5 lugares para ir em 2016 pela Chiara Martini

Se você mora em São Paulo e tem uma vida social agitada, é bem provável que já tenha cruzado com a Chiara, que trabalha há 12 com comunicação digital, sendo cinco deles passados na Heineken Brasil. A Chiara ama tecnologia, música, comunicação e é super antenada com tudo que está rolando no planeta. É daquelas pessoas para sentar, abrir uma cerveja e conversar sem pressa. Atualmente mora em Nova York, onde é head da área de Social Media da DDB. Nada mal, hein? Senta porque capricho não faltou nesta lista e, eu sei, você vai querer fazer tudo que está nela (eu também quero).

Oerol Festival: um dia estava perdida pela internet procurando coisas legais para fazer pelo mundo e me deparei com este festival, que dura 10 dias e envolve teatro, dança, arte, música e por aí vai, com a proposta de ser uma ponte entre artistas emergentes e grande público. Ele começou em 1982, cresceu e todo ano mais de 130 mil pessoas vão até a ilha Terschelling, nos Países Baixos, onde o evento acontece, para ver milhares de performances e artistas e conviver com eles por alguns dias, criando uma comunidade temporária com o objetivo de estimular manifestações artísticas, pensamentos diversos e novos encontros. Vale dar uma passeada pelo site, fanpage, youtube e afins para entendê-lo melhor. Achei lúdico, divertido, diferente (para mim) e daquelas experiências que podem render ótimas histórias. Está na minha lista. O festival rola entre os dias 10 de 19 de Junho de 2016.

VidCon: está totalmente nos meus planos para 2016 e aceito companhias para explorar esse grande encontro entre criadores de conteúdo, a indústria e os fãs. A cada ano, o universo de vídeos online vem tomando proporções massivas dentro da nossa cultura, criando novas carreiras, comunidades e movimentando cada vez mais dinheiro e pessoas. Esse evento é o maior encontro de quem faz parte dessa nova cultura – ou de quem quer entendê-la de maneira mais intensa. Ele acontece em junho, numa cidade chamada Anaheim, na California (EUA), entre os dias 23 e 25 de Junho de 2016.

É um evento que me interessa muito. Afinal, meu trabalho demanda um olhar de estudante eterno para nossa cultura e suas manifestações, principalmente as que envolvem tecnologias e plataformas sociais. O evento conta com espaços e conteúdos destinados a basicamente três grupos:

Comunidade: pessoas interessadas nessa cultura, nos criadores de conteúdo e afins;
Criadores: para qualquer pessoa que quer melhorar, entender mais e monetizar o conteúdo que produz;
Indústria: o universo de pessoas que trabalha com a produção de video online – produtoras, agências, publishers etc.

Se pararmos para pensar que já existe uma geração hoje claramente não mais influenciada por celebridades e conteúdos da TV, mas sim da Internet, dá para se ter uma ideia do que dá para ver e aprender em um evento como esse.

Frieze Art Fair: é uma feira internacional de arte contemporânea com galerias de todo o mundo, com um público de cerca de 60 mil pessoas. Para qualquer um que tenha um olhar voltado para arte ou que também não saiba nada do assunto, mas tenha vontade de se aproximar desse universo, a experiência é bacana! E é em Londres, o que traz o resto da cidade no pacote para você explorar. O objetivo é fazer com que a arte seja um item de consumo popular, que faça cada vez mais parte do nosso dia-dia e do nosso estilo de vida.

O New York Times (International) disse que essa feira é um mergulho em alta adrenalina no Zeitgeist cultural, veja você. Existe uma vasta área com instalações e displays excêntricos para ver, ouvir, sentir e ampliar a cabeça e o reportório. Rolam também talks, master talks, focus setions e todas essas coisas legais.

Gosto da ideia de ir a eventos como esse porque é impossível passar por eles e sair sem mudar algo dentro da gente, mesmo que pareça uma mudança pequena. Ele tem também uma versão em Nova York. A Frieze Art Fair acontece no Regent Park, em Londres, entre os dias 6 e 9 de Outubro de 2016.

Isle of Wight Festival: Junho é um mês intenso de festivais, eventos e acontecimentos ao redor do planeta, e, com vontade de achar um festival de música diferente (para mim, pelo menos), eu caí no Isle of Wight Festival. O festival nasceu na manifestação da Contracultura e rolou entre 1968 e 1970 na Inglaterra. Ele teve seus três anos de glória na década de 1970, voltou em 2002 e está vivo desde então.

Esse é um daqueles eventos que tem histórias incríveis por trás, como, por exemplo, o show do Bob Dylan na edição de 1969, o primeiro show dele depois do acidente de moto que sofreu três anos antes. A edição de 1970, que dizem ter sido um dos eventos mais lotados da história (600 mil pessoas!!), teve no line-up somente Jimi Hendrix, Miles Davis, The Doors, The Who, Joni Mitchell, Leonard Cohen e até nosso conterrâneo Gilberto Gil. Um line-up que me faz chorar de tristeza por ter nascido só na década seguinte. Aliás, isso foi filmado e transformado em um filme chamado “Message to Love: Isle of Wight Festival”. Dá para conferir uns trechos no youtube, mas eu escolhi o que tem Miles Davis na trilha para vocês sentirem o que foi! Repara na quantidade de gente!!

Enfim… depois de enxugar minhas lágrimas por não ter sido jovem na década de 1970, fica aqui a vontade de conhecer o festival que vai comemorar em 2016 os 40 anos do Punk, trazendo Iggy Pop, Queen + Adam Lambert, The Stereophonics, Adam Ant, Buzzcoks e mais. Acontece entre os dias 9 e 12 de Junho de 2016, na Ilha de Wight, Inglaterra.

North x Northeast (NXNE): se você achava que o SXSW já era o limite, agora você precisa conhecer o NXNE! O NXNE começou em 1995, muito baseado no modelo do SXSW (que rola desde 1987 em Austin, Texas) e o coração dele está no conteúdo de música (NXNE Music), mas acontece também o NXNE Interactive Conference (NXNEi), um festival de filme, comédia e arte.

O NXNE Music cresceu bastante desde sua primeira edição e hoje consiste em três dias de shows e papos com artistas locais e independentes do Canadá, EUA e todo o mundo, em mais de 50 locais espalhados pela cidade de Toronto.

O NXNEi tem uma pegada interessante, pois aborda principalmente assuntos em torno da integração da tecnologia com a música, o cinema e as artes em geral. É um lugar bacana para fazer networking também. Aliás, para quem não sabe, o Canadá é uma das grandes referências hoje em social media e interatividade. Apesar de ter uma estrutura semelhante à do SXSW, acredito que a energia e o conteúdo do NXNE podem trazer ideias e referências diferentes, além de ser uma ótima desculpa para conhecer o Canadá!

Vou aproveitar que estou morando a 1h40 de avião de Toronto para conhecer e me jogar por lá em 2016!

*Capa: Trabalho do artista Michael Craig-Martin. Foto: Frieze London