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Se você já foi para Berlim ou qualquer outra cidade alemã, provavelmente já encontrou os blocos dourados nas calçadas desses lugares. As famosas “Stolpersteine“, ou traduzindo, “pedras de tropeço” são um projeto do artista alemão Gunter Demnig para homenagear as vítimas do holocausto. Elas são instaladas nas calçadas da última residência das vítimas, antes delas terem sido levadas para campos de concentração.
A instalação dessas pedras começou em 19 de dezembro de 1992. Foi 50 anos atrás, nessa mesma data, que Heimlich Himmler assinou o decreto para a deportação de pessoas para campos de concentração. A primeira pedra foi colocada na frente da Câmara Municipal Histórica de Colonia, com o objetivo de contribuir à discussão da época de ceder a cidadãos da antiga Iuguslávia direito de residência no país.
Até 2014, foram mais de 48 mil pedras instaladas não só na Alemanha, mas também na Holanda, Áustria, República Checa, Noruega e mais 13 países na Europa. As pedras são colocadas na frente de pessoas que não só morreram, mas também homenageando os sobreviventes. Além disso, não só judeus são homenageados, mas também homossexuais, ciganos, negros e pessoas que se opuseram ao regime.
Para Gunter, “uma pessoa é esquecida quando seu nome é esquecido”. As pedras servem para manter a memória das pessoas que moraram nesses lugares. Era um costume dos alemães não-judeus, ao tropeçarem em uma pedra, dizer que “deve haver um judeu enterrado ali”.
As pedras tem 10cm de largura e altura. As palavras “Hier Wohnte”, aqui morava, está presente na maioria das pedras, embora algumas delas foram instaladas na frente de locais de trabalho, escola e etc. Além disso informações como nome, data de nascimento, o que aconteceu com elas, além da data de deportação, campo para o qual foram e, se for o caso, da morte.
Cada um pode patrocinar a sua pedrinha por EUR120,00. Custo inclui manufatura e instalação.
* Foto de capa: graphia / Shutterstock.com
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