Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Desembarcamos em Londres após 11h de vôo e chegamos lá no meio da confusão mensal que a mudança de fuso horário nos causa. Você toma café no vôo, mas desce num horário tardio para almoço, tem fome, mas já não sabe se pede sanduíche e um café ou pega uma cerveja para acompanhar. Foi assim que me senti quando aterrissei em Heathrow.
Depois de passar pela inspeção de segurança de bagagem e procurar o nosso próximo portão, fomos espiar o restaurante Plane Food do Gordon Ramsay, que fica no Terminal 5, onde estávamos para embarcar para a Espanha. Chegamos com a missão de testar a recém-lançada marmita para picnic no vôo, deixando pra trás o sabor de isopor presente nas refeições aéreas. E cá entre nós, eu achei essa ideia simples e genial.
O preço é salgado. Custa 12,95 libras (cerca de R$50) e você espera 10 minutos para ela ser preparada. Na marmita vem uma entrada, prato principal e sobremesa, além da própria bolsa térmica que serve para embalar e manter o frescor dos pratos (e depois guarda-la para futuros picnics). Nenhum prato é quente. São 4 opções de entrada, 4 opções de prato principal e 2 de sobremesa. A flexibilidade é tanta, que deixaram eu escolher duas entradas e um prato principal, abrindo mão da sobremesa, que não me apetece muito.
A minha escolha foi:
Salada caesar com ovo cozido mole, acompanhada de um molho delicioso
Antipasto com azeitonas, salame, mortadela e muzzarella de búfala
Salmão escocês defumado com rúcula (no site está salsão, mas juro que era rúcula), acompanhado de uma deliciosa saladinha de maçã com nozes
Os pratos são pequenos, mas juntos compõem uma refeição perfeita e bem saborosa, com ingredientes frescos e de qualidade. O tamanho é ideal para montar seu picnic na mesa da poltrona do avião. Nesse dia eu tive que assumir que Gordon Ramsay salvou minha vida, pois enquanto eu terminava meu almoço com pescoços curiosos se esticando sobre minha linda marmita, a comissária da British Airways entregava um sanduíche mole de frango, que seria minha única opção de almoço nesse dia. Foi caro, mas meu estômago se deu super bem.
Para quem quiser experimentar, é fácil achar o restaurante, que fica no Terminal 5 na área de embarque. Ele fica no andar térreo, escondido em uma esquina à direita de quem entra pela inspeção de bagagem, bem em frente a loja Boots. É caro, mas vale cada centavo se você não tiver tempo de almoçar entre uma conexão e outra, mas achar que merece uma refeição no mínimo decente.
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.