Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Já se passaram 13 anos desde aquela fatídica manhã de terça-feira que jamais será esquecida por todos que vivem nesse planeta. Todos nós sabemos, estudamos ou pelo menos fazemos idéia do acontecido. Alguns, como eu, sabem inclusive o que faziam naquela manhã e o tamanho do sentimento de impotência que tomou conta de cada um. O dia em que uma das cidades mais visitadas do mundo fechou suas portas. Nova Iorque se tornaria depois daquele dia mais um vez símbolo de força, esperança e renovação.
Com esse espírito de preservar as histórias de vida e morte acontecidas naquele dia, naquele lugar, e principalmente entender o impacto daquele evento, inaugura ao público no próximo dia 21 de maio, o The National September 11 Memorial Museum.
Os 110.000 metros quadrados de exposição do Museu, estão localizados no coração arqueológico de World Trade Center. A história do 11/9 é contada através de displays multimídia espalhados por toda parte, arquivos, narrativas e uma coleção de artefatos originais encontrados nos escombros. As vidas de todas as vítimas dos ataques de 2001 e 1993 serão expostas aos visitantes, que têm a oportunidade de aprender sobre os homens , mulheres e crianças que morreram ali. Isso tudo soa meio mórbido, mas é a realidade de um mundo que vivemos e que futuras gerações precisam entender.
A maioria de espaço de exposição do museu fica a 70 metros abaixo do nível da rua. A descida gradual do visitante – da luz do dia para a escuridão – foi cuidadosamente coreografada. A viagem começa em um pavilhão de vidro, que serve como uma entrada para o espaço do museu abaixo.
“Para muitas pessoas que experimentaram de 9/11 de longe, chegar ao local real é uma espécie de peregrinação.” diz Tom De Hennes, designer da exposição.
Enormes tridentes de aço, recuperadas da fachada da torre norte, guiam simbolicamente o visitante na entrada do conjunto de escadas que precede a longa descida. Seguindo para baixo, paralelo as escadas, ficam os degraus originais da Vesey Street, por onde muitos dos sobreviventes conseguiram sair com vida das torres.
Ao chegar ao átrio central, o visitante se depara com uma das poucas vigas de aço que sobreviveram ao impacto. Fotos, objetos, estruturas, pegadas, motores de elevadores e até um caminhão de bombeiros. O salão principal reúne itens impactantes que revelam a força do que aconteceu naquele dia.
Assim como muitos museus de guerra, o National September 11 Memorial Museum é uma parada obrigatória para quem gosta de história contemporânea. É essencial que deixemos nossos sentimentos de rancor, raiva e revolta do lado de fora e encaremos esse tipo de exposição como uma prova de que contrariando tudo aquilo, o bem ainda se faz mais forte.
Uma curiosidade: a pedido dos designers da exposição, a cada determinado espaço um display com lenços de papel está a disposição dos visitantes. Lindo, não?!
*Fotos de Damon Winter
O Jo é do tipo que separa pelo menos 30% do tempo das viagens para fazer o turista japonês, com câmera no pescoço e monumentos lotados. Fascinado pelas diferenças culturais, fotografa tudo que vê pela frente, e leva quem estiver junto nas suas experiências. Suas maiores memórias dos lugares são através da culinária, em especial a comidinha despretensiosa de rua. Seu lema de viagem? Leve bons sapatos, para agüentar longas caminhadas e faça uma boa mixtape para ouvir enquanto desbrava novos lugares. Nada é melhor do que associar lindas memórias à boas canções.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.