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O arroz está para o feijão assim como o goulash está para os spätzle – é mais ou menos essa a equação. Essas duas delícias, mesmo que separadas, são pratos deliciosos cujas origens são divididas entre países frios da Europa.
Tanto o goulash quanto os spätzle variam conforme a região e o país. Hungria, Alemanha, Suíça e na Áustria, toda a extensão do antigo império austro-húngaro e região da Bavária, são lugares onde esses pratos são mais tradicionais. Sem mencionar os lugares fora da Europa, em regiões de imigração, como o sul do Brasil.
Goulash, gulache, Gulasch (em alemão) ou gulyás (em húngaro), nada mais é do que um um guisado de carne de vaca, a que por vezes se adiciona carne de porco.
O autêntico goulash, cujo o significando em húngaro é ‘comida de vaqueiros’, era preparado pelos pastores húngaros com carne de vaca cozida, cebolas, banha de porco, pimentão (que substitua a páprica), cominhos, sal e água, sem adição de farinha.
Spätzle tem uma variação muito maior de combinações de preparo, por conta da sua versatilidade. É uma massa que consiste em ovos, farinha, sal e água, semelhante a um nhoque, cozida em água fervente, que resulta em formas heterogêneas. A palavra spätzle em dialeto alemão significa pardalzinho, caso estejam curiosos.
A variante mais comum é denominada Knöpfle, com a forma de lentilha. Se a massa possuir uma consistência mais firme, pode ser formado um Spätzle mais comprido, semelhante a uma fita. Esta variante pode ser adquirida seca e embalada como um macarrão normal.
Nessa receita, optamos em uma variação mais fácil de preparar para o spätzle. Embora o preparo seja simples, o cozimento necessita de bastante destreza. Já o goulash, optamos em fazer a versão mais marcante do prato, seguindo a receita tradicional austríaca.
Mãos à obra!
Ingredientes – (Receita para 4 pessoas)
– 800g de carne bovina (músculo, coxão mole, alcatra) em cubos pequenos (2x2cm)
– 100g de manteiga sem sal
– 50g de farinha de trigo
– 2 cebolas médias em cubos pequenos
– 3 dentes de alho amassados
– páprica doce e páprica picante a gosto
– 10 tomates picados em cubos pequenos
– 2 folhas de louro
– 500ml de vinho tinto seco (Esse ingrediente é opcional, mas você não vai se arrepender se adicionar)
– Sal à gosto
– 800ml de água fervente ou caldo de carne
Pra começar, envolva os cubos de carne na farinha de trigo. Isso evita que os sucos da carne se percam. Em uma panela, aqueça a manteiga e adicione os cubos de carne, mexendo até que fiquem dourados. Em seguida adicione a cebola e os dentes de alho amassados. Adicione sal, as pápricas e as folhas de louro. Quando a carne estiver envolta aos vermelhos da páprica, adicione o tomate picado e mexa novamente. Em seguida adicione o vinho e deixe reduzir um pouco. Complete com a água ou caldo de carne e deixe cozinhar em fogo brando com a panela tampada. Após 15 ou 20 minutos, abra a panela e deixe reduzir até que ficar com uma consistência mais cremosa.
O goulash pode ser consumido sozinho, tal qual uma sopa. Como mencionado acima, existem muitas variações do prato e o acompanhamento fica a seu critério. Já que escolhemos o spätzle, vamos prepará-lo?!
Ingredientes – (Receita para 4 pessoas)
– 4 ovos inteiros
– 1 fio de azeite
– 1 colher de chá de sal
– noz moscada à gosto
– 500g de farinha de trigo
– 250ml de água (ou quanto for suficiente)
– 50g de manteiga sem sal
Em uma tigela, misture os ovos, a farinha, o sal e a noz moscada. Junte a água e mexa bem, até a massa ficar numa consistência grudenta, parecida com massa de bolinhos de chuva. Agora vem a parte mais complicada! Despeje a massa em água fervente ajuda de uma escumadeira, ou se preferir pode usar a maquininha de fazer spätzle, um escorredor de macarrão ou ainda cortar a massa na tábua de carne. Essa opção requer muita agilidade, mas é a forma mais tradicional de fazer a massa. As “Omas”, conhecidas vovós alemãs, fazem dessa forma. Separamos esse vídeo para demonstrar a técnica.
O Jo é do tipo que separa pelo menos 30% do tempo das viagens para fazer o turista japonês, com câmera no pescoço e monumentos lotados. Fascinado pelas diferenças culturais, fotografa tudo que vê pela frente, e leva quem estiver junto nas suas experiências. Suas maiores memórias dos lugares são através da culinária, em especial a comidinha despretensiosa de rua. Seu lema de viagem? Leve bons sapatos, para agüentar longas caminhadas e faça uma boa mixtape para ouvir enquanto desbrava novos lugares. Nada é melhor do que associar lindas memórias à boas canções.
Ver todos os postsAmei só n dou conta da massinha vou procurar a máquina propria
Adorei a receita! Obrigada por compartilhar!!!
na proxima convida, porque eu estou aqui lendo as receitas ajoelhada na frente do computador :/
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.