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5 exóticas iguarias (que nem você provaria)

Quem escreveu

Vanessa Mathias

Data

13 de March, 2014

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Sim, você, grande desbravador no universo da culinária, que penetra em viagens territórios gustativos nunca dantes explorados. Nem você, provaria.  
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Formigas, camarão vivo, rins de vitela, grilos, guzano (aquele anelídeo de dentro da tequila), testículos, baleia, as mais variadas lesmas, rãs, cobras, tartaruga. Eu também, uma peregrina gourmand, apreciei todos esses com aquele saborzinho que só a curiosidade consegue atiçar.

“Experimento tudo uma vez” – eis minha decorada filosofia de Miss. Afinal, nada como corajosas exoticidades  gustativas no enredo para protagonizar-se em futuras conversas de bar.

 Mas recentes descobertas abriram meus olhos, e fecharam minha boca.  

E você? provaria…

 

Músculos dos olhos da ovelha….

Na Noruega, você sai da sauna com um casal semi-albino simpático que gentilmente o convida para um Smalahove na cabana deles (é, na minha Noruega as pessoas moram em cabanas). Qual sua primeira sensação ao olhar para o prato – e o prato te olhar de volta?

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Foto www.8monthsinnorway.wordpress.com
[E rola ainda uma etiqueta no Smalahove: o olho e a orelha primeiro, daí de trás pra frente, mastigando ao redor do crânio. A língua e os músculos dos olhos são as partes mais saborosas, afirmam seus anfitriões. Não sei você, mas eu cairia na gargalhada e falaria “Hahaha, boa essa… quase vocês me pegaram, seus malandrinhos!”] 

 

Tacos sesos…

E no México comem taco. Taco mesmo. Aquelas conchinhas de milho recheadas que custam um milhão de dólares a unidade no Brasil e 1 peso no México? Aqui temos carne ou frango (invariável e tenebrosamente temperados com pimenta do reino e tabasco). Lá tem trinta e quatro mil e sete sabores, incluindo, por exemplo, Tacos Sesos. Sesos, no caso, é o cérebro da vaca. Mas não se preocupe, acompanham cebola, salsa e guacamole. É só dar uma misturadinha com a guacamole que duvido que dê pra diferenciar um do outro.

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Foto Shutterstock.com

É, talvez não, né?

Pequenos morceguinhos…

Mas então nas suas férias sonhadas em Jacarta, passeando por um mercado local, uma mocinha oferece um aperitivo: pequenos morceguinhos de fruta. Defumados. Ratinhos, com asas, defumados. Parece ruim? Não se preocupe, você também pode comê-los na sopa. Iguaria, hoje em dia só restaurantes premium oferecem:

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Foto www.manonthelam.com

Hum, talvez não também?

Baalut

Então aproveite que você está lá pro lado de lá, e dê um pulo nas Filipinas, comer um Baalut. Ou fazer o seu próprio! Anota aí: Vá a um galinheiro e espere o galo ir lá e tandandan na galinha. A galinha põe o ovo fertilizado. Você pega o ovo fertilizado, e enterra. Depois de umas duas ou três semanas, tira o ovo e come o feto de pintinho que se formou. Assim:

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Foto www.manonthelam.com
[Não ainda? Bom, a essas alturas não precisa de uma perspicácia tão aguçada para notar que esse post só vai daqui downhill. Então se pretende almoçar ainda hoje, ou alguma outra vez na vida, eu, se fosse você, parava por aqui.]

 

Ma-ca-q….

Mas, se não quiser, você pode ir para o ao interior do sul da China e comprar um macaco. Sim, um macaquinho. Daí você apelida ele de Chico, dá uma caneta pro Chico aprender a desenhar… leva o Chico pra casa. Ensina o Chico a entrar numa caixinha no meio da mesa de jantar, com o resto da cabecinha de fora da mesa. Daí você corta repentinamente uma tampa da cabeça dele e joga água fervente no cérebro do Chico. Todos em volta da mesa pegam seus hashis e comem o cérebro direto da cabecinha dele, enquanto estiver quente e se movimentando.
Tem gosto de frango misturado com esponja. Dizem por aí.

 

Avisei antes pra parar de ler, você continuou porque quis – da mesma forma que faz questão de passar devagarzinho com o veículo ao lado do bombeiro no acidente de trânsito – e ficar propagando por 2 dias no trabalho “não sabe que coisa horrível que eu vi”.] 

Abstraia, pois é cultural. É cultural. O Peta não deve considerar dessa forma, mas é cultural sim. Saiba você, que se chegar um asiático, e você falar que come secreção de mamíferos infectada com bactérias propositalmente até estragar bastante, ele também vai ter nojinho, ok?

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Foto do destaque: Shutterstock – wasanajai

Quem escreveu

Vanessa Mathias

Data

13 de March, 2014

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Vanessa Mathias

Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.

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Comentários

  • faltou falar da sopa de cabeça de vaca na Bolívia…

    - Luciano Dinapoli

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