacional Picasso-Paris (essa retrospectiva esteve no MoMA, em fevereiro deste ano). A segunda em “Picasso” no Museu Soulages de Rodez, de 11 de julho a 25 de 2016. Ah! Sem contar, a exposição “Picasso – mão erudita, olho selvagem“, de 22 de maio a 14 de agosto, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Ufa! Quantas, não?!

Todas elas provam como Picasso era um fenômeno único de criatividade em diversos suportes da arte (pintura, cerâmica, escultura, desenho, gravura e cenografia). Todas as exposições são incríveis, mas lá na Provença está acontecendo uma exposição sem igual: o MuCEM, sigla de Musée des Civilisations de l’Europe et de la Méditerranée, em Marsellha, exibe, entre 27 de abril e 29 de agosto “Picasso, Un Génie sans Piedestal“.

Nesta mostra, os visitantes encontrarão objetos e temas fetiches do artista, assim como seu trabalho em torno de técnicas e materiais tradicionais (cerâmica, metalurgia, madeira), além do seu interesse em materiais reciclados e objetos da vida cotidiana presentes em suas esculturas. No fundo, a exposição é a retribuição da Provença para um dos artistas mais apaixonados por sua gente e suas belezas naturais.

CIMG0793
foto: Sébastien Bertrand

Se tudo isso ainda não fez você reservar sua passagem aérea e organizar sua viagem pelas cidades da Provença, então, dou o golpe final. Touché! O MuCEM é um dos museus mais lindos da região. Flutuando entre a água e o céu, o museu é dedicado às civilizações europeias e mediterrâneas da Alta Antiguidade até os dias de hoje. Seu edifício é ultramoderno com uma passarela que leva a uma fortaleza medieval. A arquitetura exclusiva torna o museu admirável tanto dentro quanto em seu exterior. Os jardins, cafés e restaurantes fazem parte do complexo e são um ótimo lugar para passeios e encontros. Há também um teatro popular ao ar livre.

 

Quem escreveu

Alecsandra Matias

Data

24 de May, 2016

Share

Alecsandra Matias

Rata de galerias e museus, não perde a oportunidade de ir procurar aquela tela, escultura ou monumento famosos que todos só conhecem pelos livros.

Ver todos os posts

    Adicionar comentário

    Assine nossa newsletter

    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.