Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Todo mundo fica com o olho brilhando quando vê aquele adesivo sinalizando tax free em uma loja. Porém, para receber efetivamente esse dinheiro não é a coisa mais simples do mundo, exige paciência e tempo. Além disso, nem todo mundo sabe que existem regras para se obedecer durante o processo. A gente tenta aqui esclarecer um pouco a burocracia toda – você pode nos agradecer com uma cerveja do dinheiro extra que vai receber.
O VAT (ou em português IVA) é o imposto sobre valor acrescentado e é tributado na maioria dos produtos comprados por aí. O tax free te devolve esse dinheiro que já foi embutido no valor pago. Os itens nos quais você não vai ter esse dinheiro extornado são: hotéis, serviços, restaurantes ou produtos que você não levará de volta para o seu país de origem. O valor desse imposto varia de país para país, começando em 7% e podendo chegar a 20%.
Algumas lojas fazem o reembolso direto, mas a maioria é terceirizada através da Global Blue, e, nesses casos, existem duas opções: ou pegar esse dinheiro no aeroporto, quando estiver deixando a União Européia ou escolher receber o valor no seu cartão após a viagem – não existe um prazo limite, pode demorar meses. Nos dois casos, é preciso pedir para a loja onde a compra foi feita pelo formulário, que deverá ser preenchido e a nota anexada.
Não é para todo o valor de compra que é possível pedir o retorno: tirando a Irlanda, todos os países têm um gasto mínimo para ser realizado em uma única loja, de 25 euros na Alemanha a 175 na França. Por isso, vale a pena deixar todas as compras para serem feitas em um mesmo lugar e em um mesmo dia.
No aeroporto, muitas vezes você terá que mostrar os artigos comprados antes de fazer o check-in. Procure as autoridades aduaneiras que irão checar as mercadorias, os formulários e as notas e o carimbarão para confirmar a saída dos itens do país – sem esse carimbo você não receberá o dinheiro de volta. Os artigos deverão estar também na embalagem original, recomenda-se não usar nada até voltar. E, vale ressaltar aqui de novo: isso deve ser feito no aeroporto de saída do continente, não indo para um outro país europeu. Outro ponto importante: você precisa ter a passagem aérea impressa em mãos para ser atendido.
Após o check in, se você quiser receber seu dinheiro ali no aeroporto, deverá procurar o lugar da retirada. Você poderá ter até que ir a lugares diferentes, dependendo das lojas onde a compra foi feita. Depois disso – e no caso de ter escolhido receber o dinheiro no cartão – deverá postar esses envelopes. Eles não precisam de selo normalmente, porém se a compra foi feita em um país diferente do de partida, pode ser necessário.
Parece um processo simples, mas é bem chatinho e demorado, então vá ao aeroporto com alguma antecedência. Para tentar agilizar tudo, a Global Blue oferece agora um cartão, o Global Blue Card. Pelo site deles, com isso eles já têm todos os seus dados, e me parece, que não precisa enviar o formulário.
Uma boa notícia para as pessoas que irão para a Islândia: por lá o processo é bem mais tranquilo e dá para fazer tudo no centro da cidade mesmo. Basta levar o envelope ao Centro Turístico e pegar o dinheiro já na hora, em menos de 10 minutos.
* Imagem destacada por: elwynn/Shutterstock
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.