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Os motivos das nossas viagens

Quem escreveu

Ola Persson

Data

16 de October, 2013

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Na maioria das vezes, viajamos para conhecer um lugar, novo ou não. Outras vezes viajamos para fazer algo, o local em si se torna secundário. Uma viagem para esquiar em Chamonix não se trata apenas de conhecer a cidade e a paisagem em volta. O motivo é bem definido e, se não fosse por ele, provavelmente não nos forçaríamos tanto pra ir para tal lugar.

Fiz várias viagens nessa linha, como ir praticar windsurf em Moulay Bouzerktoun – Marrocos, esquiar nas Montanhas Dolomitas – Itália, e escaladas em Nissedal – Noruega.

alps_surf

Recentemente tenho feito menos esse tipo de viagem, trocando por conhecer cidades e paisagens. A mais recente foi para Istambul e um passeio turístico na Capadócia.

Em Istambul, ficamos entre todos os itens »tem que ver« da cidade. As mesquitas famosas, etc. É legal ver, mas, pelo menos para mim, não deixa tantos rastros na memória. Claro que é legal ter dado uma volta na Blue Mosque ou Hague Sofia, mas o que realmente foi mais marcante em Istambul foi comprar um pouco de couro que eu queria para fazer um pequeno case pro meu Kindle. Fui atrás, perguntando em lojas de tecidos, seguindo os chutes de qual poderia ter, para ser mandado para outra na próxima loja. Finalmente cheguei numa pequena loja, bem escondida, que vendia pedaços de couro. O dono não falava inglês, mas demos um jeito com gestos e rabiscos no papel. O cara me levou para o porão da loja que estava cheio até o teto com pedaços de couro em diferentes formatos e cores. Escolhi um que me agradava e paguei uns trocados pela peça. Até peguei o cartão da loja, pois foi uma das partes mais legais do passeio em Istambul. Não porque a loja era algo tão especial, mas pela experiência de achá-la.

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Seguindo o mesmo raciocínio, as memórias da Capadócia se concentram em dois momentos, um é o vôo de balão, que realmente é algo especial. O outro é ter dado depois uma volta num museu de cavernas. Resolvemos tentar voltar por um dos caminhos de trekking que existem. Ficamos com preguiça de ir até onde o mapa indicava o começo, pois o calor estava tentando nos matar. Então saímos da estrada só para dar uma olhada se não seria possível cortar um pouco do caminho. Acabamos chegando numa trilha, com a esperança de que iria nós levar para o lugar certo. Não tínhamos certeza que o caminho funcionaria mas fomos mesmo assim. Depois de um tempo, a trilha entrou num pequeno canyon, com cavernas visíveis em alguns lugares.

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Achamos que não iríamos sair do outro lado, até encontrar um casal vindo de lá. No final saímos onde queríamos e foi uma das coisas que acabou marcando muito mais a viagem do que os pontos turísticos.

O retorno para o viajante sempre é diferente no caso de ir para uma atividade ao invés de ir para ver um lugar. Não que há algo de errado com viagens para passear em cidades, mas sair um pouco do padrão e viajar para fazer algo é muito legal. Tenho muita vontade de começar a viajar atrás de atividades ao invés de de cidades de novo. Tenho várias opções na cabeça, nem todas rolariam de ir com a esposa mas…

Uma viagem que deve ser incrível é fazer a Via Ferrata na Itália. É algo entre trekking e escalada. São vias com proteção fixa, você se amarra em cabos de aço que acompanham a via. Onde é íngreme demais, tem estribos. Tem até via onde você poderia ir com guia sem nenhuma experiência anterior. A idéia é fazer algo um pouco mais avançado, mas que ainda seria tranqüilo pra nós. As paisagens são lindas, a comida é italiana e a gratificação de cruzar uma montanha é gigante. Além disso, tem a parte histórica, pois essas vias foram originalmente construídas para poder movimentar soldados durante a Primeira Guerra Mundial. A Via Ferrata Lipella, por exemplo, passa pelo Rifugio Lagazuoi, onde você pode passear pelas cavernas construídas durante a guerra.

Quem escreveu

Ola Persson

Data

16 de October, 2013

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Ola Persson

Viaja sempre com uma mochila com camera, laptop e kindle e uma mala pequena de roupas. Nela leva mais uma mala vazia que vai enchendo ao longo da viagem. Não é fã de pontos turísticos, não gosta de muvuca e foge de filas, mesmo que seja para ver algo considerado imperdível. Por isso nunca subiu na Torre Eiffel, mesmo tendo ido várias vezes à Paris. Acredita que uma boa viagem é sentir a cidade como morador. Tanto que foi pra São Paulo em 2008 e ainda está por lá.

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