Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
A atriz Alessandra Maestrini, mais conhecida por seus papeis nos humorísticos “Toma Lá Dá Cá” e “Sexo e as Negas”, da Rede Globo, protagoniza esse musical baseado no filme icônico de Barbra Streisand, que por sua vez surgiu a partir do conto “Yentl – The Yeshiva Boy”, de Isaac Bashevis Singer. Na trama, a jovem Yentl se traveste de homem para poder estudar em uma renomada escola de música. Com melodias de Michel Legrand e letras de Alan e Marilyn Bergman, o espetáculo intimista tem direção musical e piano de João Carlos Coutinho. A montagem brasileira é, na verdade, uma versão intimista, onde Alessandra fala de sua paixão pelo filme e vai aos poucos cantando a história de Yentl, sem grandes cenários ou elenco. A iniciativa se deu por parte da atriz que queria agilizar a produção. Já a decisão de conversar com o público veio da peça “A Alma Imoral”, que falamos aqui.
Até 5 de dezembro. Mais informações aqui.
Apesar de premiadíssimo, o musical carioca é um tanto irregular, mas ainda que conte com altos e baixos, vale a ida até o Teatro Faap para assistir a miscelânea sonora criada pela companhia Barca dos Corações Partidos. O grupo que surgiu durante as montagens de ‘Gonzagão – A Lenda’ e ‘Ópera do Malandro’, apresenta 21 canções inéditas misturando teatro, dança, performance e muita música. O tema principal das canções é sempre o amor em suas múltiplas facetas.
Até 18 de dezembro. Para saber mais, clique aqui.
Estreia recente nos palcos da cidade, a peça estrelada parece ser uma pedida certa. Na trama, passada no dia do Golpe Militar, 31 de março para o 1 de abril de 1964, Sabino (interpretado pelo sempre brilhante Gero Camilo) e Jucelino (Victor Mendes) fogem da polícia no centro do Rio de Janeiro e acabam dentro do Restaurante Zicartola, onde Zica, (a magnífica Fabiana Cozza), e Cartola (Adolfo Moura) preparam-se para dormir. Na trilha, Cartola, Noel Rosa, Carlos Cachaça, Nelson Cavaquinho, Zé Ketti, Clementina de Jesus e muitos outros grandes sambistas da época.
O mais badalado musical da cidade merece todos os holofotes que ganhou. A montagem atual em cartaz no Teatro Renault, o antigo Teatro Abril, conta com preços salgados mas vale cada centavo. A trama, uma das mais conhecidas da Broadway, conta como Elpheba, a Bruxa Malvada do Oeste, e Glinda, a Bruxa Boa do Norte, ganharam seus títulos, respectivamente. Passada antes, durante e depois dos eventos do clássico “Mágico de Oz”, a trama encanta a todos, independente da idade. O único ponto fraco é o galã Jonatas Faro, que não consegue chegar no patamar das protagonistas Myra Ruiz e Fabi Bang.
Até 18 de dezembro. Mais informações aqui.
Com canções consagradas de Caetano Veloso, Marisa Monte, Gonzaguinha e Vinicius de Moraes, a versão musical do livro de Carlos Alberto Soffredini já teve uma adaptação global nas mãos de Luis Fernando Carvalho. Delicado, sincero e lúdico, o espetáculo é menos infantil do que se espera. É difícil não se encantar com a história da pequena Maria, que sonha encontrar “as franjas do mar”.
Até 27 de novembro. Mais informações aqui.
Adaptar a vida de um cantor para os palcos é sempre um risco. Além de poder ficar com cara de propaganda ou então de uma telebiografia barata, raramente consegue-se sair do lugar comum. E é esse o maior trunfo de Jim, o musical protagonizado pelo ator (não muito talentoso) Eriberto Leão, que para surpresa de todos segura o papel do ícone do rock Jim Morrison. A trama traz a história de um homem que não conheceu o vocalista do The Doors, mas seguiu a risca os ideais do grupo e vai até o túmulo de Jim, em Paris, no cemitério Père-Lachaise, com uma arma em punho. Eriberto interpreta ambos os personagens e conta com a ajuda de Renata Guida, que interpreta Pamela Morrison (e outras figuras femininas da trama), para apresentar a vida e obra do roqueiro. Trazer um desconhecido para apresentar a vida de um artista não é novidade – tanto que recentemente tivemos “Rita Lee Mora ao Lado” onde uma fictícia vizinha seguia os passos da roqueira – porém ajuda a quebrar a monotonia.
18 de dezembro. Saiba mais aqui.
Baseado no filme Ghost, protagonizado por Demi Moore, Patrick Swayze, Whoopi Goldberg, o musical ganhou pontos ao transportar a história para uma realidade mais brasileira. Ao contrário das produções do Teatro Renault, onde os espetáculos reproduzem milimetricamente os originais, a trama do fantasma que busca uma médium charlatã para se comunicar com sua esposa tem, além de uma ginga nacional, espaço para improvisação. Tudo isso é mérito de José Possi Neto que se baseou nos textos e não no filme ou nas montagens do mundo afora, e criou uma linguagem própria e dinâmica. Destaque para o trio de protagonistas André Loddi (que foi alternante de Fiyero na versão brasileira de “Wicked”), Giulia Nadruz e Ludmillah Anjos, que depois de não ser classificada nos programas “Ídolos” e “The Voice”, encontrou seu merecido lugar ao sol.
Até 4 de dezembro. Saiba mais aqui.
Rosa do Morro, João do Pandeiro e Zé da Quebrada são vividos pelos atores Heloísa Jorge, Guilherme Silva e Esdras de Lúcia. Como crooners de uma casa de shows, recebem a plateia para um novo espetáculo de samba que conta a história dos personagens por meio de conhecidas canções de Paulinho da Viola, Benito de Paula, Caetano Veloso, Agepê, entre outros.
Até 24 de novembro. Saiba mais aqui.
Para quem acha que musical é sempre uma coisa leve e divertida, esse “Ato musical”, como se coloca, é um tapa na cara. Baseada na obra ‘O Rinoceronte’, de Eugene Ionesco, aponta temas como brutalização do ser humano, falta de sonhos e a extinção do homem, cantadas por sete atores que aos poucos vão se transformando em rinocerontes.
Até 27 de novembro. Saiba mais aqui.
Dirigido por Ciro Barcellos, um dos membros originais do grupo Dzi Croquettes, o espetáculo é uma homenagem/ apresentação dos performers dos anos 70. Na trama, um grupo de jovens que acabou de assistir ao documentário sobre o grupo resolve viver como eles. Se você curtiu o documentário, não pode perder o espetáculo.
Até 15 de dezembro. Saiba mais aqui.
Uma das histórias mais manjadas do entretenimento, “My Fair Lady” é uma das muitas adaptações de “Pigmaleão” de George Bernard Shaw, e foi inclusive o mote da recente novela “Totalmente Demais”, da Rede Globo. Na trama, professor Henry Higgins faz uma aposta com o amigo Hugh Pickering que consegue transformar a jovem vendedora de flores Eliza Doolittle em uma nobre dama. Apesar de não trazer nada de muito novo, a trama ainda diverte e principalmente enche os olhos com belos cenários e figurinos.
Até 4 de dezembro. Sabia mais aqui.
Um musical completamente diferente, onde o escritor Ignácio de Loyola Brandão senta e conta histórias de sua vida enquanto a filha, a cantora Rita Gullo, entona canções que remetem àqueles momentos. Entre os clássicos estão Amado mio (Doris Fisher/ Allan Roberts) da trilha sonora do filme “Gilda”, Valsinha (Chico Buarque e Vinicius de Moraes), Que reste-t-il de nos amours? (Charles Trenet) e outros. De ver e preparar o lencinho.
Até 10 de dezembro . Saiba mais aqui.
Dirigido e protagonizado por Jarbas Homem de Melo, um dos atores mais atuantes nos musicais brasileiros, conta a história dos atores Claudia Ohana, Carmo Dalla Vecchia, Marcos Tumura e Paula Capovilla em suas versões futuras. Com maquiagem e muito riso, o grupo entoa clássicos como I Love Rock and Roll, Smells Like a Teen Spirit, I Wil Survive, I Got You Babe, Roxanne, Rehab, Satisfaction, Sweet Dreams, Let It Be, Imagine, Forever Young, além das nacionais Eu nasci há 10 mil anos atrás e Do Leme ao Pontal. Nada emblemático, porém fofo.
Até 18 de dezembro. Mais informações aqui.
Eu pensei bastante se iria inserir aqui a versão brasileira de “Rocky Horror Picture Show”, não por achar que não é bom (na verdade nem assisti) e sim pela presença do ator e diretor Claudio Botelho na produção do espetáculo. Quem acompanha minimamente o universo de teatro ou de internet sabe que Botelho demostrou publicamente ser racista e transfóbico. Se isso não for uma questão para você e optar mesmo assim, confira as informações aqui.
[…] 8. 14 musicais para assistir em São Paulo antes do ano acabar […]
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.