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Guia completo de esqui “for dummies”

Quem escreveu

Armando Aguinaga

Data

10 de November, 2015

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Cada vez mais amigos pedem dicas de viagens de esqui. E percebo que para nós, brasileiros, é um reino distante.  Pelo fato de a gente viver nesse país tropical, quase sem incidência de neve, existem algumas questões que estão lá no inconsciente coletivo do brasileiro que pesam negativamente.

Além disso, planejar uma viagem de esqui, para quem é iniciante, não é uma tarefa fácil. Ela não se enquadra nunca naquele modelo padrão de pacote, composto por passagem, hospedagem e serviços. São inúmeras escolhas e variáveis, que, na maioria dos casos, causam dúvidas e insegurança.

Como um bom amigo (que acho que sou), tento sempre responder a todas essas consultas. Nunca é uma resposta fácil, nem simples de se resolver ao telefone ou num papo no Whatsapp, então resolvi escrever esse texto e deixar registrados todos os métodos e macetes que eu indico para você escolher aquele lindo destino de inverno como sua próxima aventura.

Eu, a Valentina (de 6 anos) e minha mulher Lucia
Eu, a Valentina (de 6 anos) e minha mulher Lucia

Os três tabus

Existem três perguntas que as pessoas sempre me fazem quando o assunto é viagem de esqui: “Não é perigoso?”, “Não é difícil demais?” e “Não é caro demais?”. São preconceitos que muita gente tem e que vamos analisar agora.

Diferente de tudo
Diferente de tudo

Não é perigoso?

Eu acredito que a noção de perigo é muito relativa, quase subjetiva. Tudo na vida pode ser extremamente perigoso se você não respeitar regras e limites. Por se tratar de um esporte que envolve velocidade, o esqui pode ser perigoso, sim. Mas se você respeitar todas as regras e sinalizações das pistas e, principalmente, se você souber quais são os seus limites e a partir de que ponto você está se colocando em risco, e também os outros à sua volta, esse esporte se transforma em diversão, sem preocupação.

Todo esquiador deve sempre contar com a cobertura de um seguro-saúde que, de forma específica, cubra acidentes ocorridos durante a prática dos esportes de neve. Ainda que, estatisticamente, a ocorrência de acidentes nas pistas de esqui seja muito pequena, a contratação do seguro é sempre uma boa precaução.

Não é difícil demais?

Cada pessoa tem as suas características e aptidões. O esqui e o snowboard são atividades físicas que exigem certo preparo e bastante força de vontade. Como em qualquer esporte, a prática é tudo. O importante aqui é você chegar com o mindset certo, querendo aprender. Se fosse um esporte difícil, ele não seria praticado tanto por crianças com menos de dois anos, quanto por veteranos de mais de 80. Aliás, pensa comigo, quais são as oportunidades que você tem de reunir toda a família durante uma viagem e praticar um esporte juntos? Fazer uma coisa saudável e divertida em grupo, como uma viagem em família deve ser.

Não é caro demais?

O perfil elitista desse esporte criou essa ideia falsa. Eu até concordo que na década de 80 e até um pouco dos anos 90, viajar para esquiar parecia ser “coisa de gente rica”. Bom, o que eu posso dizer é que eu estou longe (bem longe mesmo) de ser um cara rico. Não sou, nem nunca fui e isso nunca me impediu de fazer dezenas de viagens pelas melhores estações de esqui do mundo. O importante é você saber se planejar e fazer as melhores escolhas dentro do seu perfil e do seu budget. É justamente sobre isso que vou falar a seguir.

Guia prático das boas escolhas

Para viabilizar a sua viagem de esqui e para que ela seja um grande sucesso é importante que você saiba fazer boas escolhas. É fundamental saber o perfil das pessoas que estão embarcando nessa com você e o que cada um está buscando nessa viagem.

Activities - Skiing at Northstar California (1)
Let the fun begin!

AGRADANDO A GREGOS E TROIANOS

Se você está animadíssimo, mas a sua esposa não está tão feliz em gastar essa grana e não visitar as cidades dos sonhos dela, você pode facilmente resolver esse problema incluindo no roteiro algumas noites nas cidades de conexão. Na América do Sul, por exemplo, você pode passear por Buenos Aires ou por Santiago, na ida ou na volta das montanhas de Argentina e Chile. Nos EUA, Los Angeles, San Francisco e Las Vegas são ótimas opções para complementar as viagens para as estações da Califórnia e de Nevada. Já Nova York, Chicago e Boston são ideais para conjugar com as montanhas do Colorado e Utah. Na Europa, as opções são infinitas, dependendo da companhia aérea que você vai usar, do seu destino final e do tempo que você tem disponível. A dica aqui é tentar se colocar no lugar de outros integrantes do grupo e encontrar, com bom senso, um roteiro que agrade a sogra que dá aquela força na viagem ou a irmã que sempre sonhou conhecer Paris.

LOCATION IS KING!

Existem basicamente duas opções de hospedagem: as que são ski in/ski out* e as que não são (*hotéis e chalés localizados junto às pistas de esqui e que você pode acessar diretamente com os esquis ou a prancha de snowboard nos pés). A regra de preço aqui é bem parecida com a de um balneário disputado, onde quanto mais perto da praia você estiver, mais caro irá pagar. Aqui é a mesma coisa, quanto mais perto das pistas, mais salgado fica. A conveniência custa caro, mas pense que você estará com temperaturas abaixo de zero (bem abaixo durante a noite), muitas vezes cansado dos dias na montanha e evitar deslocamentos, ainda mais com grupos grandes, é sempre uma sábia decisão.

Uma casa na montanha pra chamar de sua
Uma casa na montanha para chamar de sua

O tipo de hospedagem também é importante. Você tem que entender se prefere as amenities de um hotel ou a estrutura de um chalé completo. No hotel você vai ter um quarto básico, mas terá muitos serviços nas áreas sociais, como restaurantes, bares… No chalé, que em alguns lugares pode ser chamado de condo, você pode ter a experiência real de morar em uma casa na montanha. Normalmente o espaço interno é muito bom, a cozinha completa, quartos e salas totalmente montados e decorados. Pronto para entrar e morar. Para quem prefere essa sensação de ter outra casa para chamar de sua, cozinhar e reunir a família e os amigos em frente à lareira no fim de noite, ao menos por uma temporada de uma semana, essa é sempre a melhor pedida. É também a mais barata. Se num quarto de hotel você acomoda até quatro pessoas, em um condo você pode colocar 10 ou até 15 pessoas em vários quartos, rateando bem o preço da diária.

ALUGAR OU NÃO ALUGAR, EIS A QUESTÃO

Livre para ir e vir
Livre para ir e vir

Um bom carro alugado é fundamental para o sucesso da sua viagem. Quando digo um BOM carro, entenda um carro grande, com tração nas quatro rodas e freios ABS. Explico: o espaço é importante porque essa viagem envolve malas grandes cheias de roupas de inverno, transporte diário de esqui, pranchas, botas pesadas etc. A tração e o freio são importantes para o deslocamento em segurança. Muitas vezes você vai ter que dirigir durante uma nevasca. Sem a tração e o freio ABS isso se torna impossível e/ou perigoso. Fora isso, depois de um dia lindo de esqui em família, quando vocês quiserem sair pra jantar naquele restaurante bacana que fica a três quadras do seu hotel… se você não tiver um carro, isso será uma missão dolorosa. Nessas cidades a temperatura despenca à noite e qualquer caminhada ao ar livre torna-se  uma tortura. O carro, sem dúvida, permite uma maior autonomia.

Dirigir na neve requer muitos cuidados e, dependendo do lugar em que você esteja, a lei obriga a andar com correntes nos pneus, em um carro 4×4 com sistema antiderrapagem. É bom sempre se informar antes da viagem porque as correntes não vem incluídas na locação e são bem caras caso você precise comprá-las.

Agora, se você não quer dirigir na neve ou busca um estilo de viagem mais prático, ficando sempre na mesma montanha, jantando no restaurante do hotel e fazendo curtas caminhadas no próprio complexo (ou village) da estação, você pode optar pela contratação de traslados. Você vai contratar dois tipos de traslados: os traslados in/out, do aeroporto na chegada e na partida, e os traslados diários à montanha, quando você não está hospedado perto das pistas. Esses traslados até a montanha têm horário marcado pela manhã, saindo do hotel, e no final do dia, partindo de um ponto de encontro na montanha.

Além disso, a maioria dos grandes resorts de esqui da Europa e dos EUA tem um sistema de transporte público impecável. São ônibus (conhecidos como shuttle) que rodam toda a cidade com horário marcado (impressiona a pontualidade). Eles são espaçosos e já foram criados com suporte para os esquis e pranchas. Ah… e a grande maioria é gratuito!

QUE CONFUSÃO É ESSA DE SKI PASS?

Parada obrigatória: almoço pra recarregar as baterias
Parada obrigatória: almoço pra recarregar as baterias

É o passe que permite você esquiar livremente pelas pistas. O valor do ski pass nas estações é tabelado, então esquece aquela mania de brasileiro de tentar encontrar uma tarifa mais barata. Durante a temporada, 0 preço varia em função da temporada, que pode ser alta, baixa ou regular. A grande vantagem do ski pass na Europa e nos EUA é que, em muitos casos, ele dá direito a esquiar em mais de uma montanha. Ou seja, você compra o ski pass de uma estação de esqui perto do seu hotel, mas pode experimentar alguns dias em outras montanhas próximas ou até distantes, administradas pela mesma empresa. Há desconto para crianças, normalmente menores de seis anos, e para idosos.

Já nas montanhas do Chile e da Argentina, o ski pass, geralmente, já está incluído no preço da hospedagem. Isso porque a empresa que opera a montanha também é dona dos hotéis e dos chalés e faz essa venda “casada”, como um “pacote de esquiador”. Nas opções de hospedagem que não incluem o ski pass (que são a minoria), eu sugiro adquirir os passes com antecedência, pela internet ou com o seu agente de viagem, antes do embarque. Isso pode garantir ótimos descontos e a possibilidade de parcelamento.

HORA DE SE EQUIPAR

Todos prontos?
Todos prontos?

Regra básica: Não compre equipamento, alugue. Eu sei que você vai ter uma viagem incrível, vai se apaixonar pelo esporte e vai planejar outra viagem igualzinha num futuro próximo. Mas não caia na tentação de comprar um equipamento logo de cara. Eu digo isso porque, na maioria dos centros de esqui, o equipamento que eles disponibilizam para locação é de primeiríssima qualidade. Você teria que gastar bastante grana para comprar alguma coisa parecida, e acho que não faz sentido fazer um investimento agora, sem saber quando você vai voltar a ver uma montanha nevada, concorda? Tem boas chances dele se transformar numa bela lembrança parada no quartinho de tralhas da sua casa.

Quando você estiver na sua terceira ou quarta ski trip e já souber que tipo de equipamento funciona melhor pra você, aí sim vale a pena investir. Fora que viajar transportando esse equipamento nunca é fácil, adicionando um peso extra à sua bagagem.

Nunca faça o aluguel do seu equipamento de esqui ou snowboard sem saber exatamente o que está alugando. Sempre indico que a locação seja feita no local e nunca incluída no pacote antes da viagem. Dessa forma, você poderá pesquisar entre as diversas lojas o equipamento de melhor qualidade pelo menor preço. Outra coisa importante é que muitas vezes você acaba trocando de bota, até mais de uma vez, até achar uma que se ajuste bem ao seu pé. Se você não alugar o equipamento dentro da estação, não terá como fazer essa troca com facilidade.

O equipamento de esqui é composto por esquis (já com as fixações que prendem seu pé), bastões, botas e capacete. Já o de snowboard inclui prancha (também com fixações), botas e capacete. Sempre que possível contrate o seguro de locação do equipamento. São poucos dólares a mais que vão garantir a tranquilidade em fazer o que quiser com aquele equipamento caríssimo que você está alugando.

COM QUE ROUPA EU VOU?

Estilo acima de tudo
Estilo acima de tudo

Aqui eu indico justamente o contrário do equipamento, nunca alugue uma roupa de esqui! Além da questão da higiene (lembre-se que o esqui é uma prática esportiva em condições de alta umidade), o custo desse aluguel faz com que essa opção seja descartada pelos mais atentos. Nos EUA, um aluguel por semana de calça e casaco impermeáveis custará entre USD 50 e USD 100. Se você perder um tempinho pesquisando, encontrará alguma loja que estará vendendo um conjunto de mesma qualidade por um preço um pouco acima. Nesse caso, é óbvio que é melhor investir um pouco mais e adquirir a roupa para viagens futuras.

Outro fator a ser considerado, principalmente pelas mulheres mais vaidosas, é que os conjuntos de roupas alugadas são padronizados. Eles são sempre do mesmo formato (ruins) e das mesmas cores (feias). A mulherada não quer viajar meio mundo, subir e descer a montanha com a mesma roupa horrorosa de outras 250 coitadas que optaram alugar. Vamos fazer as coisas com classe e estilo, sempre!

O conjunto de roupas para você estar sempre preparado para qualquer temperatura inclui:

Meias – Devem ser finas, e de tecido especial térmico. Meias grossas somente dificultam a adaptação às botas e a circulação do sangue nos dedos dos pés.

Luvas – Invista quanto você puder em um ótimo par de luvas impermeáveis. Você não vai querer estragar seu dia de esqui sofrendo com dedos congelados.

Roupa de baixo – Funcionam como uma segunda pele. Compre uma calça e uma camisa de manga longa bem justas ao corpo, leves e térmicas (material dry fit). Procure nas principais marcas de artigos esportivos.

Óculos – São chamados de goggles. Eles parecem muito com aqueles de motocross, totalmente fechados e com elástico para ficarem presos ao capacete. Atenção para a escolha da lente. Existe aquela para os dias de sol e outra para dias nublados.

Gorro – É uma necessidade para aqueles que não usam capacete. A maior perda de calor do corpo é pela cabeça. Idealmente deve ser impermeável e com reforço na área das orelhas.

Pescoceira – Ela é importante para proteger a sua garganta e nos dias mais frios você pode utilizá-la até a altura do nariz, protegendo a boca dos ventos mais gelados. Quanto mais quentinha melhor.

Agasalho – Entre a segunda pele e o casacão impermeável é importante que você use um agasalho confortável, mantendo a temperatura do seu corpo. Os melhores são os confeccionados com a fibra polartec. Todas as grandes marcas de roupas de inverno fazem agasalhos desse tipo com esse material. Em muitos lugares essa camada é chamada de fleece.

Casaco e calça impermeáveis – São os elementos mais importantes da sua vestimenta. Existe uma infinidade de marcas, modelos, cores, tipos. Escolha o conjunto que melhor combine com a sua personalidade. Essa é uma escolha importante, porque é através dele que as pessoas vão conseguir identificá-lo na montanha. Procure as melhores marcas do ramo e compre sempre calça e casaco que usam a tecnologia gore tex. Eles são mais modernos, mais leves e finos, e aguentam as temperaturas mais extremas.

Outros itens importantes – No planejamento de uma viagem desse porte, as pessoas costumam se preocupar bastante em estar preparadas para o frio e se esquecem de um outro elemento que também chega com força na montanha: o sol. É obrigatório você usar (e abusar) de filtro solar (daqueles bons), protetor labial (por causa do clima seco) e óculos escuros (o reflexo na neve é muito perigoso para os olhos). Além disso, beber muita água. Se possível levar sempre uma garrafinha com você. Muita gente usa a famosa mochila camelbak.

AULAS: SEMPRE O MELHOR INVESTIMENTO

"Family time"
“Family time”

Para você ter uma viagem de esqui inesquecível, a coisa mais importante é que você… esquie! Não estou falando de botar os esquis nos pés e sair por aí de qualquer jeito. Estou falando em aprender a técnica e com isso sentir todo o prazer que esse esporte pode proporcionar. Você não quer ficar mais da metade da sua viagem caindo e levantando sem parar. Isso só vai causar dores e aborrecimentos. Por isso, não caia na armadilha da combinação desses dois pensamentos equivocados: “vou aprender por minha conta” e “não quero gastar dinheiro com aulas”. Você vai perder o tempo valioso da sua viagem e colocar tudo a perder.

Pense comigo: você já gastou uma grana boa para sair do Brasil e chegar àquela montanha “longe pra dédéu”, já comprou roupa, alugou equipamento, comprou o seu ski pass e agora está na hora de CURTIR, não sofrer. Acredite em mim, as aulas são fundamentais e por isso vai ser o dinheiro mais bem gasto da sua viagem.

Todas as estações de esqui oferecem diversos modelos e preços para pacotes de aulas. Basicamente elas se dividem em duas modalidades: as aulas coletivas (com mais de dois alunos) e as aulas individuais ou particulares. As coletivas são bem mais baratas e oferecem para as crianças a oportunidade de socializar e fazer novos amigos. Uma coisa que você vai perceber numa aula coletiva, é que você também aprende vendo o erro dos outros. Você evita cometer os mesmo erros do colega e imitar quem está fazendo certo. As aulas individuais tem um resultado mais efetivo em curto prazo, porque você terá um instrutor totalmente dedicado. Esse tipo de aula é legal também para pessoas mais tímidas e que se retraem fazendo uma atividade nova em grupo.

Sugiro sempre que os pacotes de aulas sejam contratados de duas em duas horas seguidas. Isso porque fazer só uma hora de aula de cada vez não ajuda muito: quando você está pegando o jeito, a aula acaba! Melhor então fazer logo duas horas seguidas, pois o resultado será bem melhor. Outra coisa: não indico fazer aulas todos os dias. Faça dia sim, dia não. Assim você tem tempo de praticar bastante o que aprendeu na aula anterior antes do instrutor mostrar os próximos passos.

Resumindo: se você for fazer uma viagem de seis dias, em vez de marcar seis aulas de uma hora, em cada um dos seis dias nas pistas, marque três aulas de duas horas. Duas horas no primeiro dia, duas no terceiro e duas no quinto.

Você vai voltar para casa todo orgulho de si próprio!

UÉ, MAS A VIDA NOTURNA COMEÇA ÀS 5 DA TARDE?

Tem também
Tem também

O après-ski é o happy-hour dos centros de esqui. Depois do término do dia de esporte, normalmente lá pelas cinco da tarde, as pessoas costumam se reunir para comemorar as alegrias do dia em diversas atividades, que podem ser as jacuzzis, os encontros em bares e lounges, ou lanches servidos nos hotéis. É uma expressão francesa, mas amplamente utilizada nos centros de montanha de todo o mundo. Essa “festa” vai até o fim da noite para os mais resistentes. A madrugada não é tão popular, porque as pessoas querem se recuperar para voltar às pistas logo cedo.

A PERGUNTA DE 1 MILHÃO DE DÓLARES

A pergunta mais clássica que me fazem é: “Quando devo viajar para pegar boa neve?”. Com toda a sinceridade, se eu soubesse responder a essa questão de forma 100% segura, eu estaria rico! Infelizmente, é impossível prever com antecedência em que data ou semana as montanhas vão receber neve de qualidade e em grande quantidade. Eu sempre indico pesquisar no histórico dos últimos 5 anos para saber em que semanas aquela montanha recebeu as maiores nevascas. Dessa forma, a chance de sucesso aumenta bem.

Se você não precisa de tanta antecedência para marcar a sua viagem, eu sugiro acompanhar de perto os websites e apps que fornecem informações e previsões de precipitações nas principais montanhas do mundo. Eu gosto muito do site Snow Forecast e do app AllSnow, disponível para IOS e Android.

Será um sonho?
Será um sonho?

Uma viagem de esqui é uma jornada a um universo totalmente diferente do nosso cotidiano. Você está num cenário lindo, exuberante, branco e silencioso, em contato com a natureza, praticando esporte com sua família e amigos, conhecendo gente nova, comendo e bebendo bem, vendo esse povo colorido rasgando a neve, cheios de graça e estilo. Para mim não existe nada mais fascinante do que viver essa experiência. Eu continuo a buscar essas sensações em outros lugares, mas sempre acabo voltando às montanhas de neve.

Quem escreveu

Armando Aguinaga

Data

10 de November, 2015

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Armando Aguinaga

O Armando é jornalista, digital creator e growth. Ele escreve para o CoP e para o Trip Hacker (o site dele) enquanto viaja o mundo em busca de cultura e novas tecnologias. Durante essa jornada, ele nos mostra dicas, técnicas e ferramentas que você vai usar para viajar de forma mais econômica e inteligente.

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