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A Festa (e protesto) do Tomate em Amsterdã

Data

15 de September, 2014

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Se a vida der limões, faça um gazpacho.  E, de preferência com tomates estragados.

Espera, que eu já explico!

Por conta do posicionamento político dos Países Baixos em relação ao conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia, a Rússia decidiu boicotar os vegetais holandeses, causando um grande desperdício e prejuízo a agricultura local. E daí a idéia de fazer uma grande festa-protesto em praça pública no penúltimo domingo de verão, 14 de Setembro, em frente ao palácio do Dam em Amsterdam, onde 2000 pessoas pagaram 15 euros(cada) por todo o estoque de tomates que não foi exportado para a Rússia esse ano. Um evento inspirado na antiga tradição espanhola La Tomatina, iniciada por volta de 1945, que consiste no arremesso de tomates por pura diversão. Como tudo na Holanda é relativamente organizado e dentro das regras, a Praça do Palácio Central (Praça do Dam), teve a área frontal cercada para as 2000 pessoas durante as 3 horas de Tomatofest, com 500 armários disponíveis, óculos  de mergulho a venda por 5 euros, t-shirts brancas distribuídas gratuitamente pela Siemens, polícia e ambulância. Não houve venda de bebidas ou comidas, entretanto quem quisesse levar um lanche estava liberado e tudo isso foi informado um dia antes por e mail.

Gregor Salto, o caminhão com os tomates e a "tomatina"...
Gregor Salto, o caminhão com os tomates e a “tomatina”…

As 15:00 horas abriram-se os portões, ao som do Gregor Salto, dj holandês com bastante reconhecimento internacional, que abraçou a causa do protesto.  As 16:00 horas o caminhão com os tomates, atravessa as duas arenas divididas e derramava os milhares de tomates estragados; quem estava do lado de cá da arena apanhava os tomates e jogava nos outros do lado lá, a trilha sonora do primeiro tomate a ser lançado foi Sweet Dreams (Eurythmics).  E de repente o céu virou um céu de tomates.

Ninguém escapou de levar um tomatinho.
Ninguém escapou de levar um tomatinho.

A sensação de levar uma “tomatina” é realmente muito boa. Sei lá, parece que liberta… Principalmente quando a causa é nobre e não haverá nenhum desperdício; até a polpa do que ficou no chão foi recolhida e transformada em bio energia.

Gazpacho andante no Dam. :)
Gazpacho andante no Dam. :)

Maneira melhor de protestar que esta, não há! Sem danos ao patrimônio público, sem ninguém machucado. Só amor… E uns tomate na cara de vez em quando. :)

(Assista aqui  o vídeo produzido pelo Dutchfield)

Home sweet home
Home sweet home

Data

15 de September, 2014

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Priscilla Cavalcante

A Priscilla escolheu como mantra a frase de Amyr Klink: "Pior que não terminar uma viagem é nunca partir". Adora mapas e detesta malas. Não perde uma promoção ou um código de desconto e coleciona cartões de fidelidade. Nas horas vagas é diretora de arte, produtora de festas, dj e coletora de lixo nas ruas de Amsterdã. Escreve aqui e no www.almostlocals.com

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