Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Assim como a maior parte da humanidade, eu tenho sérios problemas para lidar com a morte por mais natural e inevitável que ela seja. Admiro culturas que a aceitam como deveríamos aceitá-la.
Ontem li um artigo sobre hindus que ao sentirem/saberem que estão indo dessa para uma melhor, seguem para Varanasi, na Índia. A cidade é considerada a mais sagrada pelo Hinduísmo. Eles acreditam que morrer em Varanasi e ter suas cinzas espalhadas no Rio Ganges, permite que a alma escape do ciclo da morte e renascimento. Essa “escapada” os ajudam a alcançar a “moksha” ou salvação. Resumindo: na crença hindu, eles não reencarnam. Por esse motivo, muitas pessoas seguem para Varanasi.
O assunto parece ser mórbido, mas eu sinceramente achei poético. O fotógrafo da Reuters, Danish Siddiqui fez um documentário na “Mukti Bhavan” ou Casa da Salvação, um hostel (de caridade) que hospeda pessoas que desejam morrer em Varanasi. O local tem 12 quartos, um templo, quartos para hospedar sacerdotes. As pessoas que se hospedam lá tem 2 semanas para morrer. Caso isso não aconteça no período, elas são convidadas gentilmente a se retirarem.
Ele reuniu várias histórias e fotografias aqui. Eu confesso que me encantei com a história e com as fotos:
Varanasi é uma cidade à margem do Rio Ganges, tem 3.000.000 de habitantes e é uma das cidades mais velhas do mundo. Acredita-se que Varanasi foi fundada há mais de 5.000 anos pela Xiva, mas estudiosos acham que a fundação ocorreu há 3.000 anos.
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.