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Estreia Explosiva: Ludmilla Arrasa no Festival Coachella 2024 com o #Ludchella

Quem escreveu

Fabio Allves

Data

17 de April, 2024

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Ludmilla conquistou marcos significativos em sua carreira, tornando-se a primeira cantora preta da América do Sul a atingir a marca impressionante de 2 bilhões de streams no Spotify. Além disso, como pioneira, foi a primeira mulher preta brasileira a se apresentar no Coachella Valley Music & Arts Festival 2024. Sua energia contagiante cativou o público no domingo passado (14/04) e promete envolver novamente os espectadores no próximo domingo (21/04) no Empire Polo Club, em Indio. Dada à importância histórica e impacto cultural, é justo oferecer uma análise detalhada do que vimos.

Ludmilla – Foto: Divulgação

Em um palco imponente, com uma boca de cena de 15 metros de largura e uma cenografia impressionante alcançando 4 metros de altura, Ludmilla deslumbrou o público com um grande espetáculo. O gigantesco aparato estrutural, pesando incríveis 7 toneladas, proporcionou o cenário perfeito para o Ludchella. Segundo a cantora, um investimento de R$ 8 milhões foi feito para garantir a grandiosidade do evento. O show começou com uma surpresa de tirar o fôlego: a participação especial de Beyoncé, que iniciou com a base de “YA YA”, preparando o palco para o verso memorável.

Foto: Divulgação

Beyoncé: “From Rio, Brazil, to California, directly to Coachella. Ladies and gentlemen: Ludmilla.”

Beyoncé: “Do Rio, no Brasil, para a Califórnia, diretamente para o Coachella. Senhoras e senhores: Ludmilla.”

Na sequência, a deputada federal Erika Hilton discursa em inglês:

Foto: reprodução Instagram

“This is my home and in my home, I will not tolerate any type of hate, racism, homophobia, transphobia, xenophobia, or misogyny. This is a space of self-valorization, a space of freedom. Everyone here has their own values. Respect, respect my history. Respect my people, and my community. Respect the most listened to black woman in Latin America. Ludmilla in the house.”

“Essa é a minha casa e na minha casa, eu não tolerarei nenhum tipo de ódio, racismo, homofobia, transfobia, xenofobia ou misoginia. Esse é um espaço de valorização própria, um espaço de liberdade. Todos aqui têm seus próprios valores. Me respeite, respeite minha história. Respeite o meu povo e a minha comunidade. Respeite a mulher negra mais ouvida da América Latina. Ludmilla está na casa” disse Erika.”

Lud começou o show cheia de energia com o “Rainha da Favela”, “Fala mal de mim”, “Verdinha” Remix com o cantor norte-americano de ascendência porto-riquenha e dominicana Nicky Jam e “Onda diferente’ apenas com o áudio do Snoop Dogg.

Ludmilla – Foto: Divulgação

Na sequência, introduzindo o funk raiz e o passinho com a performance do ballet metade brasileiro e metade estadunidense, com “My Neck, My Back”, “Aí DJ to passando mal”, “Vai novinha” e “Tá Ok” Remix.

Na terceira parte do show, ela e seu drink na mão, voz afinadíssima, trouxe os clássicos românticos, cantando “Amor difícil” (versão R&B), “Sintomas de prazer” e o medley “Maliciosa & Maldivas” com a participação da esposa Brunna Gonçalves, com direito a beijo e soltando o bordão “Brasil do Brasil” em homenagem a Beatriz Reis, do BBB.

Ludmilla – Foto: Divulgação

O quarto bloco do show trouxe “Malokera (música com Mc Lan) e mais uma performance do ballet, e o vídeo para a troca de roupa; Na sequência “Deixa de onda” Remix com Dennis DJ, “Todo mundo louco” e “No_se_ve.mp3” feat com a cantora argentina Emilia e o produtor argentino Francisco Zecca. Em seguida, apresentou pela primeira vez o lançamento recente “Piña Colada”, ao vivo com a participação do cantor colombiano Ryan Castro.

Ao alcançar o clímax do espetáculo, Ludmilla entoou “Cheguei”, introduzindo-a com um trecho marcante de “7/11” de Beyoncé, antes de finalizar com a potente introdução de “Nasci pra Vencer”, preparando o terreno para o hino “Favela Chegou”. Expressando sua gratidão, Ludmilla fez questão de agradecer a Emília, Beyoncé, Deus e, claro, ao caloroso público que a acompanhou durante todo o show.

Foto: Divulgação

Destaque especial merece o figurino deslumbrante da ‘Tropa da Lud’, que desfilou em preto e dourado, emanando sofisticação e poder, enquanto o visual branco e prateado exibiu uma elegância inigualável, repleta de personalidade e sensualidade nos detalhes. Ludmilla apresentou coreografias frescas e arrebatadoras, combinadas com remixes de seus sucessos, enquanto o palco, em forma de barras de ouro, ostentava o emblemático cofre com um telão duplo, uma referência à atual turnê da cantora, “Ludmilla In the House Tour”.

Foto: Divulgação

Todos os elementos foram concebidos em grande proporção, à altura do talento e da grandeza da cantora.

Pedimos depoimentos de alguns brasileiros que estavam presentes:

“O show foi muito especial porque é surreal ver uma brasileira no palco principal de um festival com proporções mundiais. Foi especial demais acompanhar de pertinho. Ludmilla estava linda, o palco estava lindo, exatamente como ela sabe fazer, a Brunna tava linda, o dia tava lindo! Enfim, foi muito legal ver de perto, num lugar, onde já tive a oportunidade de assistir a tantos shows f*das, ver uma brasileira performar e criar um sentimento de pertencimento alí, hehehe.” Gabriel Gontijo

A experiência mais incrível e única que pude vivenciar na minha vida. Ver ali de pertinho, a grandiosidade que é a Ludmilla enquanto potência feminina afro-brasileira e bissexual, vai ficar marcado pro resto da minha vida e na história do Coachella. A preta venceu e encheu todo mundo de orgulho. Quando soube que a Ludmilla estaria no Coachella, não medi esforços para vir presencialmente viver esse fenômeno. Lucas Martins

Quem escreveu

Fabio Allves

Data

17 de April, 2024

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