Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Já virou tradição na minha família: todo começo de ano, pegamos o carro e partimos para Pomerode. Para quem não sabe, a cidade fica entre Blumenau e Joinville, foi fundada em 1861 por imigrantes da região da Pomerânia, que ficava no norte da Alemanha e Polônia e hoje é incorporado a este último país. Lá, 90% da população é descendente de alemães pomeranos e por isso a maioria é bilíngue: falam o português e o Pomerisch, um dialeto alemão. E, por causa disso tudo, é considerada a cidade mais alemã do Brasil.
A nossa ida sempre na mesma data tem um motivo: a Festa Pomerana. Este ano é a 31ª edição da festa que vai do dia 10 ao dia 21. Foi criada para celebrar a emancipação político-administrativa da cidade – antes ela ficava sob Blumenau – e espera receber 80 mil visitantes em 2014.
São 3 pavilhões no total. O principal tem bandas maiores e normalmente um público mais jovem. Lá acontecem almoços aos domingos, com comidas típicas como o marreco recheado e kassler. O cultural é o meu preferido. Nele, tocam bandas mais tradicionais, normalmente 10 tiozinhos com suas Lederhosen. E por último o das competições, onde rolam disputas de tiro ao alvo, lenhador e serrador e chopp em metro. Ah, além dos pavilhões, existe também um Biergarten com música que é uma delícia.
A festa começa com um desfile diário pela rua principal da cidade às 19 horas (exceto de sábado, quando ocorre às 18 hrs e domingo, às 9:30). O desfile para mim é uma das partes favoritas do evento todo, são cenas cotidianas atuais e da história do lugar, você vê desde o Clube de Caça e Tiro, a grupos de danças folclóricas, bandinhas e misses. Dá ainda para ganhar um copinho de chopp artesanal, se você tiver sorte.
A entrada no pavilhão custa 15 reais nas sextas e sábados e 6 reais nos outros dias. Porém, se você se vestir com trajes típicos, você consegue alugar, entra de graça – só checar se está dentro das regras.
Eu nunca fui na Oktoberfest em Blumenau, então não tenho como comparar. A impressão que eu tenho é que a festa em Pomerode é menor e mais familiar do que a outra.
Para saber o que vai rolar por lá, a programação está aqui.
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
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Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.