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Que tal uma road trip por Minas Gerais?

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

06 de May, 2014

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Para mim foi um momento bem especial. Cresci entre São Paulo e Minas Gerais, pois a minha família inteira é mineira. Passei a infância visitando as cidades históricas e outras menores, não tão conhecidas. Ou seja, tenho um pezinho mineiro e curti poder dividir um pouco minhas lembranças infantis com meus melhores amigos e o marido, que nunca tinha se aventurado pelo interior brasileiro (e amou). Rever lugares depois de 20 anos é sempre incrível, pois a maioria evolui, cresce e, algumas vezes, vira outro lugar. Mas gosto mesmo dos que mantém sua essência e sua história viva.

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Para viabilizar a viagem, conseguimos um apoio da Volvo Cars Brasil, que disponibilizou 2 modelos V40 Cross Country T5 AWD, que acabou de ser lançado e facilitou bastante em relação a conforto, encarar todas as estradas de terra e esburacadas que pegamos, além de ter sido literalmente uma mão na roda para subir as ladeiras em Ouro Preto.

Foram cerca de 1.500km rodados durante os 5 dias. Clica no play para curtir nossa trilha sonora da viagem:

ROTEIRO DA VIAGEM

Não foi fácil fazer o roteiro, já que o percurso entre São Paulo e Minas Gerais atravessa várias cidades que valem a visita. Decidimos, porém, viajar pelo caminho velho da Estrada Real ao invés de encarar a saga da Fernão Dias. A estrada é menor, praticamente vazia, curvilínea com alguns trechos de terra e com túneis feitos com galhos das árvores que cortam a estrada. A paisagem é de tirar o fôlego com um céu que raramente vemos por conta das luzes urbanas.

Céu visto na Estrada Real - foto Ola Persson
Céu visto na Estrada Real – foto Ola Persson

A Estrada Real corta algumas cidades mineiras do Circuito das Águas (São Lourenço e Caxambu), além de ficar aos pés do Circuito das Montanhas Mágicas  da Mantiqueira.

O roteiro ficou da seguinte forma:

30.04

Era véspera de feriado, então armamos de sair antes do caos que toma conta da cidade nessas épocas. Acabamos, ainda assim, levando uma hora para conseguir sair da cidade. O restante foi bem tranquilo, com exceção da saída da Carvalho Pinto para a Dutra.

16h: saída de São Paulo

01.05

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Foi no susto, a gasolina estava no sopro e nas últimas cidades não encontramos nenhum posto de gasolina aberto. A estrada é pequena, então também não tem muitas opções. Mesmo sendo véspera de feriado, não encontramos nenhuma opção no centro para sentar e tomar cerveja depois da meia-noite. O jeito foi chorar para conseguir comprar garrafas de vinho numa cantina que estava fechando suas portas.

Ficamos numa casinha super linda, que parecia de contos de fadas. A vista do quarto era para as montanhas, daquelas que só temos acesso bem longe de São Paulo. Tiradentes é uma cidade super charmosa, turística e movimentada. É um oásis para quem gosta de artesanatos, doces mineiros e cachaça. Ter tênis nos pés é obrigatório, porque para os que nunca foram, as ruas são todas de pedras lisas e irregulares.

nossa casinha em Tiradentes
nossa casinha em Tiradentes

Voltar à cidade depois de 15 anos foi emocionante. Dependendo do tempo disponível para a viagem, vale reavaliar a ida à Congonhas. Acabamos não aproveitando, porque chegamos tarde e foi impossível ver qualquer coisa por lá.

Congonhas
Congonhas

0h20: chegada em Tiradentes
1 – 9h: Pernoite em Tiradentes
9h: Café da manhã no Rocambole & Cia.
Passeio pela cidade
14h: Almoço no Tempero da Ângela, em Bichinho
Ida para Congonhas – visita rápida ao Santuário Bom Jesus de Matosinhos
20h: Chegada em Ouro Preto
21h: Cerveja & comidinha no Porão Cervejaria
0h: Pernoite no hostel Chico Rei

02.05

Ouro Preto foi a única cidade nova para mim no roteiro. Eu não conhecia e fiquei completamente apaixonada. A parte velha esbanja charme com suas casinhas brancas com portas e janelas coloridas, além das ladeiras infindáveis com ruas completamente irregulares. A cidade também é bem movimentada, mas não só pelo Turismo, já que Ouro Preto é uma cidade universitária. Um bom tênis, visitas e mais visitas às igrejas, boa comida e muitas fotos.

Mariana
Mariana

Mariana também vale a visita. A cidade tem um centro mais urbano (e novo) que Ouro Preto e é menos turística. Como todas as cidades históricas, faça a lista das igrejas para conhecer e se perca nas ruelas, lojinhas e bares.

Já em BH, o nosso único compromisso além de uma boa noite de sono, era jantar algo que não fosse comida mineira. Não que a gente não goste, mas todas as nossa refeições anteriores foram com muito arroz, tutu, couve, carnes, torresmo, doce de leite e queijo branco. Estava na hora de variar, por isso escolhemos jantar no Copa Bistrô, que além de ser de um amigo, oferece uma boa cozinha espanhola. Vá de aligot e vinho tinto.

9h: café da manhã (digno) no hostel
10h: saída para bater perna pela cidade com visita às igrejas, centro velho e lojinhas
14h30: almoço no Bené da Flauta, que oferece uma vista linda da cidade
16h: visita à Mariana
17h30: partida para Belo Horizonte
19h30: chegada no Hotel Royal Savassi
21h: jantar e bons drinks no Copa Bistrô
0h: os mais animados foram pra A Obra e os mais caídos foram pro hotel

03.05

time Chicken Or Pasta (sem mim)
time Chicken Or Pasta (sem mim)

Esse foi um dos dias mais especiais, já que Inhotim era o objetivo principal da viagem. Inicialmente dedicaríamos 2 dias para passear por lá, mas como não conseguimos hospedagem nas proximidades, mudamos os planos e acabamos passando um dia todo. Felizmente conseguimos ver quase tudo (faltaram apenas 2 galerias menores) e valeu a ida. Pegamos um dia ensolarado, nos emocionamos com Cardiff (acho que todos choraram nas duas instalações da artista), nos divertimos com Tunga e Cildo Meirelles e terminamos com um chopp gelado no Restaurante Oiticica. Seguimos então para São Thomé das Letras.

Galeria Adriana Varejão
Galeria Adriana Varejão

A viagem para São Thomé das Letras é longa. São mais de 4 horas de estrada, mas a escolha pela cidade foi por ela ser tão peculiar e distinta das que visitamos anteriormente e por eu ter tido uma experiência bem divertida lá na adolescência, quando a cidade praticamente não tinha casas feitas com concreto. Foi também emocionante reve-la depois de tanto tempo, mas confessamos que não aguentávamos mais ouvir Raul. E não espere luxo, porque isso a cidade não oferece, mas ainda assim vale a visita para conhecer todos os mistérios e misticismo envoltos à cidade, além de levar de brinde com um céu inacreditavelmente estrelado, revendo as velhas conhecidas 3 Marias, Cruzeiro do Sul e a Via Láctea. O que mais você precisa, não é mesmo?

Bar do 2 - São Thomé das Letras
Bar do 2 – São Thomé das Letras

8h30: café da manhã no hotel Royal Savassi
9h30: partida para Inhotim
10h30: chegada em Inhotim
17h: partida para São Thomé das Letras
21h: chegada com jantar no O Alquimista
23h30: cerveja no Bar do 2 e ver estrelas sentada na pirâmide (que tem um dos céus mais lindos que vimos nos últimos tempos)
1h: pernoite na Pousada do Maciel

04.05

partindo de São Thomé das Letras rumo à São Paulo
partindo de São Thomé das Letras rumo à São Paulo

O tempo seria bem curto, pois não queríamos retornar no final do dia para São Paulo, afinal tudo que queríamos fugir era do trânsito. Tomamos um bom café na pousada e fomos passear pela cidade, visitar a Casa da Pirâmide, a Pedra das Bruxas e conhecer algumas lojinhas locais. Como as cidades históricas, em São Thomé o que mais tem é artesanato local, mas claro, tudo com um toque bem hippie.

9h: café da manhã
10h: visita à gruta São Thomé e passeio pela cidade
14h: almoço no Sinhá
15h: ida ao Morro do Amendoim
15h30: retorno a São Paulo via Fernão Dias
19h: chegada à cidade

Resumo

A viagem teve vários pontos fortes, mas o mais legal deles foi poder finalmente juntar a tripulação de 6 pessoas do blog, com um objetivo em comum e viajar por 4,5 dias. Foi bacana rever lugares que vi há 20 anos, passar por lugares que nunca vi, ver um pouco mais do Brasil além das capitais, estar com os amigos, anotar todas as dicas possíveis para compartilhar aqui no blog (porque a gente ama fazer isso), tirar fotos incríveis, fazer vídeos, comer bem, tomar boas cervejas e cachaças, dirigir um carrão em estradas inóspitas e claro, querer fazer tudo novamente sem pressa e incluindo novos lugares no roteiro, porque eles realmente não faltam.

Para quem ainda não desbravou Minas Gerais, acompanhem nossa viagem e se anime, porque tem muito para ver e se apaixonar.

*Fotos Posts: equipe Chicken or Pasta | foto destaque – Ronaldo Almeida – shutterstock.com 

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

06 de May, 2014

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Lalai Persson

Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.

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Comentários

  • Lalai,
    Amei!
    Eu consegui viajar até os lugares pelas fotos e pelas histórias. Já fui a Ouro Preto e Mariana. Mas eu imagino a emoção que vocês passaram.
    Muito legal!
    Bjs.

    - Maria Luiza
    • coloca na sua lista de viagens pra fazer… é bem fácil :)

      - Lalai Persson

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