Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Responda rápido: quando foi a última vez que você entrou em uma biblioteca? E quando foi a última vez que você retirou um livro em uma biblioteca?
Bom, seja qual for a resposta, a intenção é apenas instigar e fomentar o resgate desse hábito que atualmente foi deixado de lado há muito tempo por muita gente. Retirar livros, além de econômico, é algo nostálgico que remete a uma época onde esses espaços eram notavelmente mais frequentados e consequentemente mais utilizados pela população.
Em São Paulo, existem diversas bibliotecas públicas à disposição. Sabe-se que diversas delas, além da sua carga literária, são espaços interessantes de cultura, com arquitetura marcante e muita história. Muitas delas são verdadeiras obras de arte, outras carregam a história da cidade. E ainda há aquelas cujos espaços poderiam ser mais ocupados e aproveitados para manifestações culturais.
Pensando nisso, escolhemos 5 delas que você precisa conhecer. Seja para retirar ou voltar a retirar livros, para sentar em silêncio e ler ou apenas visitar.
Conhecida como a Biblioteca da Poesia, foi inaugurada em dezembro de 1979, após um movimento de reivindicação dos moradores e comerciantes de Pinheiros que não encontravam ali por perto um ambiente apropriado para a leitura e acesso à informação. Selecionada como uma das bibliotecas temáticas do Sistema Municipal de Bibliotecas, o espaço foi todo reformulado e passou a contar com um andar exclusivo para a poesia, onde o público pode desfrutar do acervo de mais de 31 mil títulos num ambiente agradável para a leitura, cursos e oficinas. Além dessa transformação interior, a fachada sofreu uma intervenção artística a partir do trabalho do grupo Sprays Poéticos. A biblioteca também é aberta para os poetas que desejarem apresentar seus trabalhos.
A programação cultural do espaço inclui desde saraus de poesia até sessões de cinema. Confira!
Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima – CSMB
Rua Henrique Schaumann, 777 – Pinheiros
De segunda a sexta, das 10h às 19h. Sábados, das 9h às 16h
A maior e mais conhecida biblioteca pública cidade também é a segunda maior do país. Inaugurada em 1926, possui uma arquitetura marcante e abriga em seu acervo títulos importantes da literatura brasileira e mundial, sendo muitos deles livros raros únicos. Embora silenciosa como uma biblioteca deve ser, o edifício em si é um caldeirão de eventos culturais, com uma diversificada programação direcionada ao público. Vale a pena conferir o que está acontecendo e programar uma visita.
Biblioteca Pública Mário de Andrade (BMA)
Rua da Consolação, 94 – Centro
Diariamente, 24h
A primeira impressão da Biblioteca Pública Paulo Duarte fica por conta da sua arquitetura. Como parte integrada ao Centro Cultural Jabaquara, sua arquitetura arrojada e moderna serviu como modelo para o projeto do Centro Cultural São Paulo. Foi a primeira biblioteca a criar um núcleo de atividades destinadas à terceira idade e desde 2012 é especializada na cultura afro-brasileira. Conta com um acervo de aproximadamente 53 mil exemplares , constituído por livros de literatura e temas diversos, revistas, atlas, multimídia, além de possuir informações importantes sobre o bairro do Jabaquara. Todo seu acervo de livros pode ser encontrado no catálogo online do Sistema Municipal de Bibliotecas e sua programação cultural é bastante interessante, conforme programação do site.
Biblioteca Paulo Duarte
Rua Arsênio Tavolieri, 45 – Jabaquara
De segunda a sexta, das 10h às 19h. Sábados, das 9h às 16h
Inaugurada pelo prefeito Prestes Maia em 1966, a Biblioteca Paulo Setúbal é fruto da junção de duas bibliotecas públicas, José Paulo Paes e Paulo Setúbal, que em meados de 2005 se tornaram um só. É um importante centro cultural na Zona Leste da cidade, com diversas atividades culturais envolvendo a comunidade. Por volta de 2012, a biblioteca se tornou um referência quando o assunto é literatura policial.
Como todas as bibliotecas integradas ao Sistema Municipal de Bibliotecas, seu acervo de aproximadamente 43 mil exemplares também está disponível online e sua programação cultural vai desde shows até oficinas de artesanato, aulas de xadrez e diversos saraus musicais e de poesia.
É definitivamente uma das bibliotecas mais legais da cidade.
Biblioteca Pública Paulo Setúbal
Av. Renata, 163 – Vila Formosa
De segunda a sexta, das 10h às 19h. Sábados, das 9h às 16h
Com um acervo voltado à arquitetura e urbanismo, a Biblioteca Prefeito Prestes Maia oferece um acervo especializado de mais de 55 mil títulos. Em seu lindo edifício da década de 60, seus cinco andares são repletos de atividades. No térreo, 1º e 2º andar localizam-se os serviços de referência e empréstimo, espaços de leitura e telecentro. Já no 3º, 4º e 5º andares encontram-se respectivamente, oficinas, seminários e palestras, à coleção do ex-prefeito Prestes Maia e ao acervo de Arquitetura e Urbanismo. O acervo deixado por Prestes Maia é basicamente formado de plantas, documentos, fotografias entre outros, que registram a urbanização da cidade de São Paulo. Toda essa documentação, que soma cerca de 880 itens, esta a disposição dos interessados.
Além disso, possui um grande acervo em braile, participando do projeto Ler para Crer por meio do NADEVI, Núcleo de Apoio ao Deficiente Visual. Sua programação variada envolve desde teatro, até discussões abertas sobre Arquitetura e urbanismo da cidade.
Biblioteca Pública Prefeito Prestes Maia
Av. João Dias, 822 – Santo Amaro
De segunda a sexta, das 10h às 19h. Sábados, das 9h às 16h
________________________________________________________________
Foto destaque: Divulgação – Biblioteca Mário de Andrade
O Jo é do tipo que separa pelo menos 30% do tempo das viagens para fazer o turista japonês, com câmera no pescoço e monumentos lotados. Fascinado pelas diferenças culturais, fotografa tudo que vê pela frente, e leva quem estiver junto nas suas experiências. Suas maiores memórias dos lugares são através da culinária, em especial a comidinha despretensiosa de rua. Seu lema de viagem? Leve bons sapatos, para agüentar longas caminhadas e faça uma boa mixtape para ouvir enquanto desbrava novos lugares. Nada é melhor do que associar lindas memórias à boas canções.
Ver todos os postsPrezado (a) Jo Machado,
Parabéns pelo seu trabalho de divulgação das bibliotecas de São Paulo. Estou a me formar em Biblioteconomia e este informe será muito útil em minha próxima visita a São Paulo.
Só não gostei da introdução, quando você disse que retirar livros é “algo nostálgico”. Por que “nostálgico”? Não parece contraditório: você divulga bibliotecas e, ao mesmo tempo, afirma que a leitura, através dos livros emprestados, é “algo nostálgico”?
Olá, Bosco! Bom dia! Primeiramente obrigado pelo contato. Bom, sobre a questão do nostálgico, eu não acho que nostálgico seja algo pejorativo ou negativo. Nostalgia é uma sensação gostosa, saudosista. Como eu disse no texto, remete a uma época que o hábito de retirar livros em bibliotecas era algo comum, diferente de hoje. Entendo seu ponto de vista, mas acredite que a idéia de nostalgia é positiva. Abraços!
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.