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Lina Bo Bardi é italiana de nascença, mas adotou o Brasil de tal forma que sua arquitetura se confunde com a história do nosso país. Sua obra é conhecida pelo grande público pelos icônicos MASP e SESC Pompéia, mas o trabalho que ela desenvolveu em terras tupiniquins de sua chegada em 1946 até sua morte em 1992 vai muito além deles. Lina nasceu em 5 de dezembro de 1914, e desde o ano passado o Instituto Lina Bo e P.M. Bardi está fazendo uma série de exposições para comemorar o centenário da aclamada arquiteta. A mostra ‘Lina em Casa: Percursos‘ faz parte dessa comemoração.
Lá dá para conferir vários documentos, muitos deles inéditos, que mostram a jornada que ela traçou desde a chegada da Europa devastada pela Guerra, e sua consequente ligação com os pensamentos comunistas da época, até a aproximação com pensamentos nacionalistas radicais e propositivos, com discurso voltado para questões ambientais e ecológicos. O caminho de Lina aparece não só em projetos e maquetes, mas também cartas e objetos pessoais, vídeos, fotos e trabalhos desenvolvidos por ela em outros campos, como a dramaturgia e a cinematografia.
É uma chance única de ver uma outra faceta dessa grande artista, ativista e pensadora brasileira, e com um saldo positivo ainda maior. A exposição, claro, está em cartaz na Casa de Vidro, a casa onde ela própria morou desde sua construção em 1952 até o fim de sua vida. Essa casa fica no Morumbi, e hoje está fechada por uma mata densa e exuberante, que pouco deixa ver do entorno, mas que na época da construção dava vista para as fazendas da área. A casa passou décadas fechada a espera de um trabalho de restauro, e agora finalmente está apta a receber o público, mas as oportunidades de visitá-la são poucas. Vale aproveitar a chance. Duvido não se apaixonar pelo mundo de Lina.
Casa de Vidro
Rua General Almério de Moura, 200
Tel: (11) 3743 3875
Aberta até 19 de julho
De quinta a domingo das 10h às 16h30
Entrada franca.
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.