Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
A viagem, que era para ter durado 4 horas, acabou levando 6 por causa de um acidente na estrada. Ainda por cima, eu passei mal o caminho todo, culpa de algumas frutas que resolvi comer no café da manhã e que me fizeram colocar para fora até minha dignidade.
Chegamos em Agra no final do dia e pegamos todo o congestionamento do mundo por lá também. Sabe aquela estória que o trânsito na Índia é pior que o de São Paulo? Não é balela. Além disso você vê todo o tipo de coisa, tuk tuks levando 5 pessoas ao mesmo tempo ou caminhões cheio de pessoas da caçamba.
Você pode viajar pelo país de algumas formas, as mais comuns são trem ou um carro com motorista que você contrata para te levar para algum percurso pré-determinado. Como eu iria ficar só 10 dias no país, resolvi pelo carro para conseguir ver as coisas no meio do caminho também.
Babloo, meu motorista, me levou de imediato para a beira do rio para ver o Taj de lá. Com a variação da luz do sol ao longo do dia, a cor do mausoléu muda, passando pelo cinza claro, pérola ao branco. Era final de tarde e ele achou que era uma boa idéia eu ver isso, já que partiríamos para Jaipur já no dia seguinte, logo após ver o local.
É engraçado que esses dias eu vi uma galeria com fotos de lugares famosos com seus arredores, e é exatamente essa a visão que você tem ao olhar o mausoléu de longe. Agra é uma cidade bem feia, tirando o mausoléu não existe razão para você ir para lá, uma amiga me falou que achava o ambiente pesado, e é assim que eu considero também. O Taj Mahal parece desconectado com tudo o que está em volta.
No dia seguinte acordamos bem cedo para finalmente entrarmos no lugar. Na subida, algumas pessoas pediram para tirar foto comigo. Isso é algo bem comum na Índia, as pessoas pedem para tirar foto com você em todos os lugares, você pode educadamente negar. Sobre o preço, ele varia, existe um valor para os locais e um valor – bem mais alto, diga-se de passagem – para os estrangeiros.
Ao entrar, você se arrepia. O lugar é lindo de morrer. Eu dei uma pequena surtada com o jardim na frente. De novo, bem diferente de tudo que você vê na Índia. O complexo conta com, além do jardim, 3 prédios. O principal é o branco com outros dois menores, um de cada lado. Os detalhes da construção são impressionantes e você pira em olhar azulejo por azulejo e ver coisas novas em cada um deles. Por dentro, o lugar é pequeno, pelo menos menor do que eu pensava. Na verdade acho que grande parte fica fechado para turistas, basicamente só a parte do túmulo fica – ou pelo menos estava quando eu fui – aberta.
No final, vale a pena ir visitar o lugar. É um lugar para você ir uma vez para conhecer. Depois de dar o check nesse item na sua lista, existem vários outros lugares mais interessantes para se conhecer na Índia, como as cidades sagradas, Galtaji ou o ISKCON. Mas isso não deixa o Taj Mahal menos fantástico.
Ah, e se quiser saber mais sobre a viagem, dê uma olhada no nosso guia Nova Delhi/Agra
* Foto de abertura: archer10
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.