Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
É o novo trabalho de Jordan Peele, responsável pelo ótimo “Corra!” (lembram?), filme que levou o Oscar de melhor roteiro original e outras glórias. O terror – com fôlego para risadas nervosas – volta a ser instrumento de uma história que aponta feridas sociais. No longa, Lupita Nyong’o e Winston Duke vivem um casal assombrado por outra família fisicamente idêntica a eles, uma espécie de cópias do mal, prontos para matar. Correr talvez não seja suficiente. Que medo.
Nós. Confira salas e horários aqui.
Com quantos nós se faz um nó? Depois da beleza de “Cão sem plumas”, Deborah Colker resgata um espetáculo antigo de seu repertório. “Nó” é a sétima das onze encenações já realizadas pela companhia carioca e, 14 anos depois de encenada, volta para uma curta temporada no Oi Casa Grande. Vimos no último fim de semana e grafamos aqui uma recomendação e um aviso: são as últimas apresentações ções ções. É o “Nó” de 2005 – construído a partir da ideia do desejo -, mas com algumas reformulações ções ções. Dê um nó, faça uma rima e, se puder, vá e veja.
“Nó”. Quinta a sábado, às 20h30. Domingo, às 18h. Em cartaz até domingo (24.03). Ingressos a partir de R$ 75.
Teatro Oi Casa Grande. Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon.
Colker lá, Colker cá. De cá, chegamos ao “Ovo”, primeiro espetáculo do Cirque du Soleil dirigido por uma mulher. O nome dela (rah!) é Colker, Deborah Colker. “Ovo” chega ao Brasil dez anos após seu lançamento oficial e, depois da passagem por BH, quebra sua casca no Rio – em seguida, Brasília e São Paulo recebem a trupe. O mundo dos insetos é o ponto de partida para uma reflexão colorida e dinâmica sobre o enigma da vida. A brasilidade está na assinatura criativa, mas também nas cores e na trilha, com samba, bossa e carimbó.
“Ovo”. De quinta-feira (21.03) a domingo (31.03), em diversos horários – alguns dias possuem duas sessões programadas. Confira aqui. Ingressos a partir de R$ 260 (inteira).
Jeunesse Arena. Av. Embaixador Abelardo Bueno, 3401 – Barra.
Um pedido desses é uma ordem. Se não é para ir voando ao teatro nem saímos de casa. E Inez Viana e Debora Lamm, duas artistas-atrizes-companheiras, são um ótimo motivo para isso. Casadas na vida real, elas levam ao palco e ao jogo ficcional os caminhos do amor possível numa relação. A proposta, embora criada a partir desse laço existente, extrapola a vida das duas. Em cena, elas especulam sobre a ligação afetiva que uniria toda a humanidade.
“Por favor, venha voando”. Quinta a segunda, às 19h30. Em cartaz até 29 de abril. Ingressos a R$ 30.
CCBB. Rua Primeiro de Março, 66 – Centro.
Cássia Kis e Manoel de Barros. O teatro torna essa dobradinha possível: a atriz interpreta os textos do poeta mato-grossense em “Meu quintal é maior do que o mundo”. São apenas quatro apresentações.
“Meu quintal é maior do que o mundo”. Quinta a sábado, às 21h. Domingo, às 20h. Ingresso a R$ 60.
Cidade das Artes. Av. das Américas, 5300 – Barra.
Outra dica é a Mostra de Cinema Árabe Feminino, em cartaz até segunda (25.03), no CCBB.
O projeto coloca o olhar feminino em primeiro plano e discute questões de gênero.
Mostra de Cinema Árabe Feminino. Confira filmes e horários aqui. Gratuito.
CCBB. Rua Primeiro de Março, 66 – Centro.
Filipe nasceu em Salvador, mudou-se aos 9 anos para Belo Horizonte e, aos vinte e poucos, decidiu encarar o Rio de Janeiro. Há quatro anos conheceu Gustavo, cria da capital fluminense. Jornalistas culturais, gostam de receber amigos em casa e ir ao cinema. Cada vez mais são adeptos de programas ao ar livre - sempre que podem, incluem no passeio Chaplin, esperto vira-lata adotado há um ano.
Ver todos os postsNão entendi o texto preconceituoso “não pode reclamar que é na Barra”, achei que as Boas do Final de semana seriam para O Rio e não apenas a Zona Sul e Centro :)
concordo Anelize, foi um comentário infeliz… vamos nos atentar mais a isso.
Não entendi o texto preconceituoso “não pode reclamar que é na Barra”, achei que as Boas do Final de semana seriam para O Rio e não apenas a Zona Sul e Centro :)
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.