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O ano em que saí de férias

Quem escreveu

Dani Valentin

Data

07 de October, 2013

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A idéia já não era nova: em 2008 combinei com uma amiga que iríamos passar o próximo ano em algum outro país. Mas pouco antes, comecei a trabalhar em uma empresa da qual eu realmente gostava e ela entrou de cabeça em um relacionamento. A partir de então, passei a economizar dinheiro para tirar um ano sabático, e, se isso não acontecesse, bom, dinheiro guardado nunca é problema.

Em 2010 o universo conspirou: a empresa que me fazia feliz, me deixava agora estressada, o coração estava em frangalhos por  um relacionamento que não tinha como dar certo e a vontade de respirar novos ares estava gritando.

Marquei então a data: 27 de abril de 2011. Pedi demissão do emprego, aluguei a primeira casa que iria morar e me inscrevi em um curso. Eu só tinha planejado 3 meses da minha vida: ir para Berlim tentar recuperar o meu alemão capenga por 2 meses e usar o último mês para mochilar pela Europa. Queria ir para a Ásia também mas não sabia como (ou se) chegaria lá.

mundo2
Foto por Jaskirat Singh Bawa

No final foram 9 meses viajando e 12 países rodados (Alemanha, República Tcheca, Dinamarca, Suécia, Noruega, Espanha, Turquia, Índia, Tailândia, Malásia, Cingapura e Austrália). Essa foi com certeza a decisão mais acertada que eu fiz e eu ainda consigo ver como esses 9 meses influenciam a maneira como eu levo minha vida hoje.

Algumas dicas para quem quer se jogar e fazer o mesmo:

  • Não tenha medo de mudar de planos. É comum você chegar em algum lugar e gostar mais dele do que achou que iria e, por isso, querer ficar mais. O contrário também é provável. Não compre todas as passagens de uma só vez.
  • Pesquise o máximo possível sobre um país antes de chegar lá. Dependendo do lugar que você vai, é comum não ter internet ou outros meios de pesquisa. E você não quer ficar na mão de agências de turismo que vão te cobrar uma fortuna por um passeio que você poderia fazer gastando muito menos.
  • Não leve malas gigantes. Você perde a mobilidade que gostaria de ter e acaba fazendo muito menos por causa disso. Você não precisa bancar a fashionista, leve de preferência um mochilão.
  • Faça um agrado para você: tire uma folga dos albergues e reserve um hotel bacana em algum momento. Compartilhar quarto com estranhos não é das tarefas mais fáceis e depois de um tempo é normal você sentir o cansaço te afetar.
  • E, por último: aproveite esse tempo para fazer coisas que você normalmente não faria. Puxe conversa com um estranho na rua, vá a uma praia de nudismo, faça aula de surfe. Você já está fora da sua zona de conforto mesmo, aproveite para tentar coisas novas.

Foto de abertura: flickr/normalityrelief

Quem escreveu

Dani Valentin

Data

07 de October, 2013

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Dani Valentin

A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.