Cervejando pelo mundo

Se você me conhece, você já deve saber: eu amo cerveja. É amor sincero, amor eterno. E eu adoro experimentar cervejas diferentes por aí. Quando viajo, aproveito para arriscar. Gosto de tomar locais e normalmente vou atrás daquela que nunca vi na frente. Como uma boa nerd, colecionei alguns fatos e curiosidades que resolvi compartilhar com vocês aqui.

O país mais interessante para se tomar cerveja hoje, na minha opinião, são os Estados Unidos. É incrível o tanto de micro-cervejaria pipocando por lá e, apesar do preço em um bar não ser dos mais amigáveis, é possível tomar uma cerveja diferente toda vez que você sai. Se estiver por Nova York, dê uma passada pela cervejaria Brooklyn. Você compra tokens de 5 dólares para trocar por cervejas (a maioria custa 1 token mas algumas especiais custam 2) e você pode também fazer um tour pela fábrica. Vá almoçado porque não vendem comida lá (além de chips de saquinho) e o lugar fecha rigorosamente no horário marcado (normalmente cedo).

Uma cidade fundamental nos EUA para os amantes de cerveja é Portland. Para quem não sabe, ela é conhecida como Beervana e para mim, as melhores cervejarias do país estão no Oregon. Porém fique atento: a partir das 2 da madrugada é proibido vender cerveja em qualquer lugar do estado e por isso tudo fecha relativamente cedo. No último final de semana de julho acontece o festival da cerveja por lá. São quatro dias (de quinta a domingo) e funciona da seguinte maneira: você compra a caneca e tokens. Um token vale para um sample (mais ou menos 1/4 da caneca) e com 4 você a enche. Eu tomei “pouco” e perdi minha caneca em algum momento.

Todo mundo sabe que não se pode beber cerveja nas ruas nos Estados Unidos. Outros países que eu fui e que também obedecem essa lei: África do Sul, Cingapura e Austrália. Na Índia, você ainda tem as cidades sagradas, como Pushkar, nas quais álcool é proibido de uma maneira geral.

A Alemanha é famosa por suas cervejas e a cervejaria mais antiga do mundo que ainda está ativa é de lá. A Weihenstephaner surgiu em 1040 e era fabricada por monges. Na época, a cerveja era proibida na Europa e só os monges podiam fabricá-la – eles tomavam quando faziam jejum. Diz-se que no país a cerveja é considerada como um alimento e por isso é taxada como tal. Por isso é super barata e há 2 anos atrás era possível encontrar no supermercado Erdingers e Paulaners por EUR 0.89 (2,71 dilmas pela cotação de hoje – não acho que esse preço variou muito).

Em Stuttgart existe uma cervejaria maravilhosa, a Calwer Eck. É difícil de achar, fica em uma rua com pouca sinalização, mas vale a pena a visita se for passar pela cidade – eles têm uma lager com ervas que é uma das melhores que já tomei. E tanto lá como em Berlim, dá para alugar uma BierBike, só cuidado porque o motorista não pode beber :)

Os lugares com as cervejas mais caras que já encontrei são Austrália e Suécia. O Ola, querendo defender o país dele, afirma que na Noruega é pior ainda, e, depois de pagar 40 reais em uma salada no McDonalds em Oslo, eu acredito. Na Suécia, em bares e restaurantes, uma cerveja custa em torno de EUR 7-10. O curioso de lá é que as bebidas vendidas no supermercado devem ter no máximo 3.5% de alcool (as cervejas têm normalmente acima de 5%). Mais do que isso, você acha exclusivamente nas lojinhas que são monopólio do governo chamadas Systembolaget.

Na Austrália, um chopp barato custa em torno de 5 dólares australianos, mas eu cheguei a pagar 20 em uma caneca em um hostel. Em Melbourne, existe a Little Creatures que é parada obrigatória. Fica numa das ruas mais bacanas da cidade e a cidra de pera é a mais gostosa que eu ja tomei na vida. Aliás, foi bebendo uma cerveja lá que decidi que iria fazer a minha própria quando voltasse para o Brasil.

Tomou uma cerveja incrível em algum lugar do mundo? Compartilha aqui com a gente!