Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Desde pequeno, sempre fui fascinado por mapas. Talvez por isso meus colegas de escola viravam os olhos nas aulas de geografia, quando eu respondia absolutamente todas as perguntas do professor de Geografia. Sim, eu era um nerd do tipo que decorava todas as capitais do mundo, as cadeias de montanhas, e até os estados americanos. Isso tudo devorando aqueles atlas antigos, que de uma hora para a outra estavam desatualizados.
Hoje a tecnologia ajuda muito, e confesso que vira e mexe ainda dou meus passeios investigativos pelo Google Maps. Adoro comparar os mapas políticos (ainda se fala isso?) com as fantásticas fotos de satélites que nem sonhávamos nos anos 80. Mas recentemente andei vendo uma série de mapas na internet que vão muito além de mostrar fronteiras e relevos. Uns mostram questões sociais atualíssimas. Outros, interativos, mostram as mínimas diferenças culturais. E outros ainda explicam tintim por tintim as alterações históricas de regiões inteiras desde os tempos mais remotos. Impossível não se interessar por alguns. Dá uma olhada nos mais bacanas que encontrei:
1. O artista conhecido como Alphadesigner criou uma série longa de mapas de estereótipos, mostrando o que cada país pensa dos outros, da forma mais generalizada e obtusa possível. Claro que tudo tem que ser visto com uma boa dose de bom humor, e alguns são realmente divertidos, como esse do futuro da Europa. O trabalho é tão longo que acabou virando o livro Atlas do Preconceito, e já foi lançado em inglês, alemão, russo e espanhol. Um resumo bom aqui.
2. Esse mapa interativo não é realmente útil, mas é um dos mais interessantes. Clicando em cada país da África, você consegue ver quem são as celebridades que já fizeram algum tipo de campanha em seu favor. E o melhor, uma legenda ainda explica que tipo de trabalho humanitário cada uma das celebridades fez. De viagem ao local, passando por arrecadação de fundos, até a adoção de bebês. Ou você sabe de mais algum fato relevante sobre o Malawi?
3. Um conjunto de 40 mapas super bem organizado explica toda a história da conturbada região do Oriente Médio, desde os tempos dos fenícios até as infinitas guerras entre israelenses e palestinos. Completíssimo.
4. O BuzzFeed, que sempre tem umas idéias de jerico que dão certo, pediu para alguns britânicos completarem o mapa dos Estados Unidos para comemorar o Thanksgiving. O resultado foi tão engraçado, que fizeram o contrário com os americanos.
5. Um pouco mais cultural, esse estudo mapeou as línguas mais faladas nos Estados Unidos. Claro que, depois do inglês, o espanhol imperou. Mas quando partiram para a terceira língua mais falada em cada estado, o resultado é bem surpreendente, e fala muito sobre a imigração no país.
6. Para encerrar o assunto língua, e o assunto Estados Unidos, esse teste do New York Times é muito bacana para quem tem boas noções da língua. Ele questiona algumas diferenças de pronúncia e vocabulário, e com isso ele diz de onde é o teu sotaque. O resultado do meu é Anaheim, na Califórnia. Aparentemente eu aprendi inglês com o Mickey.
7. O Slate tem uma seção dedicada a mapas, e eles vão dos mais inúteis – como o de bandas de heavy metal per capita e o de reclamações por barulho em Nova York nos anos 20 – aos mais interessantes – como o de liberdade de informação no mundo. Dá para perder horas.
8. O Bored Panda é outro site que adora reunir os mapas mais imprevisíveis e tem dois posts dedicados a isso. Aqui e aqui você vai descobrir coisas como a incidência de ruivos na Europa, as mulheres mais sexies do mundo, como falar cerveja em vários países (super útil para mim), países que não usam o sistema métrico, onde a homossexualidade é crime, a rede social mais usada em cada país em 2009 (olha o Orkut aí gente!) e 2012 e quantidade de cigarros fumados per capita em um ano.
9. Além de mapas, outra coisa que me deixa alucinado é um bom teste. Esse aqui junta as duas paixões. Você tem 12 minutos para digitar o maior número de países que conhece. Eu tropecei no inglês em alguns deles, mas acho que me saí bem com 127 pontos. Faz aí o teste e conta para nós como foi.
OBS: A divisão do mundo em hemisférios Norte e Sul é uma convenção absolutamente aleatória, pois não existe norte e sul no espaço. O mapa que abre o post mostra como ficaria nosso mapa mundi se essa convenção fosse invertida.
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
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Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.