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13 Lugares que você não sabia que eram o Museu da Cidade

Quem escreveu

Alecsandra Matias

Data

26 de October, 2016

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Apresentado por

Pelo mundo existem museus incríveis que, através de fotografias, documentos e objetos, contam a história das cidades. Na lista dos mais notáveis, estão o Museu Carnavalet, em Paris, o Heritage Museums & Gardens, em Boston e Amsterdam Historish Museum, em Amsterdã. Mas, de boas, São Paulo é uma metrópole tão incomum que o Museu da Cidade, criado em 1975, não se resume a um espaço; são 11 casas históricas, um beco e um monumento – tudo isso espalhado pelos bairros paulistanos.
Aposto, que você passou por, ao menos, um destes lugares e não sabia que era o Museu da Cidade de São Paulo (para os íntimos, MCSP). Juro que não quero matar ninguém de curiosidade (não agora!), então, já adianto que locais são esses: Solar da Marquesa de Santos, Beco do Pinto, Casa da Imagem, Casa do Bandeirante, Casa do Sertanista, Capela do Morumbi, Sítio Morrinhos, Casa do Tatuapé, Sítio da Ressaca, Monumento à Independência, Casa do Grito, Chácara Lane e Casa Modernista, ufa!
Aposto ainda que não desconfia que cada espaço, além de registrar uma São Paulo que já existiu, tem uma programação repleta de arte, cultura e diversão. O mais bacana é que todas as construções reconstituem uma cidade através da arquitetura e das histórias de sua gente. Quer saber mais sobre o MCSP? Vem comigo!

Solar da Marquês de Santos
Solar da Marquês de Santos

Ali próximo ao Pátio do Colégio, estão o Solar da Marquesa de Santos, o Beco do Pinto e a Casa da Imagem (também conhecida como a casa no.1 da cidade). Todas essas construções são do século XVIII e passaram por restauração arquitetônica recentemente, deixando à mostra o processo de construção de taipa de pilão e pau-a-pique. Porém, o mais fantástico é olhar por uma das grandes janelas das duas casas ou percorrer o beco e imaginar a vista de uma São Paulo de três séculos passados. E, essa experiência se repete século a século, nos demais lugares. Continue acompanhando comigo.
Do século XVIII, também são: a Casa do Bandeirante e a Casa do Sertanista (ambos no Butantã) e a Casa do Sítio da Ressaca (Jabaquara). Polêmicas à parte, a primeira casa faz uma revisão sobre a figura do bandeirante, a segunda casa dá visibilidade à cultura indígena na cidade e a terceira está relacionada ao crescimento da região do Jabaquara.
Já o Sítio Morrinhos, na Casa Verde, abriga a sede do Centro de Arqueologia de São Paulo. Hoje, está acontecendo a exposição Escavando o passado – arqueologia na cidade de São Paulo. Creia, através vasilhas, tigelas, jarros e caquinhos de cerâmica, dá para conhecer a cidade a partir do século VIII!
Você sabia que São Paulo já foi o lugar de grandes chácaras? Isso mesmo! A Chácara Lane, na Consolação, é uma antiga chácara paulistana construída no final do século XIX, atualmente, é importante referência para a memória deste período.
Monumento à Independência. Foto por Rodrigo Soldon
Monumento à Independência. Foto por Rodrigo Soldon

Nas duas primeiras décadas do século XIX, no Ipiranga, o Monumento à Independência e a Casa do Grito são exemplos de acontecimentos históricos nacionais: o primeiro, de 1922, está ligado ao centenário da emancipação do país; e a Casa do Grito é exemplo de técnicas construtivas do pau-a-pique, e, ao mesmo tempo, símbolo da proclamação da independência (Lembra da tela Independência ou Morte, de Pedro Américo? Pois é! A representação da Casa do Grito está na pintura).
Casa Modernista. Foto por André Deak /Arte Fora do Museu
Casa Modernista. Foto por André Deak /Arte Fora do Museu

Do século XX, a Casa Modernista, na Vila Mariana, projeto do arquiteto de origem russa Gregori Warchavchik, construída em 1928, é considerada a primeira obra de arquitetura moderna no Brasil. Já a Capela do Morumbi, construída também no mesmo século, apresenta exposições que relacionam a arte contemporânea e o patrimônio histórico.
Por último, construída no século XVII, a Casa do Tatuapé (é o espaço mais antigo de toda a rede), foi residência de imigrantes, no início do século XX e, alguns anos mais tarde, sede de uma tecelagem – que fez do seu entorno uma vila. Na Casa, estão os registros da imigração e da industrialização da cidade.
Depois de tudo isso, nas minhas contas são 14 séculos de histórias em São Paulo (Tô contando desde o século VIII, lembra do Centro de Arqueologia de São Paulo?). Caso você esteja disposto a fazer uma viagem histórica e arquitetônica por todos os tempos paulistanos? Está aí sua oportunidade! Pegue um mapa da cidade e explore os espaços que integram o MCSP.
* Foto de capa: Casa do Grito; Foto por Rodrigo Soldon.

Quem escreveu

Alecsandra Matias

Data

26 de October, 2016

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Alecsandra Matias

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Comentários

  • Post muito informativo. Não sabia que São Paulo despertava esse interesse turístico. Obrigada.

    - Odele Souza

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