Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Para LER ouvindo esse playlist.
Foram cinqüenta (50) dias de viagem em (12) doze cidades e (9) nove países.
Meu primeiro mochilão começou em 24/11/13, saindo de São Paulo via Roma, desembarcando em Paris. Acabei escolhendo viajar no inverno por achar inusitado, pois amo frio. Eu tinha também alguns dias que poderia emendar no final de ano, porém acabei no desemprego em outubro e acabei esticando alguns dias fora do planejado, voltei em 14/1/14…
UM adendo aos viajantes de primeira viagem assim como eu: planejamento antecipado é mais que essencial para uma viagem desse tamanho. Sempre ouvi isso antes de embarcar e nunca levei a sério. Reforço e recomendo seis meses de pré-planejamento (incluindo hospedagem, passagens aéreas e quando gastar e onde gastar). No meu caso eu tinha comprado apenas um seguro saúde, passagem aérea e apenas a uma semana da viagem, comprei o Euro Pass, que me dava direito de viajar por 10 dias num período de 2 meses de viagens de trem…
A capital mundial do turismo é realmente linda, surpreendente, romântica e de tirar o fôlego, apesar de ter o metrô mais agitado que vi na viagem inteira e com escadas infindáveis. Fiquei mega encantado com os prédios, com a elegância do povo na rua e do ar que Paris nos inspira… tem muita coisa pra se ver, aproveitar e conhecer, e claro paquerar …
Visitei os pontos turísticos tradicionais como Torre Eifel, Notre Dame, Sacré Cœur, Champs-Élysées e museu do Louvre, andei em muitas ruas, ruelas e bairros inusitados… Fui comer Kebab no Marais, tomei café com a Amelie em Montmartre (no Café des Deux Moulins) e andei bastante pelas margens do rio Sena.
COMER: um café e croissant no Legay Choc Boulangerie na 45 Rue Sainte-Croix de la Bretonnerie ou no Café des Deux Moulins, na 15 Rue Lepic.
BEBER: um drink no Hôtel Costes na 239-241 Rue Saint-Honoré ou uma cerveja belga no Les Souffleurs, na 7 Rue de la Verrerie;
INESQUECÍVEL: o canal Saint Martin, o Marais, Montmartre, La Chapelle e Saint Germain; e paquerar um garoto Francês na rua e descobrir que ele falava português;
PRIMEIRA VEZ: tomar Champagne Cristal e comer Trufa (túbera); dividir uma bicicleta com o francês (eu na garupa) pelas ruas da cidade na madrugada;
INUSITADO: Encontrar um dos meus melhores amigos sem combinar com ele; a vista da Torre Eiffel do Jardim do Trocadero e o estilo das pessoas na rua.
Amsterdã é a cidade mais acolhedora de todas pelas quais passei. Sugiro pegar uma bike (seja de um amigo ou alugada), mas tome cuidado com os outros ciclistas, já acostumados à cidade e desbrave Amsterdã… A cidade é plana, o transporte oficial é realmente a bicicleta, inclusive quase fui atropelado por uma, então se prepare para pedalar rápido e tenha como ponto de referência a estação central, que você não terá como se perder…
COMER: O hambúrguer do The Butcher, na Albert Cuypstraat 129, Amsterdam 1072CS e um “Bitterballen” acompanhado de uma Amstel no Café Hoppe, na Spuistraat, 1012 XA;
BEBER: um chopp Heineken no Museu Heineken Experience;
INESQUECÍVEL: os canais da cidade e a companhia das minhas amigas holandesas, a Palavra “lekker”, que significa “está incrível!”;
PRIMEIRA VEZ: ir a um coffee shop, atravessar uma cidade de bicicleta e ouvir música holandesa como “Het regent zonnestralen – Acda en De Munnik”;
INUSITADO: passear no Parque Rembrandt, na Orteliuskade 57; o silêncio da cidade após as 18h e a comida que minha amiga Sophie preparou, chamada Andijviestamppot, uma mistura de purê de batatas com folhas de escarolas, Lekker!.
Em Roma tudo é história, desde o banco que você senta para descansar, passando pelas ruínas dos palácios, Coliseu, museus, inúmeras igrejas até o Vaticano. Dois dias foram mais do que suficiente para ver tudo. A cidade é mega turística, tem a culinária e o charme das piazzas como seu ponto alto, na minha opinião.
COMER: uma macarronada, a pizza do museu do vaticano e o gelato de Pistache em frente a Fontana di Trevi;
BEBER: vinhos à vontade porque é barato, principalmente os da casa nos restaurantes;
INESQUECÍVEL: Fontana di Trevi e Piazza Navona, além da grandiosidade histórica de tudo;
INUSITADO: chorar na Chiesa di San Sebastiano al Palatino e visitar o museu do Videogame, que não sabia que existia;
PRIMEIRA VEZ: entrar no menor país do mundo a pé, o Vaticano.
O inverno não agrada Barcelona, mas mesmo assim as pessoas são calorosas, solícitas e divertidas. Uma cidade super latina, apesar do idioma catalão estranhar aos meus ouvidos. A dica é explorar o que tem de mais escondido na cidade. Na minha próxima ida, eu pretendo ir no verão e aproveitar mais a cidade…
COMER: muitos tapas e mini tapas por toda a cidade;
BEBER: uma garrafa de cada espumante (branco e rose) da Can Paixano, no restaurante La Xampanyeria – Carreer de la Reina Christina 7, que custa menos de 3 euros. Imperdível;
INESQUECÍVEL: Sagrada Família, Casa Batló e andar pelas Las Ramblas;
INUSITADO: o trem intermunicipal ter tomadas e ver o Neymar fazer três gols em pleno Estádio Santiago Bernabeú em um jogo da UEFA. Os canais de TV espanhóis fazem propaganda dentro dos Telejornais, por conta da crise.
PRIMEIRA VEZ: andar de TRAM e a primeira entrevista de emprego na Europa.
Madri foi uma experiência que me fez sentir em casa. A cidade me acolheu como poucas, achei Madri muito próxima à São Paulo, mesmo com algumas diferenças gritantes no que diz respeito a urbanização, transporte público e diferenças sociais. Andei por toda a cidade de metrô ou a pé por pontos bacanas, bairros interessantes com o Chueca.
COMER: pedir uma caña [cerveja] e comer [muito] de graça no El Tigre, na Calle de las Infantas, 30;
BEBER: um gin tônica no Pouss, na Calle de las Infantas, 19;
INESQUECÍVEL: bairro La Chueca e a energia dos espanhóis;
INUSITADO: parecer muito com São Paulo;
PRIMEIRA VEZ: aprender a bolar cigarro sozinho;
Toledo foi uma das gratas surpresas da viagem. Fica a trinta minutos de Madri, com trem saindo de meia em meia hora. Toledo é uma cidade medieval, romântica pra cacete, com construções antigas e lidnas, muitas igrejas e história para ver… Andei bastante, entrei no Museu Santa Cruz e pelas ruelas da cidade. Super recomendo para casais.
COMER: uma massa no La Malquerida, na Calle de La Trinidad, 2;
BEBER: muita água para dar conta das subidas e descidas… e um chocolate quente para aquecer em dias frios;
INESQUECÍVEL: a paisagem e a vista do alto da cidade;
INUSITADO: uma escada rolante de seis degraus que dá acesso ao outro lado da cidade;
MINHA PRIMEIRA VEZ: um cenário de novela em uma cidade medieval;
Resolvi me aventurar em Londres no Natal. Passei 4 noites e 3 dias amando cada minuto. Ao atravessar a fronteira, não sei o porquê mas já senti uma sensação diferente. Sabe aquele pressentimento de que algo incrível vai acontecer? Acreditem, pois aconteceu… Apaixonei-me pela cidade, mesmo andando de bicicleta no sentido contrário do nosso…
COMER: Fish and Chips (Peixe com fritas), apesar de não achar o tradicional que se come no papel, acabei me deliciando com um na fronteira, no restaurante do Ferryboat (navio);
BEBER: tentei, mas não curti o chá preto com leite, mas uma coisa que gostei foi um ponche de Natal que eles bebem quente, como se fosse nosso vinho quente;
ONDE FIQUEI: no excelente Generator London Hostel, na 37 Tavistock Pl, entre Euston e Saint Pancras Kings Cross;
INESQUECÍVEL: a cidade como um todo, os esquilos do Hide Park, Camden Town, Notting Hill, Abbey Road, Big Ben, Tower Bridge… e o Soho. E claro, o meu primeiro Natal sozinho e longe da família..
INUSITADO: andar de bicicleta com a mão ao contrário nas ruas, a quantidade de brasileiros no meu Hostel, passar o natal com uma família não convencional e fofa de um amigo de uma amiga e, claro, me apaixonar por Londres;
PRIMEIRA VEZ: primeiro natal fora de casa e do Brasil, primeira vez em um hostel, me apaixonar à primeira vista por uma cidade.
Berlim causou uma sensação de quero mais. Três dias é pouco tempo para ver e conhecer tudo. Vi alguns lugares essenciais, fiquei em Mitte [bairro da moda], pertinho de tudo, andei bastante a pé, de trem e metrô, conheci a considerada melhor balada do mundo, “Berghain”. Uma observação pertinente: como os alemães curtem um fetiche, hein?
COMER: Currywurst, um prato com salsicha de porco cortada e temperada com ketchup ao curry;
BEBER: cerveja de todos os tipos em qualquer lugar;
ONDE FIQUEI: no excelente Generator Berlin Mitte Hostel, na Oranienburger Straße 65;
INESQUECÍVEL: Berghain, Alexanderplatz, Portão de Brandemburgo e a diversidade de Berlim;
MINHA PRIMEIRA VEZ: em um clube de fetiche só para rapazes, ui!
Copenhagen é uma amada, em que brasileiros são tratados como espécie de pessoa favorita no mundo. Conheci muitos dinamarqueses e comprovei na prática esse amor. A cidade é super bacana de andar, bicicleta é o transporte quase oficial. Foram alguns dias memoráveis na companhia de novos amigos e um ano novo de tirar o fôlego. Um detalhe sobre o dinamarquês: eles são bem diretos ao ponto, loucos para quebrar garrafas, soltar fogos de artifícios e, claro, beber bastante nas comemorações de ano novo.
COMER: comida caseira por que eu merecia após tantas cidades;
BEBER: cerveja com nomes quase impossíveis de serem pronunciados e muito espumante, afinal era ano novo;
INESQUECÍVEL: os dinamarqueses e sua simpatia pelo Brasil, além de ser meu primeiro ano novo fora de casa;
INUSITADO: Christiania e ter sido adotado por uma família brasileira na Dinamarca;
MINHA PRIMEIRA VEZ: na Escandinávia e a beijar um gringo na virada do ano.
Foi a melhor cidade não planejada que visitei. Povo lindo, estiloso, simpático e educado.
Uma cidade super mega master organizada, planejada dentro das ilhas que compõem a cidade. Andei pelo Moderna Museet, pelo museu do ABBA e por todo o centro que mistura novo e velho no mesmo lugar.
Dica: marcas independentes suecas são facéis de encontrar e a H&M tem em toda esquina.
COMER: Qualquer hambúrguer do Vigårda, na Mäster Samuelsgatan, 111 43, Centro, Estocolmo;
BEBER: da cultura sueca acompanhada de qualquer bebida;
INESQUECÍVEL: o estilo, padrão de vida, design e as pessoas de Estocolmo;
INUSITADO: encontrar um coach surfer gentil e fofo que me hospedou com prontidão;
PRIMEIRA VEZ: a me apaixonar no metrô a cada cinco minutos (risos) e curtir um lugar onde tem névoa, chuva, frio e vira noite às 15h.
Bruges é a segunda maior surpresa não planejada da viagem. Cidade pequena, acolhedora, cheia de gente interessante no período de alta temporada, me fez descobrir a melhor cerveja da viagem (a Gare), comi o melhor chocolate do mundo, os melhores queijos no custo& benefício. Recomendo para quem estiver com tempo numa viagem entre Paris e Amsterdã ou de esteja de passagem pela Bélgica.
COMER: muito chocolate e queijo;
BEBER: cerveja de todos os produtores locais;
ONDE FIQUEI: no divertido St Christopher’s Bauhaus Hostel na Langestraat 127-133, 8000;
INESQUECÍVEL: a cerveja GARE [dica da Chiara Martini] e minha amizade e identificação mútua com uma belga (Lotte Meersman) que trabalha no hostel em que me hospedei;
INUSITADO: a galera que estava hospedada no hostel e descobrir a beleza dos belgas que eu não botava muita fé…;
PRIMEIRA VEZ: que chego em uma cidade às 23h e não tem mais nenhum tipo de transporte e muito menos táxi, resultado andei da estação de trem até o Hostel com duas malas na chuva.
Bruxelas foi ao mesmo tempo boa comigo e o lugar menos interessante de toda a viagem. Fiquei apenas duas noites, porque era meu último destino antes de voltar para Paris e pegar meu vôo para o Brasil. A cidade tem os mesmos chocolates, cervejas e queijos que Bruges, claro. Recomendo a visita no Atomium e ao museu do Tim Tim.
COMER: Continuar com queijos e chocolates;
BEBER: todos os tipos de cervejas belgas como Triple, Duvel, Leffe e outras;
ONDE FIQUEI: no mediano 2GO4 Quality Hostel, perto da estação de trem de Bruxelas Norte [Brussels North];
INESQUECÍVEL: um bar chamado Stamm Bar;
INUSITADO: ficar no quarto do Hostel apenas com brasileiros;
PRIMEIRA VEZ: que não amei uma cidade e nem moraria nela.
Fabio Allves
Para saber mais sobre a minha viagem, acessem meu blog Vida de Blogueiro ou busquem pela hashtag #VDBnaEuropa.
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