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O Brasil não é muito conhecido pelas suas montanhas, afinal as praias, florestas e cidades roubam a cena. Apesar disso, quem acha que não há montanhas no Brasil, está errado. Claro que o Brasil não se compara em altitude com a Suíça, independente dos esforços de Campos do Jordão. O ponto mais alto do Brasil é o Pico da Neblina (AM), que tem apenas 2.993 metros, e os 17 picos mais altos tem acima de 2600 metros.
Mesmo assim oferecem algo raro, que são montanhas tropicais. A beleza das montanhas do Brasil é diferente dos Andes, Alpes ou Himalayas. Fui recentemente conhecer o Pico das Agulhas Negras, que fica dentro do parque do Itatiaia, perto da fronteira entre RJ, MG e SP.
Saí de São Paulo à 01:30 de manhã junto com um amigo, o Edgard. Chegamos na estrada que sai para o parque às 5:30, e resolvemos procurar uma padaria para tomar um café antes seguir para o parque. Achamos uma em Itamonte, que servia sanduíches pelo preço camarada de R$ 2/3,00. Depois do café da manhã, o parque esperava, e às 6 e pouco já fomos um dos últimos a conseguir uma vaga no estacionamento, que tem um limite fixo de quantidade de veículos permitidos dentro do parque. Também há um camping concorrido para quem quiser acampar, mas atualmente o abrigo do parque está em reforma.
Assim que passa a entrada do parque, deve-se preencher uma ficha cadastral, falar onde está indo e mostrar o seu equipamento de escalada para que fique claro que você sabe o que está fazendo. Tanto que, para quem nunca escalou antes, recomenda-se ir com um guia. A escalada em si não é tecnicamente complicada, porém é cansativa e demanda um certo condicionamento físico.
Depois de ter ido até o estacionamento pela estrada de terra e pedras, organizamos as nossas coisas e botamos os pés na trilha em direção às Agulhas Negras. O estacionamento já é acima da Mata Atlântica e a vegetação é diferente. A parte no pé da montanha passa por vegetação bem densa em alguns trechos. Um pouco mais para cima, o caminho se abre mais e tem bastantes pedras para passar. O granito tem grãos grandes e deixa quem tem “mãos de escritório”, levemente esfoliado nas palmas.
Seguindo adiante passamos vários grupos com guias, que deixam cordas fixas para os participantes subiram os trechos mais complicados. Mas até os últimos metros perto do cume há opções que podem ser feitas sem escalada difícil. Chegando no final resolvemos não levar a corda, perdendo a chance de deixar o nome no livro que tem dentro de uma caixa no pico do lado. Lá uma corda ajuda a proteger na escalada final. Ficamos um pouco em cima do cume para apreciar a vista, não só das paisagens mas também das próprias agulhas negras, uma formação bastante peculiar que dá nome à montanha.
Descemos na volta um dos trechos de rapel para agilizar um pouco. Comemos um pouco no estacionamento, satisfeitos com o dia e partimos para São Paulo de novo.
Para quem quer subir esse pico e nunca fez escalada, é aconselhável ir com guia. A subida em si é acessível para qualquer um que não seja completamente sedentário e vale muito o esforço.
Viaja sempre com uma mochila com camera, laptop e kindle e uma mala pequena de roupas. Nela leva mais uma mala vazia que vai enchendo ao longo da viagem. Não é fã de pontos turísticos, não gosta de muvuca e foge de filas, mesmo que seja para ver algo considerado imperdível. Por isso nunca subiu na Torre Eiffel, mesmo tendo ido várias vezes à Paris. Acredita que uma boa viagem é sentir a cidade como morador. Tanto que foi pra São Paulo em 2008 e ainda está por lá.
Ver todos os postsLindo post! fiz essa trilha em 2006 e foi demais! em 2 dias em Itatiaia conseguimos ir pra Agulhas Negras e tb escalar as Prateleiras (aquelas pedras atrás do Ola na foto do post). lugares sensacionais. esse post fez ate eu ter vontade de voltar pra Resende/Itatiaia.
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.