Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Enquanto sonhamos com o dia de entrar no SABRE e poder chegar em 4 horas(!) em qualquer lugar do mundo, o avanço da tecnologia simplesmente não para. Grazie mille! O primeiro avião solar do mundo desenvolvido pela Solar Impulse acaba de decolar a caminho da sua primeira volta ao mundo, criando uma história diferente e abrindo portas para o que pode ser a grande virada ecológica no futuro da aviação.
Há menos de uma década, viajar em um avião que não abastecesse seria sinônimo de tragédia. Com o uso aplicado da tecnologia solar, dinâmica e design, uma viagem somente abastecida com energia solar não só é possível como tem menos riscos para pilotos, tripulação e para o planeta. As Células fotovoltaicas geram eletricidade durante o dia, que serve tanto para propulsionar o avião, como para recarregar baterias que possibilitarão um vôo noturno, por exemplo. A energia acumulada durante o dia é armazenada em baterias de lítium localizadas dentro das asas e a densidade de cada uma delas é algo próximo de 200 Wh/kg, e elas suportam temperaturas entre +80 C e –60 C. A envergadura do Si2 é de 80 metros, ligeiramente maior do que a de um Airbus A380, para minimizar a quantidade de energia necessária para mantê-lo no ar. Essas características proporcionam auto-sustentação de 8 kg/m² o que o torna mais sensível à turbulências, em virtude de uma estrutura ultra-leve construída com fibra de carbono.
A equipe de 70 funcionários da Solar Impulse, empresa fundada há 12 anos pelos pilotos Bertrand Piccard e André Borschberg, coordena o aperfeiçoamento e testes do primeiro avião solar e decidiu que ao invés de tentar “re-inventar a roda”, melhor seria reescrever as páginas da história da aviação com energia solar, promovendo voltas ao mundo sem a necessidade de abastecer nem poluir.
Para Bertrand Piccard, o piloto, inventor do modelo Si2 e sócio majoritário da Solar Impulse; “aventura é algo extra-ordinário. Algo que nos faz pensar e agir de maneira diferente e que nos obriga a abandonar as certezas que nos incentivam a vive no ‘piloto automático’.” Para ele, “aventura é um estado de espírito que nos ajuda a encarar o “desconhecido” e conceber a nossa existência na forma de um campo experimental, um campo onde somos forçados a desenvolver os nossos recursos interiores, e isso nos ajuda a aprimorar o nosso caminho pessoal de evolução, necessário em qualquer que seja a viagem.”
Provando que é possível introduzir essa tecnologia em vôos de larga escala, os pilotos partiram em uma volta ao mundo sem o uso de nenhum tipo de abastecimento (a não ser do Sol).
Até agora:
O restante da viagem pode ser acompanhada diariamente através do Youtube e através das mídias sociais.
A Priscilla escolheu como mantra a frase de Amyr Klink: "Pior que não terminar uma viagem é nunca partir". Adora mapas e detesta malas. Não perde uma promoção ou um código de desconto e coleciona cartões de fidelidade. Nas horas vagas é diretora de arte, produtora de festas, dj e coletora de lixo nas ruas de Amsterdã. Escreve aqui e no www.almostlocals.com
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.